terça-feira, 4 de novembro de 2008

A Crise pelo Lado Direito.


É verdade! Tenho uma costela comunista!.. E no que toca a dinheiros é ela quem manda.
Na minha opinião, (humilde, sincera e até mesmo um pouco ignorante), arrisco a dizer que o problema está nesse mito romântico implementado como costume, de que o dinheiro não tem grande valor, nem muita importância. O dinheiro é muito ambicionado, todos o procuram e o querem ter, mas quando o têm poucos o estimam com o amor, o carinho e o respeito que ele merece. Quantos, quando o gastam, se preocupam em saber a que mãos vai parar e o que vão fazer com ele?

Mas tenho também uma costela pró mercado e se bem me lembro da minha economia política que já vai longe, (não que alguma vez tivéssemos sido muito chegadas…), o capitalismo, ainda que selvagem, definia-se numa só ideia, consumir riqueza de forma alarve, gerando ainda mais riqueza!
Nos nossos dias apenas se verifica a primeira premissa do capitalismo, o mercado engole quantidades absurdas de dinheiro que não multiplica ou sequer devolve! Isto não é capitalismo, é apenas selvagem …

O Lado Esquerdo da Crise.

Era uma vez, um senhor americano negro que tinha um sonho. Um sonho muito bonito, que envolvia senhores de todas as cores sentados à mesma mesa.
Eu também tenho um sonho! É mais comedido... e sobre vários senhores de colarinho branco todos sentados no mesmo poleiro.
No meu sonho, a grande inovação é o fim social do Estado, que é, ora cá vai, social.
Existe apenas como garante da educação, da saúde, da promoção pelo mérito, da segurança física e psicológica dos seus cidadãos … Já não o é, infelizmente, no meu sonho, garante da liquidez dos bancos, (deve ser da costela comunista que tenho dentro de mim, estas coisas reflectem-se no subconsciente…)
No meu sonho, se os bancos perdessem liquidez, ou, por outras palavras, falissem, o Estado deixava-os cair, enterrava os administradores em dívidas que haviam de pagar até ao fim das suas miseráveis vidas e ajudava os cidadãos lesados na medida das suas possibilidades e da carência destes. Mas isso era no meu sonho …