domingo, 4 de maio de 2014

Poliamorismo?!

É o novo conceito da moda!
De acordo com uma entrevista/reportagem a que assisti, há umas semanas, no jornal da noite, não somos só heterossexuais, homossexuais, bissexuais ou transsexuais... agora podemos ser, também, pessoas poliamorosas. E o que é um poliamoroso? Pelo que eu percebi e partindo do princípio, que o professor universitário, sujeito daquela entrevista, representa este novo "estilo" de amar, um poliamoroso é uma pessoa que ama várias pessoas ao mesmo tempo e em que todas sabem umas das outras e podem, também elas, amar várias outras pessoas ao mesmo tempo, convivendo todos, em sã harmonia. E o que querem os poliamorosos? Novamente, segundo aquele senhor, querem ser tratados como uma família normal?!
Eu gosto de pensar em mim como uma pessoa liberal, sobretudo no que toca às relações humanas, eu sou de respeitar e abraçar todo o tipo de amor. Mas tratar "bandos" de poliamorosos, como uma família "normal", seja lá o que isso for, levanta-me dois tipos de problemas. 
O primeiro é empírico. Na minha faculdade, (e já lá vão mais de dez anos atrás), havia muito poliamorismo entre os jovens. Nós não lhe dávamos esse nome, era mais relações "modernas", "abertas", "amigos coloridos", etc. Ora, sendo o conceito muito bonito, na prática e na minha faculdade, o que sempre sucedia, é que as ditas "relações modernas" entre os jovens, acabavam sempre em "peixeiradas à moda antiga"! E se a minha faculdade podia não ser a melhor amostra, qualquer primeira página de um pasquim diário dirá que, em regra, o poliamorismo acaba em situações de politraumatismo ou piores!
Por outro lado, o meu outro problema com o poliamorismo e em tratar os poliamorosos, como "uma família normal", é uma questão de logística. Por exemplo, naquele caso do professor universitário, ele dizia que tinha 4 namoradas e que elas também tinham as suas relações e que às vezes se juntavam 4 ou 5 deles, para verem um filme juntos. O senhor não foi muito específico em termos de números, mas deu-me ideia, que no total, podíamos estar a falar de uma família de cerca de 20 pessoas. Agora imaginemos que é o meu aniversário e que eu até sou pessoa de festejar essas coisas, e convido uns amigos para jantar em minha casa. Suponhamos também, que um desses meus amigos é poliamoroso. Se, ao todo, eles derem 20 pessoas, eu tenho que convidar a família inteira? E se não tenho, digo o quê ao meu amigo poliamoroso?! "Olha, só podes trazer um acompanhante?!". Pelos vistos não posso dizer isso, que segundo aquele professor universitário, isso seria discriminar o poliamoroso e a sua família. Pois, mas o meu T1 diz, ou um acompanhante, ou nada! O que fazer? 
Temo vir a ter problemas com o poliamorismo, (já na faculdade, nunca me correu bem...)