domingo, 13 de abril de 2014

Mulheres de Armas!

Um artigo interessantíssimo, esta semana, na Spectator, (como não podia deixar de ser), pela Melanie McDonagh, uma jornalista inglesa, que escreve, como só as inglesas sabem escrever. Com humor, pertinente  e despudoradamente humilde. Escrito, não por alguém que julga, mas por alguém que duvida. E do que duvida a Melanie? Ela dúvida que as mulheres devam ter o direito de lutar na frente de batalha, juntamente e como os homens. E porquê? Porque acha que as mulheres foram feitas para dar vida e não para matar. E também, porque acha que as mulheres, tal como as crianças, têm de ser protegidas em tempo de guerra.
Oh meu Deus! Eis um argumento, que não há como combater, (e refiro-me ao último, porque o primeiro argumento da Melanie, qualquer vulgar leitor do correio da manhã sabe, que não é válido!), as mulheres e as crianças são o que de mais precioso há no Mundo! As crianças, porque são o futuro e a sobrevivência da espécie, e as mulheres, porque nem os homens, nem as crianças, duravam mais de uma semana sem elas!    
No entanto, será que as mulheres não devem estar na frente de batalha? Bem, eu acho que as mulheres devem estar na frente de batalha, tanto quanto eu acho, que as mulheres devem poder recolher e tratar do lixo municipal, ou seja, acho mal! Não gosto! Acho que, de facto, é trabalho para macho e não trabalho de mulheres e muito menos de crianças.
Por outro lado, há mulheres e Mulheres! E se há as que o querem e conseguem fazer, tanto na guerra, como no lixo, essas mulheres merecem todo o meu respeito e admiração. Além de que, ninguém pode negar, que seria muito injusto, se uma mulher fosse a melhor combatente da sua tropa, ser-lhe negada a linha da frente, com argumentos pequeninos e paternalistas, como o cavalheirismo ou a distracção dos homens, no campo de batalha. Ora, bem sei, que o género masculino é muito dado a estas coisas, mas um militar, se ele não consegue resistir ao impulso de proteger a colega, em vez de lutar contra o inimigo, se calhar é o macho, que não está preparado para a linha da frente. Melhor mandá-lo exercer funções na enfermaria, onde ele pode proteger e cuidar das colegas à vontade, sem o stress do inimigo.