quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Para acabar de vez com o politicamente correcto!

Esta semana houve grande polémica com a notícia que apareceu num jornal da nossa praça e que era mais ou menos isto: “Costa chama cega e cigano para o Governo”.

Eu discordo de tanta polémica. Jornalismo sem papas na língua merece sempre o meu aplauso. E neste caso sempre nos poupa a trabalheira de decorar os nomes dos governantes. Podemos sempre dizer, a negra, o cigano, o monhé, a cega e por aí adiante.
Só é pena que as papas só saiam da língua do jornalismo, quando é para falar da negra, do cigano e da cega. Se é para ser uma análise exaustiva do novo Governo, não podemos falar de uns e deixar outros de fora.
Estive a dar uma vista de olhos neste Governo e no mínimo, o título daquela notícia podia e devia ter sido: “Monhé chama cega, cigano, negra, uma velha, quatro carecas, cinco gordos e nada mais, nada menos, do que seis caixas-de-óculos, para o Governo!”. 
É ou não uma notícia que dá vontade de ler? E podem ir confirmar que é tudo verdade.

Para terminar e para o caso de estarem a pensar que eu sou uma atrasada mental… claro que o problema não está nas palavras. Os pretos, os ciganos, os cegos, os políticos são todas palavras legítimas, que não merecem ser discriminadas. 

O problema surge, quando, sabendo o nome da pessoa em questão, ainda assim, escolhemos dizer o cego, o preto, o cigano, etc., bem sabendo que o mérito ou defeito daquela pessoa em concreto, não é ser preto, cigano ou cego, etc. Isto pode não ser xenofobia, nem racismo, se calhar não é, mas é muito mau! 

QUEM TEM MEDO DO EI?

A Turquia tem medo dos curdos. A Rússia tem medos dos rebeldes sírios. Os americanos têm medo do Bashar al-Assad… Ninguém tinha medo do EI, até que a França foi obrigada a olhar com mais atenção para o problema e parece que agora, finalmente, todos têm medo do EI. Ou será ISIS? Ou será DAESH? Lembro-me que já foi Al-Qaeda e na Nigéria, por exemplo, atende por Boko Haram. Pessoalmente eu chamo-lhes: QUE GRANDE MERDA!!!

Voltemos à Al-Qaeda e aos ataques do 11 de Setembro de 2001. Bin Laden intitulou-se o autor moral dos ataques. Já toda a gente conhece a história do Bin Laden, mas vale a pena recordá-la, porque é uma história com um final feliz. 
Bin Laden nasceu na Arábia Saudita, onde cresceu e estudou. Depois juntou-se a forças jihadistas no Paquistão e daí foi lutar contra a União Soviética no Afeganistão. Parece que tentou assentar bases no Sudão, mas foi de lá corrido e desde de 1996 que tinha o estaminé montado no Afeganistão.
Após os ataques do 11 de Setembro perdeu-se-lhe o rasto e finalmente, em 2011, foi encontrado e morto no Paquistão.

Onde entra o Iraque nesta história? Ninguém sabe... Ou melhor, o senhor Bush  saberá. Entre as papoilas do Afeganistão e o petróleo ali tão perto do Iraque, ninguém mais quis saber do senhor Bin Laden.  

Se existisse justiça internacional, o único lugar que Bush e os outros mentecaptos, que organizaram a cimeira das Lajes e planearam a guerra do Iraque, teriam na História, seria o do banco dos réus, no Tribunal Penal Internacional. 
A guerra no Iraque foi um verdadeiro acto terrorista. E basta ver como à data, as imagens do enforcamento de Saddam Hussein, se tornaram “virais”, para perceber o que foi a intervenção no Iraque. Operação “Liberdade ao Iraque”, assim lhe chamaram. A primeira de todas as primaveras árabes.
Não admira que os americanos queiram fechar a base nas Lajes. Quem os pode censurar? É um sítio de má memória.      

Apesar dos vários nomes que os terroristas do estado islâmico possam arranjar, todos eles têm uma coisa em comum, o ódio ao Ocidente e os regulares ataques perpetrados desde 2001. Nem o Bashar, nem o Saddam, e já agora, nem o Kadafi, representaram alguma vez tamanho perigo para o Ocidente.