quinta-feira, 23 de agosto de 2007

"Por que será que todos os generais são inteligentes, gentis, encantadores, cheios de erudição, ao passo que os coronéis são invariavelmente maçadores e os majores a maioria das vezes inefáveis?"

By Felix Lane
In "A fera tem de morrer"
By Nicholas Blake
"Hoje sou outra!"

"Hoje, acordei enxuta,
seca,
mirrada de ideias feitas.
Hoje, recuso a racionalidade idiota.
Quero sonhar,
batizar-me de criatividade,
dar largas à felicidade.
Hoje, quero alhear-me de códigos,
alhear-me de leis,
despojar-me dos anéis...
Quero sentir-te nos dedos."

By Lucibei
in http://www.luciaribeiro.net/

Para provar outras iguarias tão saborosas quanto esta visite o site...

segunda-feira, 20 de agosto de 2007

Paredes de Coura, o festival da pneumonia!

Felizmente o receio nunca se confirma, mas é, racionalmente falando, temível.

Ao segundo dia do retorno da zambujeira do mar, o meu corpo ressente-se e começo a sentir a garganta levemente arranhada, o pingosito no nariz, a cara um bocadinho mais quente... À noite, a situação piora consideravelmente e eu percebo que o caso é grave o suficiente para 2 benurons quando, enquanto estou a jantar, tenho de parar para respirar(coisa que raramente faço).

Nem 1 semana depois, ainda constipada e com alguma tosse, rumo a Paredes de Coura.

O segundo dia é o verdadeiro paraíso. Dia solarengo, corpo esparramado na relva, poesia declamada nas margens do rio Tabuão (Cesariny no seu melhor só para dar uma ideia)... É sem dúvida o festival esteticamente mais agradável!

Mas, voltando à pneumonia. No segundo dia, a morrinha dá o mote e o terceiro dia é o verdadeiro dilúvio (para o ano se tudo correr bem chove no dia de fazer as malas e abalar). "Molhada até às cuequinhas", era o estado em que me encontrava, por esta hora, há coisa de 8 dias atrás e nesse estado me aguentei, (bem contentinha devo dizer) por mais umas 5 horas.

A verdade é que apesar da chuva, do frio e da violenta galhofa, por mais um ano, acho que voltei a escapar à pneumonia...



Vi a cena mais romântica da minha vida este ano, no decorrer do festival. Os Peter,Byorn and Nico (é verdade!..o John baldou-se e o Nico foi o melhor que se arranjou) ocupavam o palco e eu vegetava na relva.

O cenário de Paredes de Coura é idílico e naturalmente dado ao romantismo. O palco está enfeitado de montes verdejantes que o rodeiam por todos os lados e a plateia é uma espécie de anfiteatro natural. É, aliás, devido a este formato da plateia, que é prática comum no festival um desporto chamado "rebola por ali abaixo". Foi assim, neste contexto, que eu vi a cena mais romântica da minha vida. Uma jovem maluca "rebolava por ali abaixo" seguida pelo namorado, que corria atrás dela tentando, infrutuosamente, segurá-la e fazê-la parar. Às vezes, ele alcançava-a e conseguia a muito custo levantá-la, mas novamente ela se atirava alegremente para o chão, para "rebolar mais um pouco por ali abaixo". O rapaz, incansável, corria atrás dela e dizia coisas tão bonitas e carinhosas como, e passo a citar, "Oh mor! Para lá com isso! Oh mor! Olha que t'aleijas... Oh mor! Bá lá, pára de rebolar! Olha qu'eu tou aflito para mijar!".
Ela estava ligeiramente bêbada, creio, mas isso em nada prejudicou o romantismo da cena.


sexta-feira, 10 de agosto de 2007

O que dirias para rivalizar com um ex-combatente do ultra.mar?

4 dias na zambujeira do mar ... toma!

terça-feira, 7 de agosto de 2007

zambujeira do mar 2007!

De realçar as declarações de um adolescente na sinopse do festival transmitida pelo jornal da noite, "Acho que há muita droga por aí", disse o jovem adolescente com um misto de tristeza e desilusão no olhar. Declarações bonitas que me sensibilizaram, mas a meu ver inadequadas.


Lembram-me uma conversa ao telemóvel com a minha mãe no decorrer do festival. O prólogo do costume, "está tudo a correr bem?"," foste à praia?", "puseste protector?", "quantos banhos tomaste?". Por fim a bonita mas inadequada pergunta, " e as condições como é que são as condições?". Nestas alturas eu tenho que trazer a minha mãe, à minha realidade e dizer-lhe, que a música é muito boa, as bandas do melhor, o pão com chouriço e as bifanas nada a apontar e o espírito impecável, mas condições, condições é coisa que não existe por aqui. Quero com isto dizer que, assim como ninguém vai à zambujeira à espera de encontrar condições, também ninguém está espera que as pessoas aguentem a provação sóbrias. Eu sou da opinião que o vallium e o xanax deviam ter a sua própria barraquinha no festival. E, já agora, o psicológico devia deixar de vender cachorros e burguers e passar a fazer jus ao nome, existindo como barraquinha de apoio psicológico ao festivaleiro. Sobretudo de manhã, sabe deus a falta que me fazia algum apoio psicológico... Nas manhãs mais difíceis, em que me questiono do porquê de repetir a experiência, digo a mim mesma que se por um terrível acaso do destino tivermos que sobreviver num campo de refugiados nós, os festivaleiros, seremos os mais bem preparados... E se puserem música lá no campo aposto que até conseguimos ser felizes!..