terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Nunca me interessei por assuntos sociológicos, mas agora que penso nisso, gostava de escrever sobre algo que em termos sociológicos creio designar-se, “A Dinâmica Indivíduo, Sociedade à Sua Volta”. Técnicas de ajuda ao indivíduo de forma a conseguir uma melhor integração na sociedade e outras, de forma a promover que a sociedade, enquanto sociedade, se organize para tornar essa melhor integração possível e até bem sucedida.

O mais provável é que já alguém o tenha feito, por isso, se calhar, vou antes ler sobre isso.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

O meu momento pseudo-intelectual do ano!

Tenho meia dúzia de prendas obrigatórias a comprar. De entre essa meia dúzia, só sobre uma tomei já decisão do que em concreto comprar, mas as tentativas de o fazer revelaram-se mais difíceis do que o comum dos mortais à partida imaginaria, (eu pelo menos não imaginava).
Procurava uma Doris Lessing, em bom estado de conservação, minimamente mediática (“the grass is singing” era perfeito), mas não estava para ser muito esquisita, se metesse amor e fosse em inglês, eu já ia bem contentinha para casa.
Prémio Nobel 2007, pensei para comigo, qualquer secção de literatura, por muito pobrezinha que seja tem isto de certeza, mas ser prémio Nobel já não é pop. Julguei que ia encontrar Doris Lessing’s em português, em inglês, versão criancinhas e afinal, havia três mixurucas edições em português, com um aspecto bem coçado de livro em terceira mão e nada, nada de nada em inglês.
Eu só preciso passar por isto uma vez no ano, felizmente! No nosso país evolve muito esforço ser-se um intelectual, (ainda que pseudo) e eu vou passar a ter mais respeito por essas pessoas.

terça-feira, 6 de novembro de 2007

CONTO PIROSO do Reino Muitíssimo Distante

O MONSTRO BICÉFALO

Era uma vez, num Reino Muitíssimo Distante, um primeiro-ministro que não tinha oposição.
Nesse Reino Muitíssimo Distante, todas as pessoas tinham uma visão muito democrática do reino e, por isso, gostavam de ver uma oposição forte no parlamento. Não é que, os jornalistas, não fizessem o seu trabalho, mas uma forte oposição parlamentar é outra coisa. Alguém que, por assim dizer, entala o primeiro - ministro uma vez em cada 15 dias é sempre uma coisa saudável para a democracia de um reino, sobretudo se for um Reino Muitíssimo Distante.
Assim, o partido da oposição reuniu-se em congresso e debateu longamente a estratégia de entalanço ao primeiro-ministro e também, claro, a forma de convencer o país que sim! Seriam eles a combater e vencer O MONSTRO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA, O DO DÉFICE e mesmo O DA SEGURANÇA SOCIAL! Todos iam ter de emagrecer, se o líder deste partido fosse eleito primeiro - ministro.
Nesse congresso decidiram, os militantes, afastar aquele, que era o líder actual, acusando-o de ser um xoninhas e de nunca, em todo o seu mandato, ter conseguido entalar o primeiro-ministro. Assim, decidiram substituí-lo por uma liderança bicéfala. Desta forma, o maior partido da oposição passaria agora a ser liderado por um monstro, O MONSTRO BICÉFALO, (já que era necessário combater tantos monstros no reino Muitíssimo Distante) e, este sim, propunha-se combater com eficácia todos os monstros do reino e, de caminho, arrumar com o primeiro-ministro enérgico e musculado.
Assim, toda a estratégia do MONSTRO BICÉFALO consistia no seguinte, uma cabeça do monstro ficava na assembleia a entalar o primeiro-ministro. À outra incumbia-lhe pavonear-se pelas ruas e bradar aos sete ventos, “Eu sou melhor que primeiro-ministro enérgico e musculado! Eu serei ponderado e flácido!”
A população do Reino Muitíssimo Distante gostou da ideia de voltar a ter uma forte oposição mas não percebia, como o maior partido da oposição se propunha destruir, ou pelo menos enfraquecer, alguns dos monstros que assolavam o país e perguntou bem alto, “E Os monstros, o que vais fazer com os monstros, Luís?, (o nome de uma das cabeças do monstro bicéfalo)”.
E um grande silêncio tomou conta do Reino Muitíssimo Distante, por Muitíssimo tempo…

Dúvidas Existenciais!

“O dia Seguinte” é filmado num estúdio de televisão, ou numa taberna?

Isso é que não pá!

Não sou ciumenta.
Aliás, até sou a favor da infidelidade, desde que ela não interfira com os meus horários.

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Conto Piroso de um Reino Extremamente Distante!


O MONSTRO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Era uma vez, num Reino Extremamente Distante, um governo. Esse Governo lutava contra um monstro extremamente grande, O MONSTRO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA!
Nesse Reino Extremamente Distante sucessivos governos tinham vivido em harmonia com O MONSTRO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA pois, nesse reino, dominava um pensamento rousseauniano sobre todas as pessoas, inclusive, sobre O MONSTRO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA.
Até ao dia em que, um governo liderado por um primeiro-ministro apologista de uma democracia enérgica e musculada decidiu que, O MONSTRO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA tinha de emagrecer e começar a ocupar menos espaço. O primeiro-ministro do Reino Extremamente Distante queria, acima de tudo, que o monstro percebesse, “não era estético ter alguém tão gordo e pesado no reino", disse-lhe uma vez o primeiro-ministro, na sua voz afectada.
No entanto, O MONSTRO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA não se mostrou muito entusiasmado com a ideia. Gostava de comer, comer muito, e não via motivo para deixar de o fazer.
Assim, o primeiro-ministro iniciou a sua luta contra O MONSTRO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA pela via diplomática. Todos os dias de manhã fazia jogging para incentivar O MONSTRO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA a, quem sabe, juntar-se a ele e correr, mas nada animava o Monstro. Ele recusava-se a emagrecer. O primeiro-ministro fez outras tentativas diplomáticas de propaganda para com O MONSTRO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA e nada, nada o tirava daquela letargia em que tinha caído. Choques tecnológicos, flexi-segurança, simplex, de tudo se tentou mas o Monstro recusava-se a perder peso.
Certo dia, o primeiro-ministro acordou enervado e disse, na sua voz afectada, “Desta vez é que é! A partir de hoje, O MONSTRO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA não come mais de 30% da ração do Reino. Nem mais uma grama!”. No dia seguinte, a ordem foi publicada no Diário da Monarquia do Reino Extremamente Distante.
Ao fim do terceiro dia a passar fome, o MONSTRO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA comeu toda a gente do Reino, inclusive, o primeiro-ministro enérgico e musculado do Reino Extremamente Distante.

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Doris Lessing nasceu em 1919 e editou o seu primeiro romance em 1950.
Tenho mais 4 anos :)

Noção do Ridículo!

Catalina Pestana fez furor no fim de semana. Se forem verdadeiras as suas palavras, o país precisa, realmente, fazer uma introspectiva sobre o assunto, mas primeiro tem de levar com outro grande abanão.
Penso que era essa a intenção de Catalina e, se é verdade o que diz, concordo que o denuncie usando do vil mediatismo tão em voga nos dias que correm. Admiro os que não têm medo de provocar um grande abanão quando ele vale a pena.
O que, confesso, me fez bastante confusão foram as imagens usadas para ornamentar a entrevista, pouco apropriadas a abrir os olhos do país à pedofilia. E, se ainda discuto a possibilidade de não existirem no mundo imagens para o fazer, já não discuto o facto de aquelas não serem decididamente as mais apropriadas.

“Continuam a existir abusos sexuais e redes de pedofilia na Casa Pia” diz Catalina Pestana, enquanto passeia à beira mar descalça, de casaco ao ombro, sorriso estampado no rosto. Catalina denuncia, “não acredito na inocência de Paulo Pedroso” e, ao mesmo tempo, é vê-la sentada debaixo de um castanheiro a ler um livro e, novamente, sorriso estampado no rosto.

Eu percebo que se denuncie a existência de pedofilia na Casa Pia e não me custa acreditar na verdade daquelas declarações. O que eu não percebo é, como é possível a ex. - responsável da casa pia denunciar pedofilia desta forma?! Francamente!?

Folheia-se a revista e, à primeira vista, pensa-se que a mensagem, que Catalina quer transmitir é algo do estilo, “Como sobrevivi à menopausa", mas, afinal não. A ver pelas imagens, a mensagem de Catalina Pestana deve ser, "A Casa Pia continua infestada de pedófilos, mas não há nada que uma caminhada à beira mar e um bom livro não resolvam."

sábado, 6 de outubro de 2007

Ser menos simpática e assim, melhor pessoa.

Fidel está vivo e em boa forma física!

A ver pelo belo fato de treino com as cores de cuba, que apresentou na sua mais recente entrevista.
Fidel vive e não dispensa o jogging.

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Em pequena, minha Mãe dizia-me, muitas vezes, ter o dom de advinhar concentrado, no seu super dedo mindinho. Oviamente, nunca acreditei... Desconfio que é na testa e na sobrancelha direita, que ele se esconde.

terça-feira, 18 de setembro de 2007

Pergunto-me, se os cães pisteiros ingleses fossem a Cuba, dariam o alerta de cheiro a cadáver?

sábado, 15 de setembro de 2007

À procura de Maddie...

E afinal, surpresa das surpresas! Depois de episódios e mais episódios do drama, "Help us find Madeline", o volte face sobre os Mcnann surge tranformando o drama em, "You'll never find Madeline ah!ah!ah!". As dúvidas da P.J. consistem agora, em saber, o local escolhido pelos Mcann para ocultar o cadáver, e descodificar o móbil do homicídio. Terá sido homicídio involuntário? Por negligência? Ou, efectivamente, com dolo?
Para os meus leitores mais limitados (o meu público alvo), eu explico, terão os Mcnann, sem querer, deixado cair Maddie? Terá Maddie, criança hiperactiva diziam, caído sozinha e, os Mcnann, não lhe providenciaram a necessária assistência? Ou, last but not least, terão os Mcann, propositadamente, empurrado Maddeline?
Realmente, como diz a Teresinha, há coisas fantásticas e o casal Mcann está a arrasar com este drama!

"Deixei de fumar há 3 dias e, hoje matei uma pessoa!"

É impossível não louvarmos Diogo Infante. Deixou de fumar há três semanas e stress, nem vê-lo. Corre quilómetros e nunca se sentiu tão bem...
Francamente acho mal iludirem assim as pessoas. Deixar de fumar não é fácil, é possível. Pouco provável já, é que quem o faça atravesse todo processo sentindo-se sempre lindamente.

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Percentagens!

Gerry McCann diz que o casal está 100% inocente.

Eu pessoalmente dou-lhes aí 60% de hipóteses de estarem completamente inocentes.
Já Scolari não tenho dúvidas, que tem 99% de hipóteses de ser despedido, até ao fim da próxima semana. Com justa causa...
"Naquela situação ninguém esperava que a polícia chegasse ali e começasse a dar beijinho às pessoas!"

By António Ramos
Dirigente do Sindicato dos Profissionais da Polícia, (parece que há amadores por aí?!) sobre as imagens de violência policial contra jovens meliantes divulgadas, esta semana, no utube.

Ora cá está! Já desconfiava disto há algum tempo. A polícia, perante uma situação de desobediência civil reage de uma forma, entre duas possíveis, ou pontapeia violentamente o meliante, ou dá beijinhos ao meliante.
Tenho pena que António Ramos não nos tenha brindado, também, com a explicação do critério utilizado pela polícia para optar, pela técnica do beijinho ou do pontapé. Enquanto cidadã é uma diferença que me fazia um certo jeito perceber. Parece-me, ainda assim, que aqueles meliantes andaram cheios de sorte!

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

"Por que será que todos os generais são inteligentes, gentis, encantadores, cheios de erudição, ao passo que os coronéis são invariavelmente maçadores e os majores a maioria das vezes inefáveis?"

By Felix Lane
In "A fera tem de morrer"
By Nicholas Blake
"Hoje sou outra!"

"Hoje, acordei enxuta,
seca,
mirrada de ideias feitas.
Hoje, recuso a racionalidade idiota.
Quero sonhar,
batizar-me de criatividade,
dar largas à felicidade.
Hoje, quero alhear-me de códigos,
alhear-me de leis,
despojar-me dos anéis...
Quero sentir-te nos dedos."

By Lucibei
in http://www.luciaribeiro.net/

Para provar outras iguarias tão saborosas quanto esta visite o site...

segunda-feira, 20 de agosto de 2007

Paredes de Coura, o festival da pneumonia!

Felizmente o receio nunca se confirma, mas é, racionalmente falando, temível.

Ao segundo dia do retorno da zambujeira do mar, o meu corpo ressente-se e começo a sentir a garganta levemente arranhada, o pingosito no nariz, a cara um bocadinho mais quente... À noite, a situação piora consideravelmente e eu percebo que o caso é grave o suficiente para 2 benurons quando, enquanto estou a jantar, tenho de parar para respirar(coisa que raramente faço).

Nem 1 semana depois, ainda constipada e com alguma tosse, rumo a Paredes de Coura.

O segundo dia é o verdadeiro paraíso. Dia solarengo, corpo esparramado na relva, poesia declamada nas margens do rio Tabuão (Cesariny no seu melhor só para dar uma ideia)... É sem dúvida o festival esteticamente mais agradável!

Mas, voltando à pneumonia. No segundo dia, a morrinha dá o mote e o terceiro dia é o verdadeiro dilúvio (para o ano se tudo correr bem chove no dia de fazer as malas e abalar). "Molhada até às cuequinhas", era o estado em que me encontrava, por esta hora, há coisa de 8 dias atrás e nesse estado me aguentei, (bem contentinha devo dizer) por mais umas 5 horas.

A verdade é que apesar da chuva, do frio e da violenta galhofa, por mais um ano, acho que voltei a escapar à pneumonia...



Vi a cena mais romântica da minha vida este ano, no decorrer do festival. Os Peter,Byorn and Nico (é verdade!..o John baldou-se e o Nico foi o melhor que se arranjou) ocupavam o palco e eu vegetava na relva.

O cenário de Paredes de Coura é idílico e naturalmente dado ao romantismo. O palco está enfeitado de montes verdejantes que o rodeiam por todos os lados e a plateia é uma espécie de anfiteatro natural. É, aliás, devido a este formato da plateia, que é prática comum no festival um desporto chamado "rebola por ali abaixo". Foi assim, neste contexto, que eu vi a cena mais romântica da minha vida. Uma jovem maluca "rebolava por ali abaixo" seguida pelo namorado, que corria atrás dela tentando, infrutuosamente, segurá-la e fazê-la parar. Às vezes, ele alcançava-a e conseguia a muito custo levantá-la, mas novamente ela se atirava alegremente para o chão, para "rebolar mais um pouco por ali abaixo". O rapaz, incansável, corria atrás dela e dizia coisas tão bonitas e carinhosas como, e passo a citar, "Oh mor! Para lá com isso! Oh mor! Olha que t'aleijas... Oh mor! Bá lá, pára de rebolar! Olha qu'eu tou aflito para mijar!".
Ela estava ligeiramente bêbada, creio, mas isso em nada prejudicou o romantismo da cena.


sexta-feira, 10 de agosto de 2007

O que dirias para rivalizar com um ex-combatente do ultra.mar?

4 dias na zambujeira do mar ... toma!

terça-feira, 7 de agosto de 2007

zambujeira do mar 2007!

De realçar as declarações de um adolescente na sinopse do festival transmitida pelo jornal da noite, "Acho que há muita droga por aí", disse o jovem adolescente com um misto de tristeza e desilusão no olhar. Declarações bonitas que me sensibilizaram, mas a meu ver inadequadas.


Lembram-me uma conversa ao telemóvel com a minha mãe no decorrer do festival. O prólogo do costume, "está tudo a correr bem?"," foste à praia?", "puseste protector?", "quantos banhos tomaste?". Por fim a bonita mas inadequada pergunta, " e as condições como é que são as condições?". Nestas alturas eu tenho que trazer a minha mãe, à minha realidade e dizer-lhe, que a música é muito boa, as bandas do melhor, o pão com chouriço e as bifanas nada a apontar e o espírito impecável, mas condições, condições é coisa que não existe por aqui. Quero com isto dizer que, assim como ninguém vai à zambujeira à espera de encontrar condições, também ninguém está espera que as pessoas aguentem a provação sóbrias. Eu sou da opinião que o vallium e o xanax deviam ter a sua própria barraquinha no festival. E, já agora, o psicológico devia deixar de vender cachorros e burguers e passar a fazer jus ao nome, existindo como barraquinha de apoio psicológico ao festivaleiro. Sobretudo de manhã, sabe deus a falta que me fazia algum apoio psicológico... Nas manhãs mais difíceis, em que me questiono do porquê de repetir a experiência, digo a mim mesma que se por um terrível acaso do destino tivermos que sobreviver num campo de refugiados nós, os festivaleiros, seremos os mais bem preparados... E se puserem música lá no campo aposto que até conseguimos ser felizes!..

segunda-feira, 30 de julho de 2007

Quid Juris?

Para as mulheres da Madeira que pretendam fazer um aborto, de livre e espontânea vontade, em estabelecimento de saúde legalmente autorizado para tal, até às 10 semanas (ou serão 12?), o nosso Presidente da República aconselha, "Recorram aos Tribunais!".


Uma pessoa normal precisa tirar um curso para saber se possui ou não os requisitos necessários para abortar, mas na Madeira é ainda necessário recorrer aos Tribunais.


Esta sugestão do sr. Presidente levou-me a fazer um exercício de suponhamos e o meu exercício consiste no seguinte, suponhamos, que a Fátima (nome fictício), está grávida e quer fazer um aborto. A Fátima vive na Madeira e a vida não lhe corre bem. Está grávida de 4 semanas e vontade de fazer um aborto é coisa que não lhe falta. Falta-lhe no entanto o requisito, "em estabelecimento de saúde legalmente autorizado para tal". Ainda assim, a Fátima não perde a esperança. Ouvindo o conselho do nosso Presidente aventura-se e vai de intentar uma acção?! No Tribunal Administrativo da Madeira?! (eu acho que gastava o meu prazo de 10 semanas só para descobrir, o que intentar e onde intentar?). Como isto é um suponhamos, suponhamos, que a Fátima, mulher corajosa e despachada, descobre logo no dia seguinte, o que pôr e onde o pôr e se lança determinada nessa longa jornada do litígio judicial.

Suponhamos ainda, que a Fátima, uma mulher cheia de sorte na vida consegue uma solução judicial ao fim de, vá, 3 anos. Por esta altura, o Pedrinho, filho da Fátima, completou há já alguns meses os 2 anos de idade e o Tribunal despacha, que a Fátima tem todo o direito de fazer um aborto e o governo regional é obrigado a providenciá-lo nem que, para isso, tenha de mandar a Fátima ao Continente, por 1 semana, à custa das suas finanças locais obviamente.

Pode a Fátima agora, que já lhe tomou o gosto, intentar uma acção contra o Estado a exigir, que Alberto João Jardim sustente essa estranha vítima do sistema judicial português de seu nome Pedrinho?



QUID JURIS.



Gosto deste Presidente faz-nos pensar...

sábado, 21 de julho de 2007

É giro mas inadequado!

No início achei uma certa piada devo confessar. O equipamento é sem dúvida bonito e pôr o petit a desfilá-lo foi uma excelente jogada de marketing... mas a verdade é que no campo não funciona. Pelo menos não contra romenos a jogar de vermelho sangue. Talvez se só Petit jogasse de rosa ainda vá, ele pode, mas vejam-me a figura do Manuel Fernandes em campo... De trancinhas e a jogar de rosa! Eu francamente não gosto e faz-me confusão. É como entrar no jogo já com um golo sofrido. Que o jogador da bola no seu quotidiano ponha brinquinhos e faça trancinhas nada tenho contra isso, mas em campo estraga parte do espectáculo. Que é feito dos Caniggia's deste mundo?! Ou mesmo o Paulo Madeira ou o Fernando Couto, uma espécie de Sansões da defesa, quanto maior o cabelo maior o respeito que impunham ao adversário. A atitude que se espera do jogador num jogo de futebol é suposto ser essa, intimidar e demonstrar superioridade sobre adversário. Se as suas preocupações estéticas forem nesse sentido, eu sou absolutamente a favor delas. Só que hoje em dia não. Os jogadores entram em campo numa atitude de sedução para com o adversário. Exagerando, ninguém vai para a guerra com a preocupação de ser bonito e os brinquinhos, trancinhas, tótós e equipamentos rosa apagam muito do brilho do espectáculo. Podiam usá-lo apenas como equipamento de treino. Eu que nunca fui ver um treino do benfica convenciam-me com essa...

terça-feira, 17 de julho de 2007

A chamada lógica da batata!

E lá se passaram mais umas eleições na cidade de Lisboa! Eu nunca mudei para Lisboa a minha residência oficial, por isso a campanha passou-me um bocado ao lado. Ainda assim, aprendi algumas coisas. A primeira, é que só se deve votar à tarde. Porquê? Porque se o eleitor ainda estiver indeciso a verdade é que se retiram boas dicas para a decisão através do visionamento da ida às urnas dos candidatos, eles mesmos. Senão vejamos, Helena Roseta foi votar de bicicleta mas teve que voltar a casa por que se esqueceu dos documentos. Ora cá está! Menos uma hipótese de voto, menos dúvidas, mais certezas... No entanto, o melhor de tudo nesta eleição foi a lógica da batata apontada por quase todos os candidatos que consiste na associação de ideias: "Está a chover"; "as pessoas não vão à praia";"logo as pessoas vão votar". É um bonito pensamento este, mas se calhar, digo eu, na minha humilde opinião, existe uma segunda hípótese que é:"está a chover"; "as pessoas não vão à praia"; "Logo as pessoas ficam em casa."



Voltando então à minha teoria de "votar é à tarde" concluo dizendo que se estivesse indecisa votaria Rómulo de Carvalho. Não pela simpatia que naturalmente nutro pelos comunistas, mas porque foi o único candidato a dizer que a chuva em nada iria alterar a afluência natural às urnas (génio!). Pois claro que não ia! Quem quer realmente votar vem do Algarve um bocadinho mais cedo, (ou mais depressinha consoante o carro e a inconsciência do condutor) ou vai votar antes ou depois de vir da praia. Quem não quer votar, não vota porque está sol e vai para a praia e também não vota porque está a chover e não apetece sair de casa. Um candidato que não prevê isto francamente não pode ser Presidente de Câmara. Para isso há a ter uma sensibilidade psicológico-eleitoral mínima e perceber, que se não há motivação para ir às urnas, (seja pela qualidade dos candidatos, ou pelo estado geral de desânimo democrático) qualquer desculpa é uma boa desculpa para lá não ir.




Lanço agora aqui a minha contribuição/solução para reavivarmos o espírito cívico de votar. Dar brindes em troca da entrega do boletim de voto. Pulseiras, t-shirts, lencinhos, com inscrições estilo rock in rio "Votar eu fui!"... pode ser que ajude e para um governo que demonstra tanto à vontade no marketing /propaganda não deve concerteza ser difícil levar mais esta a cabo ...