sábado, 20 de setembro de 2014

E se a Escócia sair, podemos entrar no lugar deles?... Primeiras!!!

Gosto muito de ingleses, não fossem eles e eu não sabia falar inglês. O que não seria dramático, se a minha mãe não fosse, elle-même, professora de inglês. Ao que parece, é um bocado chato ser professora de inglês e ter, na mesma escola, uma filha, que tem nega a inglês. Acho que a minha mãe era vítima de bulling, na sala dos stôres... E foi assim, que eu acabei, por duas vezes, a viver com uma família inglesa e numa escola de inglês, com gente de todo o mundo, (russos, africanos, árabes, japoneses, latinos dos dois lados do atlântico, etc.), menos ingleses. Aprendi muito nesta escola, o mais importante, que quando estás numa escola, com gente estrangeira de todo o mundo e há merda, foi um italiano, certamente, ou dois. A segunda é que há muita gente doida por esse mundo afora e embora as minhas famílias inglesas, (sobretudo a segunda), não fossem propriamente um modelo de higiene, boas maneiras e sensatez, era sempre um alívio regressar a casa, aos abraços deles, (eles não gostam muito de beijos).
Mas, adiante, falo do meu amor pelos ingleses, porque podem não ser os mais inteligentes, nem os mais charmosos e às vezes são um bocado brutos, mas têm um sentido de humor impagável e uma frontalidade e um "poder de encaixe", que não se vê em mais lado nenhum do mundo.
Tudo para dizer, sobre o referendo da Escócia, que não percebo este ódio repentino aos ingleses. Sim, porque o problema, não é com os irlandeses, nem com os welshos e nem mesmo com o United Kingdom, em geral, é contra os meus ingleses, já se percebeu. E só para terem uma ideia de como os ingleses são, têm estado a tratar isto tudo, como um divórcio. A Spectator até lançou um desafio aos leitores, para escolherem a melhor frase, que convencesse a Escócia a ficar unida. Eu própria já anotei num caderninho, algumas "catch frases", para quando as coisas ficarem feias cá em casa. Uma espécie de manual de primeiros socorros, que podem salvar o seu relacionamento. Ainda assim, parece-me que o melhor argumento em favor do não sempre seria: "A sério que querem deixar a libra?! Seus idiotas!!!". Mas que sei eu, as minhas tentativas de salvar relacionamentos, têm saído todas goradas.

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

HALF NELSON!!!

“A droga não é para quem quer, é para quem pode”!
Um amigo meu de infância diz muitas vezes isto e parece-me uma das frases mais acertadas que ouvi na vida. Resultado de más companhias?! Talvez…
Half Nelson é o filme que mais me marcou na vida, exactamente por isso. Abalou e pôs em causa um dos meus mitos. O professor, que se bem me lembro, nem se chama Nelson,  apresenta-se como um desses homens, que pode. Faz noitadas, usando de forma muito recreativa e aparentemente inofensiva, a rainha de todas elas, cocaína de seu nome. E sai-se muito bem. É querido pelos colegas, ouvido pelos alunos e goza de uma preferência maternal, por parte da directora da escola. A família irrita-o um bocado, a namorada deixou-o, (chegou à conclusão, que pertence aos que não podem), mas ele segue o seu caminho, a sua teoria, a sua crença e sai-se bem.
A grande "bomba" que o filme lançou na minha vida, é a mensagem clara que transmite. O comum dos mortais, que não pode, ou não quer, também comete erros e erros graves. Somos humanos pá! Usando das metáforas, (que é uma coisa que eu gosto de fazer), o comum dos mortais, quando cai, na pior das hipóteses, rola a encosta íngreme, rebola até lá abaixo, mas sobrevive. E se for preciso, levanta-se no momento e segue caminho rumo à montanha outra vez. Um bocado esgadanhado, é verdade, mas vivo e com energia para recomeçar. O crente, o viciado, o agarrado ou o drogado, quando cai, tem sempre uma  encosta mais íngreme e um fundo que parece não ter fim. Não acredito que tenha de ser necessariamente assim, mas, também, nunca me tinha deparado com imagens e argumentos tão poderosos.

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

EU TAMBÉM FIQUEI CHOCADA, MAS NO BOM SENTIDO!

A justiça neste país era cega, (de verdade que era e justiça lhe seja feita), mas era também muda, surda, um bocado autista e, recentemente, tinha ficado tetraplégica.
A justiça era lenta. Era. O governo do Sócrates foi uma merda. Foi. Mas criou o citius, a única coisa de jeito do simplex, pelo menos, nesta "jurisdição".
Os processos não passaram a correr de forma mais célere. Não passaram. Mas podiam ser consultados do escritório, podia ver-se quantos deles eram movimentados por dia e até quais, podiam entregar-se as peças, sem ter de ir ao correio, (esperar na fila, gastar dinheiro, confiar que o carteiro não é bêbado...). Podiam. Mas, a senhora ministra, com aquele espírito bem social democrata do: "se é socialista e funciona, bora estragar!" deu a machadada final e já não podem.
Por isso, também fiquei em choque, "camarada" Armando Vara! Todos pensamos, por estes dias, advogados e clientes, (nem sempre arguidos, graças a Deus), que desta vez, com aquela pancada, a justiça não se alevantava. Mas alevantou-se! E logo nesta semana, em que era suposto andar tudo a mudar de tribunal e a descarregar processos dos contentores. PUMBA! Todos condenados! O senhor Godinho 17 anos de prisão?! Até eu acho um exagero! A não ser, que o senhor tenha abusado de algum robalo, pelo caminho.
E aquela capa do correio da manhã, com o senhor Vara, muito chocado, como que a dizer: "A sério que a justiça funciona?!!!!!"
O país estava mesmo a precisar de um murro na mesa e veio de Aveiro. Um grande bem-haja para lá! Investigadores e procuradores e juízes, sôtôres em geral. Venham mais capas assim!

terça-feira, 17 de junho de 2014

SIM, SOU UM PSICOPATA, MAS SOU UM PSICOPATA DE ESQUERDA!

Nunca gostei de estranhos! Acho que é um "trauma" de infância. Tanto a minha mãe me disse para não falar com estranhos, que ainda hoje os estranhos incomodam-me e raramente lhes falo, mas divago... Eu não falo com estranhos, mas uma amiga minha falava e queria ir para o Lux com um, às 5 da manhã. Eu estava contra e disse-lhe justamente o que pensava: "Vais sair às 5 da manhã com um estranho Filipa?! Olha se calha de ser um psicopata?", que eu penso mesmo estas coisas dos estranhos, antes de os conhecer. Ora, fosse por a música já estar off, fosse por eu ter dito aquilo demasiado alto, o estranho ouviu e respondeu-me com a tal frase: "Sim, sou um psicopata, mas sou um psicopata de esquerda!". Escusado dizer que a minha resposta foi: "Camarada, porque não disseste logo, leva a minha amiga para onde quiseres!" E sim, a minha amiga foi ao Lux com um estranho, assumido psicopata de esquerda e está viva e de boa saúde, tanto física quanto mental, (ou, pelo menos, não está pior por causa disso).
Sejamos sinceros, um psicopata de esquerda não ia matar a minha amiga, porque os psicopatas de esquerda matam em massa. Aquele ódio pequenino contra o outro em concreto, seja porque é estrangeiro, negro, judeu,  ou surdo, (o caso da minha amiga), é uma coisa típica da psicopatia de direita. Já a psicopatia de esquerda, como todos sabemos, é uma coisa mais geral e aleatória, com bombas a explodir ou aviões atirados contra prédios, nunca morre só uma pessoa e muito menos por sair à noite e beber uns copos no Lux. E podem perguntar: quem disse que o estranho não estaria a preparar-se para matar em massa no Lux? Oh meus caros Watsons! Se o estranho tivesse como plano, naquela noite, matar em massa no Lux, certamente não estaria ali no Incógnito, a engatar a minha amiga. Ao contrário da direita, na esquerda, o ideal sobrepõe-se sempre ao romantismo.
Conto esta história para dizer, que não aceito e acho ridículo, aquele choradinho do "bloco da direita", sobre a "terrível" discriminação que sofrem, em favorecimento da extrema esquerda, porque uns podem concorrer a eleições e outros não, mas ambos mataram milhões, por isso não é justo, lá lá lá... lá lá lá...
Qual é a diferença? A diferença meus amigos, não está no molho, nem na pasta, mas, novamente, no ideal. A esquerda aniquila quem está contra o regime. Já para a direita, aniquilar é o regime. Aniquilar uma raça, uma etnia, uma condição, um grupo religioso, etc. Na direita há sempre um inimigo concreto. Na esquerda não. O inimigo é abstracto. É quem pensa contra e não quem és.
Claro que não desejo nenhuma das duas, mas vejo mais vantagens na segunda. Numa ditadura de esquerda podes ser um herói, já numa de direita, só te deixam ser mártir.
Quanto a Salazar? Salazar, claramente, era um ditador de esquerda. Basta lembrar o Portugal daquele tempo e parecemos a Roménia ou um qualquer outro país da Europa do leste.
Parece-me até que Salazar e o PCP português foram vítimas de uma espécie de dislexia política. Na Europa vivia-se o terror do fascismo, daí Salazar foi rotulado de fascista e aqueles homens heróicos que o combatiam, de comunistas.
Resultado prático desta confusão: a nossa constituição proíbe as organizações fascistas e de extrema direita, mas é condescendente com as de extrema esquerda. Parece-me justo!

domingo, 4 de maio de 2014

Poliamorismo?!

É o novo conceito da moda!
De acordo com uma entrevista/reportagem a que assisti, há umas semanas, no jornal da noite, não somos só heterossexuais, homossexuais, bissexuais ou transsexuais... agora podemos ser, também, pessoas poliamorosas. E o que é um poliamoroso? Pelo que eu percebi e partindo do princípio, que o professor universitário, sujeito daquela entrevista, representa este novo "estilo" de amar, um poliamoroso é uma pessoa que ama várias pessoas ao mesmo tempo e em que todas sabem umas das outras e podem, também elas, amar várias outras pessoas ao mesmo tempo, convivendo todos, em sã harmonia. E o que querem os poliamorosos? Novamente, segundo aquele senhor, querem ser tratados como uma família normal?!
Eu gosto de pensar em mim como uma pessoa liberal, sobretudo no que toca às relações humanas, eu sou de respeitar e abraçar todo o tipo de amor. Mas tratar "bandos" de poliamorosos, como uma família "normal", seja lá o que isso for, levanta-me dois tipos de problemas. 
O primeiro é empírico. Na minha faculdade, (e já lá vão mais de dez anos atrás), havia muito poliamorismo entre os jovens. Nós não lhe dávamos esse nome, era mais relações "modernas", "abertas", "amigos coloridos", etc. Ora, sendo o conceito muito bonito, na prática e na minha faculdade, o que sempre sucedia, é que as ditas "relações modernas" entre os jovens, acabavam sempre em "peixeiradas à moda antiga"! E se a minha faculdade podia não ser a melhor amostra, qualquer primeira página de um pasquim diário dirá que, em regra, o poliamorismo acaba em situações de politraumatismo ou piores!
Por outro lado, o meu outro problema com o poliamorismo e em tratar os poliamorosos, como "uma família normal", é uma questão de logística. Por exemplo, naquele caso do professor universitário, ele dizia que tinha 4 namoradas e que elas também tinham as suas relações e que às vezes se juntavam 4 ou 5 deles, para verem um filme juntos. O senhor não foi muito específico em termos de números, mas deu-me ideia, que no total, podíamos estar a falar de uma família de cerca de 20 pessoas. Agora imaginemos que é o meu aniversário e que eu até sou pessoa de festejar essas coisas, e convido uns amigos para jantar em minha casa. Suponhamos também, que um desses meus amigos é poliamoroso. Se, ao todo, eles derem 20 pessoas, eu tenho que convidar a família inteira? E se não tenho, digo o quê ao meu amigo poliamoroso?! "Olha, só podes trazer um acompanhante?!". Pelos vistos não posso dizer isso, que segundo aquele professor universitário, isso seria discriminar o poliamoroso e a sua família. Pois, mas o meu T1 diz, ou um acompanhante, ou nada! O que fazer? 
Temo vir a ter problemas com o poliamorismo, (já na faculdade, nunca me correu bem...)       

sexta-feira, 25 de abril de 2014

Não é a Prova dos Nove. É a Prova da Caixa!

Nunca fui uma fã de Louçã, bem pelo contrário, sempre me pareceu, que se olhássemos bem no fundo dos seus olhos, conseguiríamos ver Estaline, de peito feito, a dizer adeus... No entanto, há uma frase do senhor Louçã, que eu nunca consegui esquecer. O relato de uma experiência, que devia ser obrigatório levar a cabo, por todos os banqueiros do mundo e investidores em geral e que é a seguinte:
Se colocarmos numa caixa, uma nota de 10 euros, com outra de 20 euros, nem ao fim de 9 meses, elas vão gerar uma nota de 50 euros, (por muito apaixonadas que estejam)! Parece básico, mas para aquele tipo de gente não é... Estranho seria, que se usasse o dinheiro da economia para jogar no casino e mais tarde ele surgisse, para pagar a quem de facto trabalha, para que a economia gere dinheiro. Assim tipo "geração espontânea" de Aristóteles: de uma data de lixo e dejectos, eis que surge vida!
De um lado temos uns idiotas liberais, que acreditam em bolsas, acções, swaps, spreads, tudo burlas para que uma data de gente preguiçosa, que não sabe, nem gosta de trabalhar, saque de lá o seu. Por outro e cada vez mais, como reacção, creio, só se vê daquela esquerda pequenina, "a esquerdinha", que defende o retrocesso à troca directa e abomina o dinheiro, como se fosse ele o mal de todos os nossos pecados. Alguns, de caminho, até querem andar de tanga por aí, a viver da natureza e em harmonia com os animais... Enfim, eu por mim já estou por tudo, não sou uma produtora, mas gosto de pensar que sou uma prestadora de serviços competente e o trabalho não me assusta, aliás, já dizia o outro, se uma pessoa não trabalha, ou pasma, ou angustia, mas entre os índios e os cidadãos, eu sou pelos segundos e gosto da polis e de viver em sociedade e sobretudo gosto de boas pessoas, de pessoas honestas, que gostam de viver do seu trabalho e não à custa do trabalho dos outros.

domingo, 13 de abril de 2014

Mulheres de Armas!

Um artigo interessantíssimo, esta semana, na Spectator, (como não podia deixar de ser), pela Melanie McDonagh, uma jornalista inglesa, que escreve, como só as inglesas sabem escrever. Com humor, pertinente  e despudoradamente humilde. Escrito, não por alguém que julga, mas por alguém que duvida. E do que duvida a Melanie? Ela dúvida que as mulheres devam ter o direito de lutar na frente de batalha, juntamente e como os homens. E porquê? Porque acha que as mulheres foram feitas para dar vida e não para matar. E também, porque acha que as mulheres, tal como as crianças, têm de ser protegidas em tempo de guerra.
Oh meu Deus! Eis um argumento, que não há como combater, (e refiro-me ao último, porque o primeiro argumento da Melanie, qualquer vulgar leitor do correio da manhã sabe, que não é válido!), as mulheres e as crianças são o que de mais precioso há no Mundo! As crianças, porque são o futuro e a sobrevivência da espécie, e as mulheres, porque nem os homens, nem as crianças, duravam mais de uma semana sem elas!    
No entanto, será que as mulheres não devem estar na frente de batalha? Bem, eu acho que as mulheres devem estar na frente de batalha, tanto quanto eu acho, que as mulheres devem poder recolher e tratar do lixo municipal, ou seja, acho mal! Não gosto! Acho que, de facto, é trabalho para macho e não trabalho de mulheres e muito menos de crianças.
Por outro lado, há mulheres e Mulheres! E se há as que o querem e conseguem fazer, tanto na guerra, como no lixo, essas mulheres merecem todo o meu respeito e admiração. Além de que, ninguém pode negar, que seria muito injusto, se uma mulher fosse a melhor combatente da sua tropa, ser-lhe negada a linha da frente, com argumentos pequeninos e paternalistas, como o cavalheirismo ou a distracção dos homens, no campo de batalha. Ora, bem sei, que o género masculino é muito dado a estas coisas, mas um militar, se ele não consegue resistir ao impulso de proteger a colega, em vez de lutar contra o inimigo, se calhar é o macho, que não está preparado para a linha da frente. Melhor mandá-lo exercer funções na enfermaria, onde ele pode proteger e cuidar das colegas à vontade, sem o stress do inimigo.          

domingo, 6 de abril de 2014

Please don’t ask and Please don't tell!

Será que os homossexuais devem mesmo sair do armário?
Tenho ouvido isto recorrentemente, vindo de jornalistas, comentadores, políticos e sobre as mais variadas actividades: desde polícias, militares, os próprios políticos, jogadores da bola, etc. E lembro-me até de um político qualquer da cena internacional, (o ministro australiano do desporto?! seria?), dizer, sobre os jogadores de futebol do seu país: quem é gay e joga a bola, devia encher os pulmões de orgulho, convocar a "media" e dizer alto e bom som, para toda a gente ouvir: "Eu sou gay e jogo à bola!", porque, ao que parece, é muito importante que os homossexuais se assumam, sobretudo, se forem jogadores da bola, militares ou políticos.
Inclusivamente, li também, que o governo australiano vai permitir aos seus militares, desfilarem em paradas comemorativas de orgulho gay, lésbico e transsexual, com a farda do trabalho. Sim. Com a farda! Não sei se armados também?! Nada contra, mas será mesmo necessário permitir o deboche, para lutar contra o preconceito?
Atravessando o atlântico, faz-me lembrar a lei americana: "don't ask, don't tell", essa pérola da legislação internacional, que consistia, como o próprio nome advinha, em nada se poder dizer sobre o assunto. O colega não tem o direito de me perguntar se eu sou gay e mesmo que mo pergunte, eu não tenho o direito de lho responder, ou melhor, eu tenho o dever de não lho responder. É ou não é bonito? Digo mais, esta lei americana só peca - aliás, pecava, que ao parece foi abolida em mais um daqueles tsunamis do politicamente correcto - e pecava pelo âmbito subjectivo dela, pois só os militares eram obrigados a esta regra. E pelo objectivo, apenas os comportamentos homossexuais preocupavam.
Infelizmente, (ou felizmente, quem sou eu...), devia ser assim em todas as profissões e locais de trabalho e sobre todos os assuntos, que não os estritamente laborais. Porque é que uma pessoa, seja ele das forças armadas americanas, seja ele da repartição de finanças do Lumiar, há-de querer partilhar com os colegas de trabalho, a sua orientação sexual? O nome da pessoa a ligar em caso de emergência, ainda vá, mas mais do que isso, eu não vejo necessidade. A não ser que sejam amigos, mas aí, ora lá está, já não estamos a falar de trabalho.
Como diria Kramer, (nessa bíblia das relações humanas chamada Seinfeild), são dois mundos distintos, o trabalho não tem nada a ganhar com a família e a vida íntima de cada um. Deve ser um lugar de paz, onde a orientação sexual, o estado civil e os pormenores das relações com a mãe, a sogra, o marido ou a namorada, deviam ser tabu obrigatório e a sua violação, um crime tipificado e punido por lei!
Será que dantes, na América, um militar podia dizer que era virgem?!  Navegando assim o preconceito, a minha preocupava-me mais um militar virgem, que um gay... E é este o problema de discutir estes assuntos com os nossos compinchas de labuta, facilmente cais no ridículo, a discutir o que não interessa.
Já agora e novamente, deixo também este conselho de Kramer para os casais, quanto aos assuntos de trabalho, na vida familiar: não se traz trabalho para casa! Quantos casamentos não terão visto o seu fim antecipado, massacrados por essa pergunta assassina: "como foi o teu dia querido/a?".
Há coisas que não devem sair do armário e há outras, que não têm de lá entrar!

domingo, 9 de fevereiro de 2014

Os Felizes Anónimos.

“The tragedy of this world is that no one is happy, whether stuck in a time of pain or of joy. The tragedy of this world is that everyone is alone. For a life in the past cannot be shared with the present. Each person who gets stuck in time gets stuck alone.”
Alan Lightman

Deixei de ser feliz, há mais de dois anos. Não porque esteja presa a algum momento de felicidade em particular, são muitos os momentos felizes, que me prendem. E também não é qualquer tragédia, que me impede de ser feliz, nem posso dizer que tenham sido muitas, ou sequer verdadeiras tragédias. Quanto à solidão, até acho que pode ter o seu quê de independência e liberdade, que não deve ser menosprezado, isto, claro, se estivermos em condições de ser livres e independentes.
A sensação de estar ou ser feliz é o que me angustia. Tenho para mim, que as verdadeiras tragédias, só acontecem às pessoas felizes. Aposto que aquela juventude no Meco, horas antes da tragédia acontecer, estava super feliz. A felicidade é assim, traz sempre desgraças e desastres com ela. É inimiga do bom-senso, da atenção, da lógica e do dever. Nunca vi pessoas felizes, pró-activas e sensatas.
Há até uma música, que eu conheço cantada pelo Rod Stuart, em que ele pergunta: "Have you ever seen the rain come down on a sunny day?". E é uma pergunta que faz todo o sentido, porque a chuva que cai nesses dias, não é igual à chuva que cai, quando o sol já acorda meio frouxo, logo pela manhã.
Não sou feliz há dois anos e 5 meses! Até à data, claro, que nisto da felicidade, uma pessoa nunca se pode dizer curada. Estupidamente feliz! Nem o sei ser de outra forma... É como andar bêbada, ou pior, que eu trabalhei dois meses feliz e duvido que o resultado fosse pior, se bêbada.
É uma luta todos os dias, para não ser feliz!

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

HOW TO BE WRONG!

... "Which brings us to the third and most intractable problem with uniting the right: the ‘r’ word has been so successfully discredited by the left that even conservatives balk at it. It is synonymous with ‘crap taste in music; even worse taste in clothes; uselessness in bed; sexism; racism; a fondness for spanking, tarts dressed as French maids, water sports and semi-auto-asphyxiation enjoyed while masturbating with an orange in your mouth; insider dealing; nimbyism; wanton selfishness; environmental vandalism; philistinism; greed; stupidity; cruelty; mendacity; corruption; xenophobia; closed-mindedness; extremism; bigotry; adultery and round, unvarnished evil’.
I wrote that list (in How to Be Right) in 2007";
By James Delingpool in The Spectator.

É a melhor descrição da direita que já li! Pelo menos aquela direita antiga, dos tempos do meu avô, era mais ou menos isto. Hoje em dia e ao que vejo em Portugal, passa-se exactamente o contrário. O nosso problema é a "s" word e é por isso que a esquerda não se une, os socialistas têm vergonha de dizer, que são socialistas e de esquerda e os que se assumem? Enfim, é por causa deles, que eu tenho vergonha de dizer, que sou socialista e de esquerda.
Em resumo e só para dar umas luzes do pensamento geral: ouve o que eu te digo, não olhes para o que eu faço; o meu umbigo é tão bonito, não consigo olhar para outro lado, ou, o que é meu é meu e o que é teu é nosso; sujidade; abandono familiar; e escolar; barbas por fazer, (eu por acaso até gosto...). E, ao mesmo tempo: conformismo, (já lá dizia a minha mãe: não são comunistas, o que eles são é comodistas!), egoísmo, analfabetismo, chupismo, (não sei se a palavra existe, mas entendem o que quero dizer?), anarquia, pobreza, vodka, açorda, reggae; doenças venéreas; adoração ao demónio e quotas para animais no Parlamento! Quem é que, tendo dois dedos de testa, veste a camisola desta equipa?!
Eu não consigo... mas sou socialista e de esquerda, não haja dúvidas disso!
Não concebo um Estado de Direito Democrático, que não tenha por fim providenciar pela educação, saúde, justiça e segurança dos seus cidadãos. Nem concebo pagar impostos pela existência de um Estado, que quando não anda a vender estes seus fins a privados, anda-me a pedir taxas pela sua utilização. Se a escola e a saúde querem ser públicas, elas só podem ser estaduais, tal como as polícias e os tribunais. Tudo o resto, por mim, podiam vender!
Orgulho-me de ter crescido nesse Portugal dos anos 80, onde filhos de professores, médicos, comerciantes, ciganos, jogadores da bola, emigrantes, agricultores e pescadores, (a grande maioria), estudavam todos juntos, sob o olhar atento e igualitário, da régua do professor Paiva - escola primária nº1, Póvoa de Varzim, turma 86 a 89/90.
Nem acredito, que se possa garantir a qualidade das escolas públicas, bem como dos hospitais ou dos Tribunais, se não formos todos obrigados a ir aos mesmo sítios e a ser atendidos pelos mesmos médicos, polícias, juízes e professores, funcionários públicos, pagos pelos nossos impostos. Televisão pública?! Conservatórias? Telefones? Aviões? Teatros?! Museus?!... Oh pá! Eu vendia isso tudo, ou abandonava, conforme desse mais jeito.
É um bocado radical? Pois é, eu bem avisei que era socialista e de esquerda...

sábado, 8 de junho de 2013

Os Melhores emigram?

Irrita-me solenemente, este novo cliché, que contamina tudo o que é jornalista, político, economista e perito dos mais variados quadrantes do saber! Então, ao que parece, os nossos jovens mais sábios e preparados, ou seja, "os melhores", estão a emigrar! Oh God!
E já agora, nós, os que ficamos, somos o quê? Menos bons? Impreparados? Temos medo de andar de avião? Desistimos de ser "os melhores", porque escolhemos viver no nosso país, junto da nossa família?
É mesmo o insulto que nos faltava. Depois do conselho do primeiro-ministro, que manda os jovens sair da zona de conforto e emigrar, a generalidade da classe pensante ainda nos atira com esta, de que só os melhores é que vão...  
Eu tenho uma teoria diferente sobre os melhores. É que os melhores, que são de facto melhores que os outros todos, têm oportunidades em qualquer lado, até onde elas não existem, eles inventam-nas, porque são, ora lá está, os melhores! Os outros, que podem ser bons, mas não são os melhores de todos, é que têm de voar e procurar os países com oportunidades, muitas oportunidades, de preferência, que é para o caso de não apanharem logo a primeira, nem a segunda e falharem até a terceira. Para estes sim são precisas oportunidades, um mundo de oportunidades mesmo, que eles não são de as agarrar à primeira. Já os melhores, em Portugal, no Japão ou na Somália, sempre há oportunidades. Os melhores vão para onde eles querem ir e se não lhes apetecer ir, ficam, porque lhes apetece ficar e como são os melhores, ora lá está, fazem o que que eles querem fazer!
Tenho muito respeito e dou todo o meu apoio moral aos que tomaram a difícil decisão de emigrar. Desejo-lhes toda a sorte do mundo, mas a minha admiração vai para aqueles que escolhem ficar, porque só os melhores conseguem vingar, nesta merda de pais mai lindo, que é o nosso Portugal!



segunda-feira, 9 de julho de 2012

Quando eu andava na faculdade corria o mito, de um poema escrito por Fernando Pessoa, sobre as pedras que ele encontrava no caminho e do bonito castelo que afinal construiria com elas. Digo mito, porque anos mais tarde li um email muito indignado de alguém que parecia perceber do assunto, a dizer que o poema não era do génio mas de um leigo qualquer. Enfim, para o que eu quero também não interessa e até acho que ficam ambos a perder, o poema e Fernando Pessoa.
O que quero com isto dizer-vos, é que também eu tenho encontrado algumas pedras no meu caminho. Com as primeiras construí uma muralha, (bem bonita e grandalhona), à minha volta, mas as segundas, meus amigos, cuidado, que eu vou começar a atirá-las de volta...

domingo, 8 de julho de 2012

ÉPOCA FESTIVALEIRA 2010

SUPER BOCK SUPER ROCK 2010:
Cut Copy é daquelas que eu baralho muito com Hot Chip, mas parece-me ligeiramente melhor. Deram-nos as boas vindas, ainda de mochila às costas e tenda por montar. Pop/Rock animado e dançante. Daquele a que ninguém resiste a bater o pezinho.
Keane é muito lamechas? Talvez seja, mas eu gosto muito. Uma pop romântica, às vezes ligeiramente dramática, ali a passar a mão no pêlo a Cold Play.
 Pet Shop Boys, tenho de dizer, que já vi concertos de música pimba melhores. Já vi. Mesmo! Dois gajos em cima do palco e uma music box. Mais rudimentar era impossível. Valeu-lhes o público, que sabia os hits todos de cor e deu uma ajuda.
Hot Chip, ora lá está, não é tão bom quanto Cut Copy e tocaram depois, mas foi giro.
Julian Casablancas foi um concerto muito piquinino! O raio do concerto teve aí umas 8 músicas. Três delas dos Strokes, (yeah!!!).
Leftfield, que dizer... foi quase tão bom como Pet Shop Boys…
Ainda no primeiro dia: Vampire Weekend, que abriram as hostes da noite e o que eu gosto deles. Pode-se dizer que misturam o pop rock animado do bom com a música do mundo, (os intelectuais adoram!).
Grizzly Bear? Gzzz! Bah! Podiam ser islandeses, que eu não gostava menos deles por causa disso. Empire of the Sun, como dizer, a música é muito boa, mas eles são mauzitos, ou melhor, bimbos. É mais essa a palavra. Homenagens ao sol em cima do palco, umas vestes à Cleópatra, enfim... 
Prince, que eu andei 3 km para o ver. Sou sincera, quando andei 3 km, o que eu queria mesmo ver era The National, mas não cheguei a tempo. Assim, andei 3 km a pé para ver Prince e valeu a pena! Muito single bonito do príncipe da Pop. Só não cantou o "sacana" sexy, mas das outras cantou todas.

ALIVE 2010
Pearl Jam foi uma declaração de amor do Eddie ao país. Ele está apaixonado e até tivemos direito a serenata. E because what? Because: "We are the best singing croud in the  world"! Isso e as ondas que se apanham por cá. Pareceu-me mais isso.
Não sou grande fã do grunge, mas Pearl Jam e Faith No More são grandes bandas e isso vê-se em palco, independentemente do estilo musical. Entregam-se ao público e dão sempre um grande espectáculo.
Gossip foi uma banda demasiado grande, para uma tenda demasiado pequena. Já não era hora de lhes darem o palco principal?! Senti-me uma mirone a ver o concerto.
LCD Soundsystem, ou o concerto foi muito pequeno, ou eu demorei demasiado tempo a comer. Só (ou)vi duas músicas, mas que gosto muito. Uma delas o: “everybody keeps on talking about it, nobody is getting it done”, que é uma espécie de versão do: “a little less conversation, a little more action”. São daquelas músicas que se deviam trazer na carteira, porque te dão mesmo vontade de fazer alguma coisa. Ou mandar alguém fazer alguma coisa.
Daquelas curiosidades tipo New Young Pony Club ou Florence and the Machine, achei giro, mas não prestei muita atenção.
Para acabar, os Gogol Bordello. São muito bons e para quem se quer divertir é do melhor. Pena que actuem no último dia, uma pessoa tá mais murchita. Já não tenho 20 anos :( 

Quanto aos concertos de apenas duas horas neste 2010 destaco:
Vi muita coisa boa este ano e em três dias seguidos. Parece incrível, mas é verdade: 10, 11 e 12 de Novembro. 
Vampire Weekend, no Campo Pequeno. O melhor que eu posso dizer sobre eles é que são os únicos de entre a música do mundo, que gosto. Músicas muito animadas e letras que contam histórias, enroladas numa língua que se entende. Como se ouvíssemos uma banda de aborígenes da Nova Zelândia, mas que se vestem à betos e cantam em inglês.
The Drums, no LUX. Felizmente, desta vez não apareceu ninguém a meio do concerto para dizer: "Se continuam a fazer barulho, vamos ter de acabar o espectáculo". Juro que eu ouvi isto uma vez no Lux, durante um concerto de Baby Shambles, que interromperam. Desta vez não e olhem que o Sr. Drums bem se abana em cima do palco. Para falar verdade, nem é bem abanar, é uma coisa bem melhor que ele faz a dançar. Parece um barco em alto-mar e passa para as pessoas. Eu própria, quando dei conta, já me abanava assim e é muito relaxante. Uma espécie de rock surfista, tipo pop rock, em ritmo de reggae, mas sem carregar na parte do reggae. Gosto muito deles e desejo-lhes longa vida. Têm um som característico, pois ouvimos The Drums e sabemos logo que só pode ser The Drums. E todos os defeitos disso mesmo, pois as músicas parecem ser sempre a mesma música, (para mim nunca foi grande defeito).
Interpol, também no Campo Pequeno. Descobri que só gosto de uma música daquele que à data era o último álbum, mas gosto muito de muitas outras músicas, de todos os outros álbuns. Não são uma banda muito simpática, nem podiam. É uma música que puxa ao drama, às vezes até à tragédia e isso não é compatível com a simpatia.
James para acabar o ano em beleza, também no Campo Pequeno. Comecei logo a chorar no início, com o Tim a descer a escadaria a cantar: "Oh sit down, oh sit sown, sit down next to me" à capela e depois consegue manter sempre o mesmo nível de emoção e entusiasmo, até à última música do concerto. Nunca desiludem! Só não digo que são melhor ao vivo do que em casa, porque eu gosto muito de os ouvir em casa.

NÃO DEVIAS DIZER ESSAS COISAS BOB

Há uma versão foleira de uma música do Bob que corre por aí e presumo chamar-se "don't worry be happy", que resume o pior da mensagem do Bob, que no original cantava: "don't worry about a thing, cause every little thing is gonna be alright", (e verdade seja dita, tinha mais aquele sentido de compaixão e não de desleixo e "tou-me a cagar", que esta nova versão pirosa lhe dá, mas enfim, já lá vamos...).
Penso sobre o assunto e de fato a afirmação não podia ser mais idiota ou infeliz, porque se de verdade não te preocupares com nada, é muito pouco provável que as coisas te corram bem e se as coisas não te correm bem e tu és feliz à mesma, só podes ser parvo! Eu pelo menos funciono assim, preocupo-me com as coisas, (e fico angustiada, irritada, ansiosa, mal-humorada até!), e se no final as coisas correm bem, eu olho para trás e sou feliz!!!
Quero eu dizer, que se te não preocupas, ainda que as coisas te corram bem, como podes ser feliz? Podes ser apático, alienado, tontinho, mas acredita que não és feliz!

sábado, 9 de junho de 2012

E ANTES DE FALAR DA PRÓXIMA ÉPOCA FESTIVALEIRA QUE TAL UM RESUMO DE 2009.

DE LEMBRAR QUE NESTE VERÃO DE 2009, OS FESTIVAIS, (O PAÍS E O MUNDO), FORAM ASSOMBRADOS PELO ESPECTRO DA GRIPE A E COM TANTO ESPANHOL À SOLTA, TEMI O PIOR…

ALIVE 2009

O dia do metal é o mais concorrido em todos os festivais. Admiro os fãs do metal por isso, são fãs a sério, que gostam de concertos e estão lá, mais do que para ouvir, para apoiar e demonstrar o amor que sentem pelas bandas do seu coração. METÁLICA vale sempre a pena! É de longe a banda do metal que faz menos barulho. Há ali sempre uma melodia, ainda que ténue. SLIPKNOT, por exemplo, já é demais para mim. 10 minutos são um sacrifício, puxo pelos meus sentidos e não sou sensível àquilo, não adianta, (ou então sou demasiado sensível concedo).
Vi KLAKSONS, uma espécie de electrónica com rock a abrir, sem dúvida a melhor banda do palco superbock! Não que a concorrência fosse grande, mas ainda que fosse, chegavam para eles! E TV NA RÁDIO, o som não prestava, pela segunda vez, (a primeira naquele superbock que foi o melhor de sempre…), começo a achar que o problema é da banda!!.
Por outro lado, os fãs de PLACEBO são uma miséria! Provavelmente é a única banda de jeito de que gostam, mas ficam em casa. Ao vivo não se vê fãs de PLACEBO, só malta a curtir o concerto, gente como eu, que até gosto muito de PLACEBO, mas também faço número em BLASTED MECHANISM. Sem dúvida o dia mais apagado do festival, não nos concertos, mas no calor humano, cheio de pessoas que batem palmas e sorriem muito, (gente simpática atenção), mas não cantam.
THE KOOKS, que são uns ingleses vivaços, tocaram e animaram o fim da tarde. Rock pop animado, do bom e com sotaque inglês, (o meu preferido). E PRODIGY! Não é um concerto, é uma viagem de regresso à adolescência e às festas. Tenho momentos de pura histeria com PRODIGY, sobretudo no início de algumas das músicas, até tenho medo de ter um ataque!
Ao fim da tarde, CHRIS CORNELL, conheço mal e gostei muito. Aliás, pouco antes do concerto, comentei com um amigo meu: «Nós já não vimos uma vez este gajo num super bock assim ao lusco fusco?». Não me lembro muito desse concerto, mas tenho guardado no meu coração, o céu laranja de fim de tarde e o rockeiro lindo e sentimental em cima do palco. «Não», disse o meu amigo, «isso era audio slave», pois para mim audio slave e soundgarden é uma gaffe comum… mas gosto muito, não sei se de audio slave, se de soundgarden, provavelmente das duas... Mas adiante…
DAVE MATHEWS é um bocadinho jazz a mais pó meu gosto bimbo, mas reconheço que as demonstrações de guitarra e na bateria são fenomenais e se o Alive fosse um concurso, DAVE MATHEWS ganhava certamente … mas em não sendo, os momentos em que ele realmente cantava é que foram realmente muito bons!
Perdi THE TING THINGS e FISCHERSPOONER. No Alive há escolhas a fazer e estas foram as minhas.



SUPER BOCK SUPER ROCK PARTE II 2009


KILLERS gosto muito do 1º álbum e mais ainda do segundo, só podia ser um grande concerto, (tudo o resto foi absolutamente deprimente neste festival e quem lá esteve sabe do que falo)!


PAREDES DE COURA 2009


Vi grandes bandas este ano! Muita repetição, mas coisa que vale a pena pá!
FRANZ FERDINAND, NINE INCH NAILS e THE HIVES, qual deles o melhor! FRANZ FERDINAND sem dúvida! Embora NINE INCH NAILS também tenha sido muito emotivo. THE HIVES eu gosto, é uma música enérgica, um bom espectáculo, mas aquele vocalista é no mínimo estranho… PEACHES fiquei chocada! Nunca me tinha acontecido tal num concerto, (e olhem que eu já vi Marlyn Manson e 50 Cent e coisas assim capazes de chocar uma pessoa…), nem sei se gostei ou não, mas foi marcante sem dúvida.
SUPERGRASS é uma grande banda de festival, não que a banda em si seja memorável, mas as músicas são apropriadas e têm aqueles hits que toda a gente sabe cantar. Bem bonito! E como em Paredes de Coura há sempre boas surpresas. Destaco JARVIS COCKER, o vocalista dos grandes Pulp, p’ra mim, que não cresci a tempo de os ver ao vivo, foi um belo prémio de consolação e o último álbum, para quem gosta de Pulp, é mais ou menos a mesma coisa.

JÁ DOS CONCERTOS COM APENAS DUAS HORAS NESTE 2009 DESTACO:
KAISER CHIEFS foi a puta da loucura, p’ra falar bom português. OASIS, fui sozinha a este concerto e isso é muito triste, de entre os amigos que curtiam OASIS na adolescência, apenas sobrei eu … Em compensação foi um bom concerto, digo mais, tendo em conta a fama dos manos Galagher, foi um sucesso! DEPECHE MODE, a idade não passou por eles. Acordei tarde para DEPECHE MODE, já andava na faculdade quando percebi porque faziam eles parte dos grandes e posso dizer sem assombro, que foi dos melhores concertos da minha vida, (e tenho dito!).
FRANZ FERDINAND, (no campo pequeno), PRODIGY, (pavilhão atlântico a rebentar pelas costuras e muito adolescente a fumar ganzas…) e last e um nadinha least, EDITORS!

Ah! E pelo meio, com a minha mãe, CAMANÉ.