sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

DA SAGA: CONSELHOS QUE NÃO ME LEMBRO DE TER PEDIDO

O que é que se passa com as pessoas e o leite?
Desde há uns tempos para cá, que é impossível beber um copo de leite ou pôr leite em alguma coisa, sem ter de levar com um vegan armado em parvo - desculpem o pleonasmo, mas estou mesmo enervada - a debitar lixo no meu ouvido sobre os malefícios do leite.
O meu argumento "favorito" é aquele de sermos o único mamífero adulto a beber leite e isso não pode ser boa coisa... E se calhar não é. Mas, não sei se já repararam, que somos, também, o único mamífero adulto a comer ovos estrelados?! Ou ovos mexidos?! E que come gelatina e bebe cerveja?! Até uma coisa tão simples como morangos com chantilly, estou mesmo em crer que somos o único mamífero adulto A FAZER ESSA MERDA!!!  
Aliás, estou sempre à espera de um dia chegar a casa e ver a minha Iolanda, refastelada no sofá, a lambuzar-se com o que sobrou da musse de chocolate de domingo e até hoje não aconteceu. Será porque somos o único mamífero adulto a comer musse? Ou será porque eu ponho leite na musse de chocolate? Enfim, nunca saberemos...
Agora a sério. A única forma que vejo de o leite fazer mal alguém, é se for atirado a ferver à cara de uma pessoa. Fora isso, acho que é na boa... E, sim! É um aviso que deixo à próxima alminha que me vier chatear com os malefícios do leite.         

Call It Sofia's Law

Sabem a Godwin's law? Acho que também acabei de descobrir uma lei universal:
"Em algum momento de um debate, sem que nenhuma razão lógica o faça prever, um parvalhão da direita vai surgir e atirar-te à cara com o Sócrates"
Ora testem lá a ver se não confirma.
E tornem viral. Também gostava de ser um mito da internet...

quinta-feira, 14 de dezembro de 2017

Je Suis Europhobic!



Se dúvidas houvesse, que estamos sequestrados dentro da Europa, queria lembrar aos eurófilos de serviço, que estão a pedir 50 mil milhões - ou 50 biliões, sei lá... UMA PIPA DE MASSA! - ao Reino Unido, só para começo de conversa e garantirem um lugar na mesa das negociações do Brexit. Acho que mesmo as garrafas de água são pagas à parte. E o pior? Parece que eles aceitaram... 
O melhor cartoon que vi até agora sobre o Brexit mostra bem isto: dois indivíduos, um que representa a União Europeia e o outro, o Reino Unido, a darem um aperto de mão. Sendo que, o senhor que representa o Reino Unido está a afastar-se, alegremente, com um serrote e sem uma das mãos, que preferiu deixar para trás, em vez de continuar o aperto de mão com a União Europeia. 
Só os ingénuos é que pensam que isto é mais um cartoon sobre a insanidade do Brexit e não sobre o carácter da União Europeia, quando se trata de sentar à mesa das negociações. O modus operandi é sempre o mesmo: primeiro pagam e depois começam as negociações. Foi assim com Portugal e com a Grécia e será também assim com o Reino Unido. 
Sempre se queixaram do Reino Unido, por ter um pé dentro e outro fora da União Europeia. Então, os eurófilos de serviço acharam que a melhor forma de resolver este problema, era agrilhoar de vez o pé do Reino Unido, que ainda estava dentro da União Europeia. Mas pagar o quê? A quem? Porquê? Ninguém diz... E se experimentares perguntar logo aparece um idiota útil com síndroma de Estocolmo - só pode! - a dizer: "Eu bem avisei, que não era boa ideia tentar fugir blá blá blá..." Havia de ser comigo! Não era a Theresa, nem o Boris, nem o David, que iam à Europa negociar o Brexit. Era aquela espécie de ministro da defesa que vocês tinham e mandaram embora, só para dizer isto: 
"I know a warm place where you can put your bill..." 
Sempre a repetir isto, em loop, até entenderem a mensagem. Ainda levava com mais uma queixa de assédio em cima, mas esta era por uma boa causa. 
 
E então diz que o Mário Centeno é o Cristiano Ronaldo das finanças. Engraçado, o meu amigo da troika também fazia uma analogia bem bonita com o Cristiano Ronaldo, mas era outra: que o nosso ministro das finanças parecia uma "pita" de 13 anos, que acabou de conhecer o Cristiano Ronaldo. Sobretudo daquela vez que ele apareceu com o cachecol de Portugal no eurogrupo, entendo o que o meu amigo quis dizer... Isso ou desenhou uma pila algures no orçamento de estado. Afinal, ninguém lê aquilo e não... 
E depois deste "intróito", espero que entendam a minha falta de entusiasmo com a ida do ministro das finanças para a presidência do eurogrupo. Devo ser parva, mas não vejo grande vantagem em ter "um dos nossos", no grupo de "raptores". Já vi este filme e ser o melhor aluno da Europa, nem sequer dá direito a doce no recreio...  

terça-feira, 14 de novembro de 2017

Já vi povos mais autodeterminados...

E vocês? Já tomaram parte na questão da Catalunha? Para mim tem sido muito difícil... E nem era para dizer mais nada sobre esta história, mas há uma pergunta que se impõe e não vi esclarecida: Qual dos dois é mais palerma?

O senhor Mariano Rajoy, ainda não percebi muito bem, se sofre de algum distúrbio mental ao nível do fascismo, ou se tem um problema parecido com o que eu tenho e, em segredo, alberga um pequeno independentista catalão dentro dele. Sim, Mariano, já topei a tua cena. Se a independência da Catalunha vingar, bem te podem construir uma estátua no centro de Barcelona, pois não o teriam conseguido sem essa preciosa ajuda que lhes tens dado.

Mas do outro lado é capaz de ser pior... Falar do direito à autodeterminação dos povos, quando todos já percebemos, que o que está em causa é dinheiro, parece-me brincar com os direitos fundamentais e o Senhor costuma castigar quem faz isso.
E depois, querem muito muito ser independentes, só catalães, nada de espanhóis... a não ser quando lhes falam de futebol... Sempre vão para a frente com o grande campeonato de futebol da Catalunha? E os títulos de campeões da Europa e do Mundo? Há mesmo algum Catalão de pleno juízo, que não se reveja e despreze estes títulos? Deve haver, eu é que nunca tive o prazer de conhecer nenhum..

Quanto ao futuro presidente da Catalunha?! Que dizer? Não bastasse o cabelo, de quem lidera a autodeterminação de uma comunidade de cogumelos, logo a seguir a declarar a independência no parlamento, fugiu para a Bélgica, a pedir asilo político, enquanto os coleguinhas eram presos.
Não o critico, se me apanhasse numa necessidade de fugir do país e procurar asilo político, também escolhia a Bélgica. Afinal, chocolates, cerveja, mexilhões e batatas fritas... eram toda a roda dos alimentos,  caso fosse eu a mandar. 
Mas é muito ridículo assumir-se presidente ou candidato a presidente de um país e zarpar desse mesmo "país" à primeira adversidade. 

Há uns tempos atrás li no Guardian, sobre o líder de uma tribo africana, que emigrou para a Europa e continuava a governar os seus súbditos, através do telefone e das redes sociais, enquanto trabalhava de pedreiro para ganhar a vida. Se calhar o Puigdemont também leu esta história e inspirou-se...

Aqui no burgo, não raras vezes, apareciam uns azeiteiros no norte do país, a defender a regionalização, com a desculpa de que o povo trabalhador do norte, andava a sustentar o "show off" de Lisboa. Depois voltam a tomar a medicação certinha, todos os dias, e passa-lhes. É o conselho que deixo aos espanhóis: tomar os medicamentos!
E não façam a saudação nazi no meio da rua! Morre um touro de causas naturais, de cada vez que um espanhol faz a saudação nazi... Pensem nisso. 

Encontre Aqui Os Títulos Mais Bonitos Para As Suas Obras!

Não sei se (ou)viram, que o ministro da defesa inglês foi despedido, por comportamentos pouco próprios. Entre eles e ao que parece, por ter dito a uma das suas colegas de governo, num dia de muito frio e após esta ter comentado que tinha as mãos geladas:
"I know a place where you can put them to warm them up." 
   
Não vale rir, que não tem piada... Aliás, se um gajo me dissesse isto no trabalho, aquecia as minhas mãos às chapadas no palerma. Não conheço forma mais eficaz de aquecer as mãos e tenho tentado várias. 

Mas não foi a rebarbadice do ex-ministro inglês, o que me chamou a atenção nesta notícia. É a frase. Serei só eu a ver, que esta frase, retirada do contexto, dava um belo título para um romance piroso do Nicholas Sparks? Ou um bom nome para um álbum ainda mais piroso da Adele, dedicado ao ex-namorado? Pensem nisto:
"I know a place where you can put your hands to warm them up".

É capaz de ficar muito longo... Talvez só: 
"I know a place where you can warm your hands". 

E olhem que mesmo em português: "Sei de um sítio onde podes aquecer as mãos". Não fica mesmo nada mal... Queres aproveitar, Paulo Coelho?
Não podem dizer que não dou grandes ideias. E nem cobro nada por isso.   

Há uns anos atrás, estava em Bruxelas com a Gorda e um amigo que trabalha na Troika. Como antes tínhamos estado dois dias em Amsterdão e sobrava uma ganza por fumar, o meu amigo da Troika perguntou: "Where do you wanna smoke that?". E a Gorda respondeu: "Take us to a dark place". E foi assim que nasceu o nome do nosso primeiro álbum: "Take me to a dark place". Não adianta procurarem nas lojas. A crítica foi estonteante e esgotou quase logo. Quanto muito, se me enviarem um email com uma foto vossa de corpo inteiro, em nu integral, e aí umas 500 bitcoins, arranjo-vos uma cassete pirata. Isto é, se gostar do que vejo, como é óbvio...     

Por falar na Gorda, no outro dia vira-se para mim e pergunta:
-"Olha, o que é tu achas de partilhar nas redes sociais, aquela minha história do apalpão no metro, com a hashtag: me too?"
-"Eh pá! Não sei... Acho que não tem muito a ver...".

E não tem mesmo nada a ver... Em primeiro lugar, ninguém ia acreditar na Gorda. Eu, que sou a melhor amiga dela, também não queria crer - tanta gaja boa no metro, quem é que se vai meter com a Gorda?!! - quando a vi a aviar dois gunas no cimo das escadas, pensei logo: "Oh! Não!! Chamaram a Gorda de gorda, outra vez!" Ela passa-se com isso...
Como daquela vez que a Gorda fez uma peixeirada no metro, porque cismou que um gajo sentado à nossa frente, estava a micar-lhe as mamas. Não estava... Estava a olhar para o colar que ela trazia ao pescoço, que já lhe disse montes de vezes para não andar com merdas de valor no metro. A olhar-lhe para as mamas... A minha Gorda é tão ingénua.

Mas se a Gorda diz que a apalparam no metro, acredito na Gorda. Acabei por lhe dizer:
"Se queres partilhar a tua história nas redes, acho bem, mas já pensaste em pôr antes uma hashtag do tipo: je suis segurança do urban beach?"
A ver se a convenci...

segunda-feira, 9 de outubro de 2017

A ESPANHA É MERDA!

People of the world, help us insult the Spanish! Is for a good cause.

Sabem o que era capaz de ajudar a unir Espanha e acabar com esta história da independência da Catalunha? Insultar os espanhóis, repetida e cruelmente, por todos os lados.
OS ESPANHÓIS SÃO TODOS UMA CAMBADA DE PALERMAS! E IMBECILÓIDES! O QUE VOS FALTA EM INTELIGÊNCIA SOBRA-VOS NA P*** DA MANIA QUE VOCÊS TÊM!
Coisas assim. Dizem que ter toda a gente contra é a melhor forma de unir um povo e sobretudo nós, portugueses, devemos ajudar os "nuestros hermanos" neste momento difícil, dando o nosso melhor, a fazer com que eles se sintam ainda piores. Se não ajudar, certamente, também não vai piorar. E alivia o stress. O nosso. Claro! Não o deles... 

E para o caso de não entenderem o meu português, deixo aqui a versão do senhor tradutor da google, que me parece bastante boa. Ora confirmem lá:
¡LOS ESPAÑOLES SON TODAS UNA CAMBADA DE PALERMAS! ¡Y IMBECILÓIDES! ¡QUÉ VOS FALTA EN INTELIGENCIA SOBRA EN LA P*** DE LA MANIA QUE USTED TIENE!
Ficou fixe, não ficou? Deixa cá ver mais alguns:
LA PEOR COSA QUE HE COMIDO EN LA VIDA HA SIDO UNA TORTILLA. PARECE QUE EL "CHEF" BEBIÓ UNAS YEMAS CON EL ALMUERZO Y LUEGO VOMITÓ TODO EN LA SARTÉN. CAOJO! Y EL JOHN OLIVER ES EL MÁS GRANDE A HACER PAELLAS! QUE OS HA DADO. UNA TAPA ERA LO QUE DEBÍAN LLEVAR EN LA TROMPETA, CADA VEZ QUE ENTRAN EN UNA COCINA. DE CATALUÑA A MADRID ES TODO UN GANDA MERDA!!! BUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUH!!! Y EL PICASSO? HASTA CINCO AÑOS YO HACÍA MEJOR. CUÁL ERA SU PROBLEMA? SOFÍA DE DISTROFIA DE LA RETINA O EL CAR****?! ALLÍ TOMAR ESTO!
Pena! Esta não ficou tão bem. Aquela da trompeta acho que não vão entender... Mas já serve como amostra sobre tudo o que podem fazer para ajudar a Espanha. 

Agora, Povos da Europa, não nos deixem nisto sozinhos, que eles são mais que nós, têm mau feitio e podemos levar na "trompeta" à custa desta brincadeira. Quero ver essa solidariedade europeia. Não dou uma semana e vão ver que isto fica resolvido. Bora lá!

quinta-feira, 29 de junho de 2017

The Times They Are A changin'

Because  stupid is the new smart; Because bad is the new good;  Because racist is the new common sense; Because jerk is the new funny; Because lame is the new adorable; Because depressive is the new "in love"; Because victims are the new heroes; Because bullys are the new victims; Because business is the new politics; Because show off is the new wealthy; Because cage is the new freedom; Because bullshit is the new journalism; Because wishful thinking is the new science; Because populism is the new democracy; Because flies are the new bees. And all because of what? Because when they go low, we go lower! 


quinta-feira, 8 de junho de 2017

O que é que passa pela cabeça de uma primeira-ministra, para dizer que está disposta a sacrificar alguns direitos humanos, se isso ajudar à eficácia no combate ao terrorismo?! Ainda que seja verdade - e até espero bem que seja - isto NÃO SE DIZ! Faz-se, mas não se diz! 
Já é a segunda vez que me arrepio toda, com uma das ideias da Theresa May. Cruzes! Parece que a morte acabou de passar atrás de mim. 
A outra foi com o "dementia tax", que em português podia muito bem ser traduzido por: "imposto sobre a demência". Já viram este nome? Não é de arrepiar a espinha?! Nem que sejam dementes ultra-milionários, há qualquer coisa de profundamente errado, covarde e diria mesmo demente, num imposto com este nome. Lá está, até se pode fazer, mas não se diz. Ou, pelo menos, não dessa maneira.

A sorte da Theresa, é que o Jeremy, "atirou-se de um penhasco abaixo", com aquele discurso pós atentado de Manchester. Depois de ouvir aquela chachada, não votava nele para Presidente da Junta de Freguesia de Vaqueiros. O que foi aquilo? Um apelo ao voto jihadista?! Esses é que fazem questão de gritar: "Isto é pela Síria/Iraque/Líbia! Allahu Akbar! CABUM!!!" 
Não se faz! Não se diz! Não se pensa! 

Se é verdade, que muitas das guerras no Médio Oriente, ajudaram a criar o clima de insegurança que se vive na Europa, também é verdade, que ninguém sabe se não estaríamos pior sem algumas dessas guerras. Já lá dizia o poeta: "Se o meu avô tivesse duas rodinhas, era uma bicicleta..."

Mas o meu problema maior com este tipo de conversa, é que ela começa na culpabilização e na vitimização, e depois acaba em submissão. Aliás, estou em crer, que se aqui na Europa começarmos a andar todos mais tapadinhos; se deixarmos de beber álcool, fumar e ouvir música; se orarmos a Alá 5 vezes por dia, virados para Meca; se jejuarmos no Ramadão... Enfim, se deixarmos de ser todos uma cambada de infiéis, os nossos problemas com o terrorismo islâmico acabam já amanhã.

Soluções "fáceis" para problemas complicados é cá comigo.

segunda-feira, 17 de abril de 2017

In My Wildest Dreams

Desde miúda que acalento um pequeno Napoleão dentro de mim. Começou com as Caxinas. Eu e mais dois amigos decidimos criar um movimento, para que as Caxinas passassem a fazer parte da Póvoa. Eramos as FLAC. A Frente para a Libertação e Anexação das Caxinas. Chamo a vossa atenção para o pormenor de que primeiro iríamos libertar e só depois anexar as Caxinas. Faz toda a diferença.
Não eramos violentos. Aliás, a nossa grande estratégia para a libertação e posterior anexação das Caxinas era muito simples. Íamos remover a placa que dizia: "Bem-vindo a Vila do Conde" e coloca-la depois das Caxinas, ali na foz do Rio Ave, esperar 20 anos e adquirir as Caxinas por usucapião. Na altura parecia uma grande ideia... mas não foi. O máximo que conseguimos não chegou a um ano e depois da primeira vez que nos toparam, nem uma semana conseguíamos ter as Caxinas do nosso lado. Aparecia sempre alguém para repor as fronteiras. Um dia, o meu pai chegou à minha beira e disse:
- "Olha lá! Sabes alguma coisa sobre aquela história de andarem a mexer nas tabuletas de Vila do Conde?"
- " Por acaso sei. Acho que são as FLAC, que é um movimento que quer que as Caxinas passem a fazer parte da Póvoa... Não achas fixe? As praias das Caxinas serem nossas?"
- "O que eu acho fixe é que acabes com essa merda, antes que isso dê problemas a sério, pode ser?"

Encontro este mesmo tipo de mentalidade pequenina, quando digo às pessoas que devíamos investir na reconquista da Galiza. Porque a Galiza é a melhor parte de Espanha. Porque a Galiza fala galego e o galego, toda a gente sabe, é português com sotaque espanhol. Porque a Galiza tem a melhor comida e as cidades mais bonitas. Porque fica mal no mapa, aquela parte de cima do retângulo ser de Espanha. Sei lá... São tantas boas razões para a reconquista da Galiza. E as pessoas respondem-me: "Mas se a Galiza nunca foi nossa, como é que tu queres reconquistar a Galiza?". Estão ver? Com esta atitude não vamos de certeza... Aposto que o Pedro e o Vasco não tinham de aturar estas merdas quando estavam a descobrir o Brasil ou a abrir caminho até à Índia.

Ultimamente, o meu pequeno Napoleão anda de olho no Curdistão. Mas um Curdistão a sério, com tudo aquilo a que tem direito: um pedacinho da Síria, um pedacinho do Iraque  - que até já têm - mais um bocadinho do Irão, um niquito da Arménia e um belo pedaço da Turquia. E isto nem era por amor ao Curdistão, era só para não se armarem em parvos ali no Médio Oriente. Ao contrário da Galiza, não sei se o Curdistão tem as cidades mais bonitas ou se a língua deles dá para aprender a falar. Sei que são multiétnicos, que respeitam a liberdade religiosa, que aplicam o parlamentarismo e fomentam a diversidade partidária e que são os únicos naquela zona preparados para viver em Democracia, pois já o fazem todos os dias e no pior dos cenários.

Ora, pensando nisto tudo, decidi fazer aqui uma proposta séria, a todos os vileiros, espanhóis e - como dizer isto? - "psicopatas" do Médio Oriente em geral. É o que se segue:
Os vileiros, que estão aqui mais próximo, são os que levam a melhor oferta. Nós ficamos com as Caxinas e, em troca, (acho que os poveiros estão todos comigo nisto), vocês ficam com Argivai. Reparem! Estamos a oferecer-vos uma freguesia inteira por meia dúzia de praias. Parece-me irrecusável.
Espanhóis, para vocês, tenho aquilo que sempre quiseram. É isso mesmo!! Em troca da Galiza ficam com as Selvagens todas para vocês. A Grande, a Pequena, a Média, as caganitas... Enfim, todas aquelas ilhas do Atlântico e aquele mar todo até à Madeira fica para vós. Nem nos fazem falta, que calhaus é coisa que temos de sobra no país e, se acharem pouco, prometemos, também, não insultar as vossas mães da próxima vez que se discutir Almaraz. Não podem dizer que não é uma proposta tentadora...  
Já o Curdistão é um caso à parte. Em primeiro lugar, porque, ao contrário dos anteriores, não é um problema de ficar bem ou mal no mapa. E, em segundo lugar, não tenho nada para vos dar em troca, "psicopatas" do Médio Oriente. Assim, só sobra uma opção: ajudar os curdos a conquistar e construir o seu grande Curdistão, que tem o seu território bem delimitado e conhecido de toda a gente, servindo de castigo e ameaça a Bashares, Erdoganes e aos outros tiranetes que por ali dominam. Maior ou menor, todos são uma ameaça aos valores do Ocidente. O Curdistão não é...  

terça-feira, 11 de abril de 2017

NÃO É PLÁGIO. JURO!

Já vos aconteceu, andarem a marinar uma ideia nos rascunhos durante quase um ano e, quando vão a ver, um gajo qualquer teve a mesma ideia que tu e desenvolveu-a muito melhor? Aconteceu-me hoje, pá! É para aprender a não deixar para amanhã, aquilo que devia ter feito há um ano atrás... 

Agora também já não vale a pena mariná-lo mais, vai mesmo assim, sem temperar:

Cozinhar é uma arte?

Não. Não é. Pode ser uma técnica e uma técnica muito difícil, que exige muita perícia - eu que o diga - mas não é uma arte. E olhem que não é menosprezar a cozinha. Tenho mais hipóteses de conseguir pintar um quadro de jeito, do que de fazer um arroz que se coma, mas, mesmo assim, sou a primeira a dizer: COZINHAR NÃO É UMA ARTE!

E não é uma arte por várias razões. A mais importante delas: é que a comida não tem de ser bela. Tem de ser apetitosa aos olhos e à boca e isso nada tem a ver com beleza. Pelo contrário, quanto mais belo o prato, menor a vontade de o estragar e, logo, de o comer.
A segunda razão? Porque ninguém vai a um museu ver, (e muito menos comer), um cannelloni do séc. XVI, elaborado pelo Chef Miguel Ângelo. A comida não é intemporal, nem é para ser apreciada pelas massas, é, isso sim, para apreciar massas. Estamos entendidos?

É um ódio pequenino que carrego cá dentro, os cozinheiros artistas. Comigo era enfiá-los todos num barco do mediterrâneo, mas em sentido contrário.

segunda-feira, 13 de março de 2017

QUANDO AS COISAS NÃO ANDAM BEM NO QUINTO ANDAR...

ALERTA: NÃO RECOMENDÁVEL PARA A HORA DO ALMOÇO! FAÇA A DIGESTÃO PRIMEIRO!

Aposto que agucei a vossa curiosidade com este meu alerta inicial, hein?! É uma coisa que as pessoas deviam fazer mais vezes. Tal como há o “spoiler alert”, para avisar as pessoas que o texto pode contar mais do que deve, podia haver um “spoiler lunch”, que alertasse as pessoas para o perigo de um texto nos dar à volta à barriga . Quantas vezes já me aconteceu e não custa nada avisar...

Não foi o caso da notícia que li sobre um autocarro em Madrid, que continha a seguinte mensagem publicitária: "Os meninos têm pénis, as meninas têm vulva. Que não te enganem. Se nasces homem, és homem. Se és mulher, continuarás a sê-lo".
Esta notícia chamou a minha atenção por vários motivos. Primeiro, não deixa de ser fascinante, o quanto uma pessoa pode aprender sobre os ultra católicos a ler estas notícias. Por exemplo, são contra a educação sexual nas escolas, mas não são contra a educação sexual nos transportes públicos. 
Aí está uma sugestão que eu deixo às escolas do país, darem as aulas de educação sexual dentro de um autocarro. Ou no metro. Sentam as crianças na plataforma, sem ultrapassar a linha amarela, (cuidado com isso!), e depois põem as carruagens a passar, com frases importantes de educação sexual. Parece que assim é na boa.   

A segunda coisa que me apraz dizer sobre isto, é que também eu já pensei escrever uma mensagem destas, lá na porta da casa-de-banho do escritório onde trabalho. Mas mudava um bocadinho a construção e punha uma coisa assim: "Os meninos têm pénis, as meninas têm clitóris. Que não te enganem. Se nasces mulher, és mulher. Se és homem - hélas! - continuarás a sê-lo."  
Agora, por favor, não me interpretem mal. As minhas intenções estão longe de ser transfóbicas ou qualquer outra coisa de parecido. A minha preocupação é só alertar as pessoas, para as falsas expectativas que tantas e tantas vezes lhes estão a ser criadas, quando se submetem a operações e tratamentos estéticos invasivos, tudo para se sentirem melhor consigo mesmas. Aliás, em minha defesa, já escrevi outras coisas parecidas na porta do WC lá do escritório e não têm nada a ver com transexualidade. A primeira, uma pequena homenagem ao Michael Jackson, dizia assim: "Se o teu problema é no quinto andar, não faças obras no quarto andar!" 
Entenderam a metáfora? Quando as coisas não andam bem no “quinto andar”, não adianta muito fazer as obras no “quarto andar”?! E já agora, nem no terceiro e muito menos no segundo. Tenham juízo! Olhem se nunca mais funciona?!

Há uns quinze anos atrás fui operada a um joelho e não é que tenha ficado pior do que estava, mas o que tinha sido mesmo fixe, era nunca ter sido preciso ir à faca, porque melhor do que era, não conheço ninguém que alguma vez tenha ficado.
A não ser há uns tempos, num concurso da Miss Venezuela que vi e que parecia mais um estaleiro do que um concurso de beleza propriamente dito. Tirava-se um bocadinho ali. Enxertava-se um bocadinho acolá. E no final ficava uma espécie de Frankenstein, mas em bom, tenho de reconhecer. Só há um problema, onde fica a verdade desportiva da beleza no meio disto? Será que as cirurgias estéticas, neste tipo de concursos, não deviam ser consideradas doping e proibidas? Não sei mesmo…

Mas voltando ao autocarro de Madrid, o que me interessa naquela mensagem, não é o homem e a mulher. Aquela mensagem podia ser tanto acerca de transexualidade, como acerca do peso, ou da beleza, ou da falta de cabelo de uma pessoa. Se o teu pai é careca, não te enganes, tu vais ser careca. Ou, se nasces baixo, não te deixes enganar, nunca serás alto. Alguém ficava ofendido, se fossem estas as frases a circular pelas ruas de Madrid? Afinal, a parte mais importante daquele alerta é o: “Não te deixes enganar!” E a carapuça serve a toda a gente, não é só aos transexuais. Onde fica a fronteira, entre as pessoas se aceitarem a si e ao seu corpo como ele é e o declarar-lhe guerra, como o fazem os transexuais, ou alguns gordos, ou as pessoas que se acham muito feias e/ou muito velhas? Até que ponto se pode nascer num corpo errado, se é o corpo com que se nasce? E até que ponto não são falsas as expectativas de quem acha que o pode mudar?
Bem sei que, quem mora no prédio é que sabe se ele precisa de obras e onde, mas, às vezes, parece que as pessoas preferem ser o patinho feio, a ser o cisne mais bonito do lago…

No meu caso, se me dessem a chance de mudar, em vez de mudar de género, escolhia uma coisa mais radical e trocava de espécie. Deixava de ser um Homo Sapiens para trocar de cérebro com um Columba Livia, que para quem não sabe, é um pombo. No meu caso, uma pomba. Esse aspecto não mudava. Era o meu sonho! Passar os dias a sobrevoar a cidade e as vossas cabeças. Mentiria se não dissesse que pretendo cagar nalgumas delas… mas não é só isso. Devoto grandes expectativas na minha pessoa com cérebro de pombo. Nos dias que correm é dos melhores cérebros que se pode ter. It’s a win-win situation! Pena os avanços da medicina não acompanharem a velocidade dos meus sonhos.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

A TALKING CHURCHILL BUST

E quando uma pessoa pensava, que o Donald Trump não podia descer mais baixo, nas suas ideias para a presidência dos EUA, eis que o homem se supera e leva o busto do Winston Churchill, para dentro da sala oval. O político que mais deve ter feito pelo combate ao fascismo de todos os tipos, a servir de inspiração a um fascistóide de terceira categoria. São tempos tristes os que vivemos. Mas já lá dizia o poeta, se não os podes vencer, junta-te a eles e eu tenho andado aqui a pensar, que tenho mais coisas em comum com o Donalde do que gostaria.  
O fascínio pelos concursos de beleza, por exemplo. Um pezinho que foge muitas vezes para a infantilidade. O negacionismo face ao aquecimento global. Por acaso aqui, a minha posição é um bocadinho diferente da do Donald, pois eu não nego o aquecimento global, só não acho que seja um problema. Sobretudo com este frio que tem estado... Olhem o que se poupava na conta da luz?! Não entendendo o drama...
E por último, but totally not least, a admiração pelos ingleses em geral, pelo Churchill em especial e pelo Brexit em particular. Como diria o Rui Veloso: é quase mais aquilo que nos une, que aquilo que nos separa. 
Mas já que o Winston Churchill era um optimista, também eu tenho encarado estas semelhanças pelo lado bom, pensando na melhor forma de construir pontes com o "monstro cor de laranja".

Foi aí que me surgiu uma ideia francamente genial. Lembram-se do Pinóquio? E do Grilo Falante que era a consciência do Pinóquio? A ideia é esta: um busto falante do Winston Churchill, que de 5 em 5 minutos diz frases sonantes da autoria do próprio Winston Churchill. Tipo aqueles macaquinhos que dantes havia nas ruas e diziam: "Hola! Cómo te llamas? Quiero ser como tú." 
Bem sei que ele já tem um busto do Winston Churchill, mas ficava com dois, que nunca são demais numa casa. Além de que este seria um busto falante. 
E o que diria o busto falante do Churchill ao Donald? Para começar, acho que devíamos aproveitar a deixa do outro e inserir a típica saudação destas engenhocas: "Hello! What's your name? I wanna be like you." Só para cativar e atrair a atenção do pequeno diabo. E depois gravávamos lá outras frases, mais pedagógicas e já mesmo do Churchill, que nos podiam dar muito jeito, serem ouvidas a alto e bom som na Casa Branca. Deixo aqui algumas sugestões:
 - "Evils can be created much quicker than they can be cured.";
 - "You must look at facts, because they look at you.";
 - "Bolshevism is not a policy; it is a disease, it is not a creed; it is a pestilence." - Esta, se calhar, a passar o dobro das vezes das outras todas;
 - "How much easier it is to join bad companions than to shake them of." - E esta sempre a passar logo a seguir à anterior;
 - "Books, in all their variety, offer the human intellect the means whereby civilization may be carried triumphantly forward. Learn to read! It is never too late." - Esta última parte não é do Churchill, fui eu que acrescentei, mas aposto que ele ia concordar;
 - "All the greatest things are simple, and many can be expressed in a single word: Freedom; Justice; Honour; Duty; Mercy; Hope. Great and fantastic are not one of those!" - Novamente, esta última parte é minha, não é do Churchill, mas tenho a certeza que o Donald nem vai reparar.

Pronto. Agora é só arranjar um busto falante do Churchill, para se oferecer ao presidente americano, quando ele for no Verão a Inglaterra. Talvez na Ásia... Japão ou Coreia do Sul, já alguém se deve ter lembrado de uma coisa destas...