sábado, 3 de janeiro de 2009

Época Festivaleira, o Balanço!

ALIVE 2008

O Oeiras/optimus alive foi o meu primeiro do ano. Gostei bastante! Boa música para se abanar o pacote aos ritmos mais variados, como Buraka, por exemplo, que é excelente para abanar o traseiro, voltei a descobrir movimentos no meu de que não sabia ser capaz. Já de Hives, (fastmusic da melhor qualidade), é excelente para abanar a franja, mas bom bom é quando conseguem abanar-te a franja e o traseiro, tudo ao mesmo tempo. Ao estilo Gossip, um concerto pequenino mas muito intenso.
É verdade, optei por Gossip em detrimento de Neil Young. Depois da banhada Bob Dylan achei melhor não arriscar mais na terceira idade, ouvi o grande hino e pus-me na alheta para a tenda. Ao longe ainda consegui ouvir o “the needle and the damage done”e tive pena de não ter esperado mais 5 minutos, até porque os gossip chegaram bastante atrasados.
Outra das decisões difíceis a tomar foi entre National e a sensação do momento, MGMT, ouvi duas músicas destes últimos e abalei para rever The National, (tenho dúvidas se segui o melhor caminho e vou ter de viver com isso).
Gogol Bordello foi giro, mas uma brincadeira de crianças quando
comparado com o concerto de Paredes de Coura no ano passado. Ben Harper fechou o festival e como sempre esteve muito bem, cheiraram-se as férias de verão a aprochegar. Os dois australianos e o californiano, (a malta do surf em geral), também não destoaram e foram três fins de tarde muito agradáveis,(John Butler Trio, Xavier Rudd e Donavon Frankenreiter).
Já Vampire Weekend, os que viram acharam muito bom, eu, trabalho!

ROCK IN RIO, EU ATÉ NEM ERA PARA IR .., MAS FUI 2008

Um dia e tenho dúvidas se o devia incluir no rol. Lá não há bifanas no pão e escasseiam as pessoas a fumar ganzas à tua volta. Tirando os adolescentes todos bebem cerveja comedidamente e encores nem vê-los! Vê-se um isqueiro aqui e outro acolá, mas não é bem um festival, quanto muito uma série de concertos seguidos. Ainda assim cá vai:

Muse, Linkin Park, Kaiser Chiefs, Offspring e mesmo Orishas ... é uma bela desculpa?!

PAREDES DE COURA 2008

Paredes de Coura é que vale sempre a pena, mesmo que o cartaz seja fraquinho, como sucedia este ano. O contacto com a natureza, as sombras verdes e abundantes que circundam todo o recinto, a pontezinha de madeira que nos leva do acampamento aos concertos, o próprio snobismo do jazz e poesia na relva durante a tarde, é absolutamente perdoável naquele ambiente, (e bem mais agradável que o espírito feira popular reinante em todos outros).. Não é preciso esperar 3 horas para se comer um bom bife com arroz e batatas fritas, na vila que é já aqui ao lado, ou melhor acima, pela rua que faz as pernas boas e nos leva até à cidade … Ah! Que saudades!
No 1º dia tivemos uns vibrantes x-wife, já os tinha visto num superbock superrock. São de manter debaixo de olho e valem a pena o bilhete para um concerto. Quanto aos suecos Mando Diao fizeram a noite valer a pena ao som de pop rock frenético. Por outro lado, Bellrays é uma viagem no tempo, algo de Whitney Houston e do estilo musical que a lançou nos idos 80’s, digamos apenas que, no mínimo, destoou naquela noite. Para acabar a noite a desilusão Sex Pistols. O John tá velho, chato e faz muito barulho, houve saudações a Alá e a Jesus durante a noite, impropérios contra Bush, mas música mítica e inspiradora de bandas é que não!


Seguiu-se um 2º dia que foi uma fartura só de música bonita. The Rakes abriu a noite, pop rock animado, britânico e letra deprimente é a minha imperial ou “cup of tea” como dizem os bifes. Seguiram-se os The Sounds, uma suecada mais electrónica. Bom concerto, mas não sou muito sensível ao género, muita electrónica e pouco sumo… e Editors! É a minha banda do momento de há um ano para cá. Nunca lhes vi um concerto bonzinho sequer, são todos concertos da minha vida. A energia e a voz do Tom ajudam em muito, mas são sobretudo as guitarras que têm dó de mim… A minha amiga Filipa diz que parece sempre a mesma música e eu percebo, e até sou capaz de concordar com a afirmação, mas riposto, é sempre a mesma mas é muito boa?! Quando assim é vale a pena o repeat!


SUDOESTE 2008


O melhor da Zambujeira? A música. O pior? Tudo o resto.
O 1º dia, do ponto de vista objectivo, tenho de acatar que era um bom alinhamento, mas subjectivamente falando, não valia o dinheiro do bilhete e muito menos, mais aquela noite dormida no chão. Clã que seria certamente o melhor concerto da noite, ainda estava às voltas com a tenda, (não confundir com andar às voltas na tenda que é bastante mais divertido). Do que ouvi lá ao longe foi uma pena, já que ia montar o bicho de noite e ia, bem podia ter deixado isso para mais tarde.
Chemichal Brothers foi um bom concerto, mas muito em banho maria, esperava algo mais poderoso. Vi-os já lá vão uns anos, em Julho, algures em Algés se bem me lembro (e não fosse o cheiro a caca, ou se calhar por isso mesmo), achei o alinhamento bem mais intenso.
Tinder sticks é muito bom em concerto, (em casa é naquela …) ao vivo vale a pena! Vi também, já pela terceira vez, Goldfrapp. Não faço de propósito, mas é uma banda que me persegue para todo o lado. Notei-os mais zen, no bom sentido da palavra.
Xutos e Pontapés, se esquecer o facto de que os estou a ver pela milionésima primeira vez divirto-me bastante, como foi o caso.
E Franz Ferdinand foi memorável, (alguém se lembra que a energia pifou duas vezes logo início?, eu não …!?) São uns artistas os rapazes da Escócia, cruzam guitarras no ar, fazem solos de bateria a quatro e Alex Kapranos é contagiante. O melhor deixa-se para o fim, como deve ser!

Tenho um aparte a fazer neste balanço e este é o local adequado, pois foi no Sudeste, (mas também se viu muito disso no Alive), que mais senti o mote deste aparte. Não faz sentido dar alternativas ao mesmo público. Quero com isto dizer que colocar Cut Copy e Junior Boys, mais ou menos às mesmas horas que Shout Out Louds e Franz Ferdinand, não é só estúpido, é profundamente maldoso!


FESTA DO LEITÃO 2008


James foi o final perfeito, nunca durante um concerto disse tantas vezes a frase, acho que vou chorar. Já para o fim, ainda faltavam pelo menos três daqueles grandes hits, eles ameaçaram sair do palco e não mais voltar. Foi dramático, as pessoas começavam a desmaiar, tal o desejo de os ouvir … e eles tocaram os 3 grandes hits que faltavam e mais uma música nova de bónus. Im-pe-cá-vel!


Ah! E o leitão também esteve muito bem, estaladiço, gorduroso q.b., com batatinhas e saladinha, tudo muito afinado.


JÁ DOS CONCERTOS COM APENAS DUAS HORAS NESTE 2008 DESTACO:

Baby Shambles no lux logo a abrir 2008, o público e a banda estavam preparados para um grande concerto, mas infelizmente a produção não estava. Cure em Março que foi um sonho tornado realidade! Editors no Campo Pequeno e Hives no Coliseu, foi sem dúvida um começo auspicioso, mas este final de 2008, infelizmente, não o acompanhou. Gogol Bordello? Já vi, (duas vezes). Cansey de ser sexy? Já vi, (uma vez). E Cut Copy? Nunca vi mas podia ter visto.
O problema nem é o repetir, mas o que se repete. O ano passado por aquela altura, já tinha visto for the first time ever, Editors e Interpol!

Muito fraquinho este final de 2008 …

Manuel Alegre do ponto de vista futebolístico!

Manuel Alegre tem jogadas muito tristes. A última de pedir esclarecimentos à bancada do PS é deprimente e tenho dificuldades em não chamar àquilo falta de carácter. Tenho uma visão um bocado primária da política e para mim integrar um partido e vestir a camisola para jogar do lado de uma equipa é a mesma coisa. Imaginem um jogador do Benfica marcar um golo na própria baliza e justificá-lo com a necessidade de equilibrar o jogo! A metáfora não é a melhor mas ainda assim não me parece bem. Acho arrogante da parte de Manuel Alegre pensar que pode discordar publicamente do PS em todas as decisões e ainda assim continuar a ser PS. Manuel Alegre tem capital político para concorrer como independente em qualquer eleição deste país, mas mesmo assim, prefere fazer oposição ao PS da bancada do PS. Basicamente, é isto que me afasta de Manuel Alegre, o idealismo sobrepõe-se à honestidade ...