segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

A TALKING CHURCHILL BUST

E quando uma pessoa pensava, que o Donald Trump não podia descer mais baixo, nas suas ideias para a presidência dos EUA, eis que o homem se supera e leva o busto do Winston Churchill, para dentro da sala oval. O político que mais deve ter feito pelo combate ao fascismo de todos os tipos, a servir de inspiração a um fascistóide de terceira categoria. São tempos tristes os que vivemos. Mas já lá dizia o poeta, se não os podes vencer, junta-te a eles e eu tenho andado aqui a pensar, que tenho mais coisas em comum com o Donalde do que gostaria.  
O fascínio pelos concursos de beleza, por exemplo. Um pezinho que foge muitas vezes para a infantilidade. O negacionismo face ao aquecimento global. Por acaso aqui, a minha posição é um bocadinho diferente da do Donald, pois eu não nego o aquecimento global, só não acho que seja um problema. Sobretudo com este frio que tem estado... Olhem o que se poupava na conta da luz?! Não entendendo o drama...
E por último, but totally not least, a admiração pelos ingleses em geral, pelo Churchill em especial e pelo Brexit em particular. Como diria o Rui Veloso: é quase mais aquilo que nos une, que aquilo que nos separa. 
Mas já que o Winston Churchill era um optimista, também eu tenho encarado estas semelhanças pelo lado bom, pensando na melhor forma de construir pontes com o "monstro cor de laranja".

Foi aí que me surgiu uma ideia francamente genial. Lembram-se do Pinóquio? E do Grilo Falante que era a consciência do Pinóquio? A ideia é esta: um busto falante do Winston Churchill, que de 5 em 5 minutos diz frases sonantes da autoria do próprio Winston Churchill. Tipo aqueles macaquinhos que dantes havia nas ruas e diziam: "Hola! Cómo te llamas? Quiero ser como tú." 
Bem sei que ele já tem um busto do Winston Churchill, mas ficava com dois, que nunca são demais numa casa. Além de que este seria um busto falante. 
E o que diria o busto falante do Churchill ao Donald? Para começar, acho que devíamos aproveitar a deixa do outro e inserir a típica saudação destas engenhocas: "Hello! What's your name? I wanna be like you." Só para cativar e atrair a atenção do pequeno diabo. E depois gravávamos lá outras frases, mais pedagógicas e já mesmo do Churchill, que nos podiam dar muito jeito, serem ouvidas a alto e bom som na Casa Branca. Deixo aqui algumas sugestões:
 - "Evils can be created much quicker than they can be cured.";
 - "You must look at facts, because they look at you.";
 - "Bolshevism is not a policy; it is a disease, it is not a creed; it is a pestilence." - Esta, se calhar, a passar o dobro das vezes das outras todas;
 - "How much easier it is to join bad companions than to shake them of." - E esta sempre a passar logo a seguir à anterior;
 - "Books, in all their variety, offer the human intellect the means whereby civilization may be carried triumphantly forward. Learn to read! It is never too late." - Esta última parte não é do Churchill, fui eu que acrescentei, mas aposto que ele ia concordar;
 - "All the greatest things are simple, and many can be expressed in a single word: Freedom; Justice; Honour; Duty; Mercy; Hope. Great and fantastic are not one of those!" - Novamente, esta última parte é minha, não é do Churchill, mas tenho a certeza que o Donald nem vai reparar.

Pronto. Agora é só arranjar um busto falante do Churchill, para se oferecer ao presidente americano, quando ele for no Verão a Inglaterra. Talvez na Ásia... Japão ou Coreia do Sul, já alguém se deve ter lembrado de uma coisa destas...