segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

HOW TO BE WRONG!

... "Which brings us to the third and most intractable problem with uniting the right: the ‘r’ word has been so successfully discredited by the left that even conservatives balk at it. It is synonymous with ‘crap taste in music; even worse taste in clothes; uselessness in bed; sexism; racism; a fondness for spanking, tarts dressed as French maids, water sports and semi-auto-asphyxiation enjoyed while masturbating with an orange in your mouth; insider dealing; nimbyism; wanton selfishness; environmental vandalism; philistinism; greed; stupidity; cruelty; mendacity; corruption; xenophobia; closed-mindedness; extremism; bigotry; adultery and round, unvarnished evil’.
I wrote that list (in How to Be Right) in 2007";
By James Delingpool in The Spectator.

É a melhor descrição da direita que já li! Pelo menos aquela direita antiga, dos tempos do meu avô, era mais ou menos isto. Hoje em dia e ao que vejo em Portugal, passa-se exactamente o contrário. O nosso problema é a "s" word e é por isso que a esquerda não se une, os socialistas têm vergonha de dizer, que são socialistas e de esquerda e os que se assumem? Enfim, é por causa deles, que eu tenho vergonha de dizer, que sou socialista e de esquerda.
Em resumo e só para dar umas luzes do pensamento geral: ouve o que eu te digo, não olhes para o que eu faço; o meu umbigo é tão bonito, não consigo olhar para outro lado, ou, o que é meu é meu e o que é teu é nosso; sujidade; abandono familiar; e escolar; barbas por fazer, (eu por acaso até gosto...). E, ao mesmo tempo: conformismo, (já lá dizia a minha mãe: não são comunistas, o que eles são é comodistas!), egoísmo, analfabetismo, chupismo, (não sei se a palavra existe, mas entendem o que quero dizer?), anarquia, pobreza, vodka, açorda, reggae; doenças venéreas; adoração ao demónio e quotas para animais no Parlamento! Quem é que, tendo dois dedos de testa, veste a camisola desta equipa?!
Eu não consigo... mas sou socialista e de esquerda, não haja dúvidas disso!
Não concebo um Estado de Direito Democrático, que não tenha por fim providenciar pela educação, saúde, justiça e segurança dos seus cidadãos. Nem concebo pagar impostos pela existência de um Estado, que quando não anda a vender estes seus fins a privados, anda-me a pedir taxas pela sua utilização. Se a escola e a saúde querem ser públicas, elas só podem ser estaduais, tal como as polícias e os tribunais. Tudo o resto, por mim, podiam vender!
Orgulho-me de ter crescido nesse Portugal dos anos 80, onde filhos de professores, médicos, comerciantes, ciganos, jogadores da bola, emigrantes, agricultores e pescadores, (a grande maioria), estudavam todos juntos, sob o olhar atento e igualitário, da régua do professor Paiva - escola primária nº1, Póvoa de Varzim, turma 86 a 89/90.
Nem acredito, que se possa garantir a qualidade das escolas públicas, bem como dos hospitais ou dos Tribunais, se não formos todos obrigados a ir aos mesmo sítios e a ser atendidos pelos mesmos médicos, polícias, juízes e professores, funcionários públicos, pagos pelos nossos impostos. Televisão pública?! Conservatórias? Telefones? Aviões? Teatros?! Museus?!... Oh pá! Eu vendia isso tudo, ou abandonava, conforme desse mais jeito.
É um bocado radical? Pois é, eu bem avisei que era socialista e de esquerda...