terça-feira, 30 de setembro de 2008

Questions and answers!

"You don't need to find answers for questions never asked of you"

"Stop asking questions that don't matter any way"

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

CONTOS DE UM REINO JÁ AQUI AO LADO, (AÍ ADIANTE VIRAR NA PRIMEIRA À ESQUERDA).

É Um Contrato Estúpido!

Era uma vez um Reino já aqui ao lado, (aí adiante virar na primeira à esquerda).
O Reino já aqui ao lado andava em banhos a curtir o mês de Agosto e estava feliz com aquela nova ideia do sr. Dr. Eng.º. O Primeiro-ministro enérgico e musculado, que havia decidido extinguir sem apelo nem agravo o Monstro do Divórcio Litigioso. Respiravam-se liberdade e bons augúrios pelos tempos vindouros. “Era sem dúvida um monstro da idade média o Divórcio Litigioso“, pensavam os habitantes do Reino.
Qual não foi a surpresa dos súbditos, quando, certa amanhã, acordou com a polémica! O rei, que ao contrário do primeiro-ministro enérgico e musculado se mostrava quase sempre cândido, mas hirto, (e por vezes um pouco bimbo), vetava a lei que abolia de vez com o Monstro do Divórcio Litigioso, numa atitude que o primeiro-ministro viria a considerar, “muito pouco porreira pá!” Outras vozes de esquerda se lhe juntaram e gritaram, “puritano! Tacanho! Sempre preocupadinho com os valores, a tradição, os princípios e as famílias carenciadas!”.

O rei do Reino já aqui ao lado, (aí adiante virar na primeira esquerda), alinhava frequentemente com a esquerda e nutria até uma humilde, mas sincera simpatia, pelo primeiro-ministro enérgico e musculado. Agora extinguir o Monstro do Divórcio Litigioso?! Não estaria aquele sr. Dr. Eng.º a querer acabar de vez com o casamento e a sua solenidade, para depois, quando já não passar de um talão de raspadinha, alargá-lo aos homossexuais?! Não que tivesse alguma coisa contra esta última hipótese, pelo contrário, se querem casar casam, mas casam como os outros!
Sentia-se sozinho o rei do Reino já aqui ao lado, ou pelo menos, pouco amparado nestes novos domínios da humanidade. Infelizmente, ia sendo cada vez mais comum no seu Reino, ( e certamente estaria a suceder isso mesmo com os socialistas), as pessoas não terem a noção do que é um casamento.
A própria tia Teresinha, (que o criou), era um bom exemplo disso. Quando enviuvou e percebeu, passado uns meses, que seu extremoso marido, além de muitas saudades, havia deixado também muitas dívidas… o espanto e indignação do ser quando percebia que, no casamento, os dois passam mesmo a ser um só em tudo, e também nisso, era uma coisa espectacular!

O Rei do Reino já aqui ao lado, (aí adiante virar à esquerda), até percebia a indignação, mas também não tinha problemas em admitir que seria incapaz de aconselhar alguém a celebrar um casamento. O casamento seria francamente dos piores contratos para se celebrar, admitia, mas havendo malucos para tudo, ele, Rei do Reino já aqui ao lado, como pessoa simpatizante de esquerda que se tinha, era pela liberdade e nada tinha contra o manter-se a instituição. E, até não se absteria de chamar a atenção para o facto, de existirem tantos outros contratos bem mais bonitos no código civil e sobretudo necessários.
O arrendamento, por exemplo, chega uma altura na vida de um jovem cidadão que, se não tem pais ricos e não quer conversas com o BES, lá tem de ser! Ou o contrato de empreitada … e mesmo o penhor, num aperto, não defendia, mas aceitava que fosse uma solução. O mútuo, quantos bons resultados já não deu, se as pessoas sabem o investimento a fazer, têm a noção das consequências e por isso o fazem.

O casamento era, na sua opinião, do piorzinho no código civil. No entanto, não faltavam por aí os que queriam dizer sim, juntar a família e os amigos, fazer uma grande festa e tornar público o seu compromisso. Esses, com toda a legitimidade, exigem que a sociedade seja sua testemunha, assinam papéis, (e já tinha visto casos de júbilo tal, em que até arroz atiravam para cima dos contraentes, no final da cerimónia).

A única forma coerente de os socialistas do Reino já aqui ao lado acabarem com o Monstro do Divórcio Litigioso seria acabarem com o casamento. Afinal, “é um contrato, estúpido!”, disse num momento de franco desabafo, “arriscamo-nos a ter uma receita de culinária regulada no código civil!”. As partes devem cumprir o contrato e tal, mas se uma delas não cumprir, a outra que se amanhe e não recorra a tribunais para procurar responsáveis e culpados, que isso é primário por amor de Deus?!
“O amor é assim! Quando não há amor a lei e o tribunal nada podem fazer por ti”, retorquia a esquerda abespinhadinha. Apontava como grande argumento contra o pensamento do Rei retrógrado do Reino já aqui ao lado, as pessoas evoluídas da Europa.
“Pois pensam todos muito mal“, atirou o rei com arrogância. Quem é que, (e esta era grande questão que o afrontava na luta pelo casamento), no seu perfeito juízo, é capaz de fazer isso a uma pessoa, só porque a ama? Quem, no seu perfeito juízo, é capaz de esposar uma pessoa só porque a ama?
“Querem festejar o amor vão para a praia com os amigos e convidem a família, ou bebam uma cerveja e prometam ficar juntos para todo o sempre, seus idiotas!”…
O rei do Reino já aqui ao lado (aí adiante virar na primeira à esquerda) estava indignado! Ele que tinha depositado tanta simpatia, (e até algum paternalismo), no primeiro-ministro enérgico e musculado, estava agora destroçado. Mais um bungi jumping como só a esquerda era capaz! E não bastasse, protagonizado pelo seu protegido, tido como pessoa de saudáveis tendências autoritárias.
Desde os seus tempos de jovem estudante que o rei se vinha desiludindo com a malta de esquerda e não havia maneira de aprender! No início é gente que até cativa, mas depois, a dada altura, entusiasmam-se com o ideal, a liberdade, o amor e de caminho atropelam direitos e garantias, em defesa do tal amor e da liberdade. Acreditava que não o faziam por mal, mas a mania da modernidade aliada a pouco estudo e falta de tempo para meditar, frequentemente, não gerava grandes ideias.
Impedir uma pessoa de ir a tribunal porque outra quebrou um compromisso, um projecto de vida comum, impedi-la de se ver ressarcida de opções que não tomou, ou que tomou porque era casada com outra, é desvirtuar uma instituição, é limitar o ser humano numa escolha, numa opção de vida, numa vontade … “E o amor?! O que tem o amor a ver com isto seus pategos?”, dizia já fora de si. Só um atrasado mental, (ou um apaixonado), mediria a decisão de casar pela régua do amor!

Por mero apego à diversidade não ia aceitar que deitassem caça ao Monstro do Divórcio Litigioso. Vetou a primeira, vetará a segunda e rais o parta se não ata o cinto de bombas ao peito, se voltam a falar nisso na Assembleia do Reino já aqui ao lado, (aí adiante virar na primeira à esquerda). No entanto, o que francamente magoava o Rei cândido, mas hirto, (e por vezes um pouco bimbo), era o silêncio da sua direita… Entretida nos banhos de Agosto, enquanto a esquerda tentava estragar, a brincadeira preferida deles!

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Três dias de trabalho na Venezuela e é só ideias novas!

“O ministro da Economia e Inovação inicia, hoje, uma visita de três dias a Caracas acompanhado por uma delegação de empresários para dar seguimento aos instrumentos de cooperação celebrados entre Portugal e a Venezuela.”
In
SIC
(11/09/2008)
… Nem uma semana depois…

"O ministro da economia diz que se o preços dos combustíveis não descerem, vai tomar medidas!”
In
Sic
(17/09/2008)

Um pequeno aparte: Não havia reparado antes que Manuel Pinho é não só Ministro da Economia como também da Inovação. Os meus parabéns! De todos os piropos com que o nosso governo nos tem brindado este é o mais bem conseguido. Temo é que o pelouro da Economia ande a ser descurada em detrimento da Inovação …

terça-feira, 16 de setembro de 2008

"O alvoroço criado por estes desgraçados acontecimentos fez esquecer um relevante facto político: o novo visual do dr. Nuno Rogeiro.O estimável comentador político apresentou-se à puridade desprovido das enormes guedelhas, que haviam sido grisalhas, agora pintadas de negro, e aparadas no moderno corte "à búlgaro"."


By
Batista Bastos
in
Diário de Notícias