terça-feira, 14 de novembro de 2017

Já vi povos mais autodeterminados...

E vocês? Já tomaram parte na questão da Catalunha? Para mim tem sido muito difícil... E nem era para dizer mais nada sobre esta história, mas há uma pergunta que se impõe e não vi esclarecida: Qual dos dois é mais palerma?

O senhor Mariano Rajoy, ainda não percebi muito bem, se sofre de algum distúrbio mental ao nível do fascismo, ou se tem um problema parecido com o que eu tenho e, em segredo, alberga um pequeno independentista catalão dentro dele. Sim, Mariano, já topei a tua cena. Se a independência da Catalunha vingar, bem te podem construir uma estátua no centro de Barcelona, pois não o teriam conseguido sem essa preciosa ajuda que lhes tens dado.

Mas do outro lado é capaz de ser pior... Falar do direito à autodeterminação dos povos, quando todos já percebemos, que o que está em causa é dinheiro, parece-me brincar com os direitos fundamentais e o Senhor costuma castigar quem faz isso.
E depois, querem muito muito ser independentes, só catalães, nada de espanhóis... a não ser quando lhes falam de futebol... Sempre vão para a frente com o grande campeonato de futebol da Catalunha? E os títulos de campeões da Europa e do Mundo? Há mesmo algum Catalão de pleno juízo, que não se reveja e despreze estes títulos? Deve haver, eu é que nunca tive o prazer de conhecer nenhum..

Quanto ao futuro presidente da Catalunha?! Que dizer? Não bastasse o cabelo, de quem lidera a autodeterminação de uma comunidade de cogumelos, logo a seguir a declarar a independência no parlamento, fugiu para a Bélgica, a pedir asilo político, enquanto os coleguinhas eram presos.
Não o critico, se me apanhasse numa necessidade de fugir do país e procurar asilo político, também escolhia a Bélgica. Afinal, chocolates, cerveja, mexilhões e batatas fritas... eram toda a roda dos alimentos,  caso fosse eu a mandar. 
Mas é muito ridículo assumir-se presidente ou candidato a presidente de um país e zarpar desse mesmo "país" à primeira adversidade. 

Há uns tempos atrás li no Guardian, sobre o líder de uma tribo africana, que emigrou para a Europa e continuava a governar os seus súbditos, através do telefone e das redes sociais, enquanto trabalhava de pedreiro para ganhar a vida. Se calhar o Puigdemont também leu esta história e inspirou-se...

Aqui no burgo, não raras vezes, apareciam uns azeiteiros no norte do país, a defender a regionalização, com a desculpa de que o povo trabalhador do norte, andava a sustentar o "show off" de Lisboa. Depois voltam a tomar a medicação certinha, todos os dias, e passa-lhes. É o conselho que deixo aos espanhóis: tomar os medicamentos!
E não façam a saudação nazi no meio da rua! Morre um touro de causas naturais, de cada vez que um espanhol faz a saudação nazi... Pensem nisso. 

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Não sei se (ou)viram, que o ministro da defesa inglês foi despedido, por comportamentos pouco próprios. Entre eles e ao que parece, por ter dito a uma das suas colegas de governo, num dia de muito frio e após esta ter comentado que tinha as mãos geladas:
"I know a place where you can put them to warm them up." 
   
Não vale rir, que não tem piada... Aliás, se um gajo me dissesse isto no trabalho, aquecia as minhas mãos às chapadas no palerma. Não conheço forma mais eficaz de aquecer as mãos e tenho tentado várias. 

Mas não foi a rebarbadice do ex-ministro inglês, o que me chamou a atenção nesta notícia. É a frase. Serei só eu a ver, que esta frase, retirada do contexto, dava um belo título para um romance piroso do Nicholas Sparks? Ou um bom nome para um álbum ainda mais piroso da Adele, dedicado ao ex-namorado? Pensem nisto:
"I know a place where you can put your hands to warm them up".

É capaz de ficar muito longo... Talvez só: 
"I know a place where you can warm your hands". 

E olhem que mesmo em português: "Sei de um sítio onde podes aquecer as mãos". Não fica mesmo nada mal... Queres aproveitar, Paulo Coelho?
Não podem dizer que não dou grandes ideias. E nem cobro nada por isso.   

Há uns anos atrás, estava em Bruxelas com a Gorda e um amigo que trabalha na Troika. Como antes tínhamos estado dois dias em Amsterdão e sobrava uma ganza por fumar, o meu amigo da Troika perguntou: "Where do you wanna smoke that?". E a Gorda respondeu: "Take us to a dark place". E foi assim que nasceu o nome do nosso primeiro álbum: "Take me to a dark place". Não adianta procurarem nas lojas. A crítica foi estonteante e esgotou quase logo. Quanto muito, se me enviarem um email com uma foto vossa de corpo inteiro, em nu integral, e aí umas 500 bitcoins, arranjo-vos uma cassete pirata. Isto é, se gostar do que vejo, como é óbvio...     

Por falar na Gorda, no outro dia vira-se para mim e pergunta:
-"Olha, o que é tu achas de partilhar nas redes sociais, aquela minha história do apalpão no metro, com a hashtag: me too?"
-"Eh pá! Não sei... Acho que não tem muito a ver...".

E não tem mesmo nada a ver... Em primeiro lugar, ninguém ia acreditar na Gorda. Eu, que sou a melhor amiga dela, também não queria crer - tanta gaja boa no metro, quem é que se vai meter com a Gorda?!! - quando a vi a aviar dois gunas no cimo das escadas, pensei logo: "Oh! Não!! Chamaram a Gorda de gorda, outra vez!" Ela passa-se com isso...
Como daquela vez que a Gorda fez uma peixeirada no metro, porque cismou que um gajo sentado à nossa frente, estava a micar-lhe as mamas. Não estava... Estava a olhar para o colar que ela trazia ao pescoço, que já lhe disse montes de vezes para não andar com merdas de valor no metro. A olhar-lhe para as mamas... A minha Gorda é tão ingénua.

Mas se a Gorda diz que a apalparam no metro, acredito na Gorda. Acabei por lhe dizer:
"Se queres partilhar a tua história nas redes, acho bem, mas já pensaste em pôr antes uma hashtag do tipo: je suis segurança do urban beach?"
A ver se a convenci...