quinta-feira, 12 de março de 2015

Who let the dogs out!

Lisboa tem uma barbearia só para homens e que proíbe expressamente a entrada de mulheres.
Parece-vos bem? Eu acho que sim e espero que não parem por aí, sugerindo, desde já, casas de banho só para homens e também, urologistas só para homens.
Até podiam criar um gueto, dentro da cidade, só para estas coisas, onde seja proibida a entrada mulheres.  

O problema é que meia-dúzia de feministas lisboetas, não gostaram do conceito e invadiram aquela merda, peço desculpa, invadiram a tal da barbearia, e vandalizaram aquela merda, peço desculpa, e vandalizaram a barbearia.

Se a história mete violência, eu jogo pela cartilha Beatles, que reza mais ou menos assim: salvar o mundo é muito bonito, todos queremos salvar o mundo, mas se falas em partir coisas, não podes contar comigo e isto vale para feministas e machistas.
A não ser que se trate de partir coisas, em cabeças machistas, aí sou a favor!
 
Mas, voltando à barbearia da polémica, será que o que enfureceu as senhoras foi o facto de a barbearia ser interdita às próprias? Acho que não. Só que, quando um idiota acha engraçado, colocar à porta de um estabelecimento comercial, uma tabuleta a dizer: “Homens podem entrar, cães também, mas mulheres não”, não se pode espantar, se as "cabras" ficarem ofendidas. E quando as "cabras" ficam ofendidas… acontecem estas coisas.

Por isso, a todos os otários e sobretudo às otárias, que por estes dias acharam, que o importante era defender o direito dos homens, a terem um espaço interdito a mulheres, onde pudessem cortar a barba à vontade e com toda a dignidade, eu tenho-vos a dizer, que apontei os vossos nomes todos e, um dia, eu também hei de ter o meu próprio estabelecimento comercial - uma coffee shop, onde eu possa mostrar ao mundo, todo o meu talento a fazer ganzas. Infelizmente, por estes dias, o país não me deixa “crescer”… – e na porta de entrada vai ter um letreiro a dizer:
“Aqui podem entrar gatos, cães, mulheres e homens, só é proibida a entrada a suínos e suínas.” E depois vou lá pôr as vossas caras ou a das vossas mães. Qual é que tem mais graça? 

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

A MATRAFONA QUE FICA PARA TRÁS.

O Natal é quando o homem quiser e o Carnaval são três dias, mas também podia ser todos os dias, se o homem quisesse. Não sou de me mascarar a preceito - a preguiça não deixa, os amigos não puxam - mas vivo muito a época, interiormente.

Sou a favor do Carnaval todos os dias, quem não tem aquele momento, em que por causa das pessoas ou circunstâncias envolventes, o melhor é pôr a máscara e brincar ao Carnaval? Todos os dias comigo!

Mas o que eu mais gosto no Carnaval, é que traz atrás as "minhas" matrafonas.
O que eu gosto de matrafonas!
Imagino-me na selva carnavalesca de Torres Vedras, a observar as matrafonas passar por mim e esperar calmamente a matrafona que fica para trás. A matrafona que bebeu demais, a matrafona que partiu o salto, a matrafona que perdeu o brinco, a matrafona bailarina... Adoro matrafonas de tule! Ou então, a matrafona mais descarada, com a mini-saia mais curta e que estivesse mesmo a pedi-las, a que até ia gostar que eu lhe desse um valente apertão. A matrafona que diz que não, mas no fundo, no fundo, é sim.
Apanhá-la sozinha, longe da manada - as matrafonas andam sempre em manada - e arrastá-la para um beco escuro...
Viva o Carnaval!

Podemos? Devemos!

Tenho sonhado muito com a Grécia, nestas últimas semanas. Com a austeridade, com a saída da Grécia do euro, com o ministro das finanças grego a perguntar e se a Grécia sair? Quem é que vai a seguir? Portugal? 
Eu espero que sim, Varoufakis. As minhas malas para sair do euro estão prontas há 15 anos.


Mas a Grécia e Portugal saírem do euro é a parte boa do meu sonho. A parte má, quando tudo descamba, é se o euro de facto acabar. Voltamos todos às nossas moedas, cada um à sua, e fazemos o quê, com os retornados de Estrasburgo e Bruxelas?! Temos alguma coisa para eles fazerem cá?...


É melhor começar a pensar nisso, porque, ao que parece, os alemães estão fartos de pagar a nossa dívida e não só os alemães, os holandeses, os austríacos, os belgas, os luxemburgueses, os que estão ali bem no centro da Europa e beneficiam de todas as vantagens da livre circulação de pessoas, serviços e todo o tipo de bens, com todas as facilidades de uma só moeda única, estão fartos de pagar a dívida dos PIIGS. Curioso é que, apesar disso, não se vê pessoas a sair à rua em protesto contra a Europa e contra o euro, em cidades como Berlim, Viena, Bruxelas ou mesmo na aldeia do Luxemburgo.
A Europa paga a dívida dos PIIGS e os PIIGS, ingratos, fazem manifestações contra o euro.
Custa-me muito entender que os alemães, os austríacos, os belgas e os luxemburgueses, etc. andem a pagar a nossa dívida e sejam os nossos trabalhadores, pensionistas e utentes dos vários serviços públicos, a sofrer no bolso, o pagamento que eles andam a fazer da nossa dívida.       


Há quantos anos ouvimos o velho discurso, de que não é a votar sempre nos mesmos, que o país muda?! Ou melhor, cada povo tem o governo que merece!
Os gregos tiveram a ousadia de escolher o governo que mereciam, que diz coisas tão óbvias como: um país em insolvência, não pode pagar a totalidade da sua vida. 

Acontece todos os dias nos tribunais de comércio deste país. Empresas portuguesas entrarem em insolvência e não só os credores não recebem a totalidade da sua dívida, como, a mais das vezes, o que recebem é nada e ao fim de 20 anos.


Nós não temos, nunca tivemos e duvido que alguma vez venhamos a ter um mercado ou uma economia capaz de competir em pé de igualdade com os países mais desenvolvidos da Europa. Em primeiro lugar, porque estamos aqui entalados neste cantinho entre a Espanha e o Atlântico e o nosso mercado e economia podem ter potencial, mas não é na Europa.
Nunca tive nada contra a livre circulação de pessoas, bens e serviços, o meu problema é com a moeda, que destruiu e vai continuar a destruir a nossa pequena economia, aqui à beira mar plantada. 
Somos uma equipa da terceira divisão, a jogar na liga dos campeões. Com uns estádios muito bonitos, para mostrar à Europa, mas a mesma equipa de merda, que sempre tivemos. 


Os gregos já perceberam que o euro é uma bela autoestrada para o precipício e querem arrepiar caminho.
Neste momento, o que a Europa devia discutir, é, quanto é que vai pagar aos gregos, para eles saírem do euro, depois do euro lhes ter esfrangalhado a economia?

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Podem casar, mas não podem adoptar?!...

O casamento homossexual deprime-me. Não o casamento homossexual em si, sou completamente a favor do casamento homossexual. Aliás, mais do que ser a favor, acho que o país precisa disso, mais casamentos, mais famílias e se mais adopções, melhor ainda. Tendo em conta o desempenho do Estado, a proteger as suas crianças, o casamento gay só podia ser uma boa notícia.
Tenho há muito tempo a convicção, que a uma criança, para crescer física e mentalmente sã, ela precisa do carinho, da atenção e do cuidado dos adultos. Se uma tia, dois pais ou um irmão mais velho é absolutamente indiferente e apesar da minha parca experiência com petizes, posso afirmar com segurança, que os pais infelizes, frustrados e atormentados é que são um perigo e uma violação dos direitos da criança. O género, a idade e a orientação sexual são mariquices, e as preocupações com a figura maternal e com a figura paternal, Deus me perdoe, se isso não é coisa de gente fútil.
O que me deprime no casamento homossexual é a importância que lhe damos, a histeria com que ele se discutiu e, principalmente, a esquizofrenia com que o legislaram.
Primeiro mito? Não era nem nunca foi, uma questão de direitos fundamentais. Havia uma lacuna na lei, sim senhor, mas não uma descriminação. Os homossexuais podiam casar, muitos deles casavam, e quando casavam, queriam casar com uma pessoa de sexo diferente, (é o chamado tapar o sol com a peneira), e questão técnica arrumada.
Se não queriam casar com uma pessoa de sexo diferente, então não casavam e faziam-se à vida. Um gay juridicamente despachado, não encontrava impedimento legal, ou, pelo menos, não mais do que o comum dos mortais, ao seu direito de constituir família. Há tanto notário por aí a precisar de trabalhar, que qualquer pessoa garantia o que quisesse, ao terceiro que bem entendesse e fazia valê-lo em tribunal, nos hospitais e no paraíso até, se nisso estivesse empenhado.
Mas os homossexuais queriam que o Estado previsse e que legislasse e não queriam uma figura nova, queriam a analogia. Ora, tendo havido uma maioria de esquerda, no parlamento, a mim parece-me bem e acima de tudo, parece-me justo. Se me parece lógico ou coerente? Não, lamento mas não me parece, parece-me até uma coisa bastante parola… e que seja! O Tony Carreira também é e tem direito a existir como os outros.
Mas não bastasse a falta de assunto do casamento homossexual, estragam tudo com a adopção! Se dantes, o contrato de casamento não constituía uma afronta ou uma descriminação, com base na orientação sexual, com esta nova lei, que proíbe, especificamente, os casais homossexuais de adoptarem, não tenho dúvidas em afirmar que o é.
Terminando com o início, o que me deprime no casamento homossexual, é que não passamos nem metade do mesmo tempo a discutir a justiça, a educação, a reforma da função pública, ou a corrupção e mesmo passados quinze anos a discutir o assunto, fazem merda na altura de legislar. Assim não vamos longe!

Sabem o que é mais ofensivo, que a careta do profeta, na capa de um jornal?

Mulheres em topless, na página 3 de um jornal. Surpresa? Eu também fiquei, mas é o século XXI que temos. E se fosse um jornal qualquer, mas é do "The Sun", que estamos a falar...
Em tempos, o seu director questionou no twitter, se não seria mais bonito e correcto, as senhoras aparecerem vestidas, em vez de em topless. Eu acho que sim, mas se é para acabar com as polémicas no jornal, a página 3 devia ser a menor das suas preocupações. Vou mais longe, para contrabalançar as notícias de mau gosto, quando não calúnias, habituais desta publicação, deviam ter rabos de homens na página 4 e contos eróticos nas páginas 5 e 6. Assim sim! As pessoas ficavam logo avisadas da trampa que aí vinha, nas páginas seguintes.
Aliás, é por isso que aquela gente super sensata e liberal do estado islâmico, também não gosta das caricaturas de Maomé, não vão as pessoas ver o profeta como um objecto.
A propósito deste debate do "Eu sou Charlie", "Tu não és Charlie", " A tua mãe é que é Charlie", "O meu Charlie é maior que o teu", tenho uma confissão a fazer. Cá vai:
Eu tenho uma rottweiler fechada na minha cave. Bem sei, animais perigosos não são de fiar, mas a minha Iolanda é especial. Por várias vezes pensei desfazer-me dela - olha, desfazer-me, quem é que eu quero enganar? Pensei mesmo matá-la, ou mandá-la matar - mas não consigo. São muitos anos juntas e embora ela não me respeite e tenha todos os defeitos de uma rottweiler que não respeita a dona, (agressiva, possessiva, intolerante, preconceituosa…), é muito leal. Mas não tenho mão nela, não tenho mesmo. No início ainda tentei: "Mas quem é que manda, Iolanda?". E até tomar a decisão de a fechar definitivamente na cave, mandava ela. Por isso, a minha Iolanda está sempre fechada na cave e não sai à rua para passear.
Nem me lembro de quando a trouxe para casa. Certamente foi aquela velha história. Eu ia a passear na rua, ela seguiu-me até casa, com olhos de carneirinho mal morto e eu trouxe-a, na esperança de dominar a fera. Qual quê? Depois pensei passá-la a outra pessoa, mas ninguém quer uma rottweiler em casa. Abandoná-la?! Seria impensável. A minha Iolanda é arraçada de doberman. Ataca o pescoço, não larga e é quase sempre fatal... para os homens. Sim, a minha Iolanda odeia homens e também anda descalça e não usa soutien.
Mas, se a minha Iolanda detesta os humanos do sexo masculino, eu, pessoalmente, não suporto putas! E de que falamos, quando falamos de putas? Quero dizer, de que falo eu, quando falo de putas? A maioria das pessoas pensa, que me refiro a mulheres, que vendem sexo a homens, que só pagando, conseguem tê-lo. Não, nunca me refiro a profissionais do sexo como putas. Falo de putas, putas mesmo!
Falo daquelas cinco mulheres, que vencendo o frio, a euforia das compras de natal e o tédio de merda das suas vidas - certamente - escolhem passar horas em manifesto contra o concurso da miss Universo, decorrido em Londres, no passado mês de Dezembro. Ou das frustradas, que tiveram a ideia de fazer um abaixo-assinado, para acabar com a página 3 do The Sun - aposto que são as mesmas cinco do concurso Miss Universo.
Dizem que são feministas, mas, numa Londres, em que na mesma semana se soube, que as mulheres ganham muito menos que os homens, estas putas sentem-se oprimidas, por um concurso que elege a mulher mais bela do Mundo. Até porque toda a gente sabe, que há 50 anos atrás, antes de existirem os concursos de beleza e mamas no The Sun, as mulheres dominavam o mundo.
Faz algum sentido, feministas, atacarem concursos de beleza e mulheres que se despem de sua livre e espontânea vontade, a troco de dinheiro e da atenção dos homens? Para falar direito, qual é o bem jurídico que esta gente quer proteger? A dignidade das mulheres que se despem ou a vontade dos homens que as querem ver? E será que também fazem manifestações no concurso Mister Universo? Ou é só a "mulher-objecto", que tira o sono a esta gente?... Não entendo.
São as mulheres bonitas, que vão salvar o mundo. Se elas unirem esforços, para nos defender e projectar a todas, vamos dominar o mundo! Ah! Ah! Ah! Ah! - Porra! Lá se soltou a minha Iolanda outra vez!
Agora a sério, se há coisa em que as mulheres dão lições, é em matéria de beleza. É a grande arma das mulheres, porque se os homens sabem apreciar a beleza, não fazem a menor ideia de como criá-la e é aí que nós entramos. Seja a fazer os enfeites de Natal, seja a desfilar de biquíni, seja a escrever um romance. Se mete beleza, chamem uma mulher! Se chamarem um homem, o mais provável é acabarem com uma ordinarice ou uma idiotice qualquer mal amanhada.  

sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

À Guerra, o que é da Guerra!

Estou a pensar seriamente em abandonar as redes sociais. As pessoas estão cada vez mais esquizofrénicas e basta acontecer uma tragédia, para isso vir ao de cima. A última foi o ataque hediondo feito à revista Charlie Hebdo. Primeiro apareceram os que "são Charlie". Seguiram-se os que diziam "serem Charlie", mas que eram só eles que eram, apontando ferozmente o dedo a quem não era Charlie. E, cereja no topo do bolo da acefalia, acordo esta manhã e já há pessoas que se assumem orgulhosamente como: "não sendo Charlies". Sendo que, ainda ontem abriam as goelas, a dizer que eram do mais Charlie que havia... Neste caso do Charlie Hebdo, verdade seja dita, somos mesmo quase todos Charlie, por muito que isso irrite e desagrade alguns heróis do politicamente incorreto. Porque não é preciso gostar de humor negro, para condenar sem hesitação ou reticências, o massacre feito aos jornalistas do Charlie Hebdo. Tal como também não é preciso ser pobre, iliterato e andar de chanatas, para se ser de esquerda - embora ajude bastante, admito. A Ana Gomes quase foi insultada, por ter dito que as políticas de austeridade fomentavam o terrorismo. Uma afirmação, que não é preciso ser um génio, para entender o alcance. O terrorismo desenvolve-se melhor, onde as pessoas vivem pior. Uma Miss Universo não teria resumido tão bem! É como dizer que o frio aumenta o número de casos de constipações, quando está em causa um surto de Ébola. No entanto, não deixa de ser uma afirmação verdadeira e nem a Ana Gomes deve deixar de ser Charlie por causa disto. As políticas de austeridade e cortes cegos provocam sempre um aumento da criminalidade, e também um aumento dos casos de mortes por doenças, frio, má nutrição, etc. – de La Palisse, onde quer que estejas, um grande bem-haja para ti! Outra vítima da esquizofrenia da net, Gustavo Santos, um guru da vida em geral e comediante de sucesso, (embora involuntário), nas horas vagas, deve estar para ser chacinado, a qualquer momento, por ter dito, que as pessoas que fazem humor negro ou piadas de gosto muito duvidoso, põem a sua vida em risco. É bem verdade, caro Gustavo! Quantas vezes já senti isso na pele. Se isto não é de Charlie... É muito difícil fazer humor sem ofender as pessoas, não por causa do humor em si, mas pelas pessoas à nossa volta, que mesmo quando a carapuça não lhes fica bem, gostam de vesti-la. Assim de repente, from the top of my head, lembro-me para aí de duas pessoas, que talvez não sejam Charlie, o Papa Francisco e o Dalai Lama. Não me lembro de alguma vez qualquer um deles ter dito alguma coisa, que pudesse despertar o ódio ou ferir suscetibilidades e se alguma vez o fizeram, deve ter sido de uma modo tão suave e ternurento, que não são Charlies, não podem ser, não o merecem!!! Ah! E a minha mãe, que está ligeiramente acima de Deus, também não é Charlie. De resto, acho que somos mesmo quase todos. Por último, uma confissão, (espero não deixar de ser Charlie por causa disto), penso muitas vezes em matar pessoas a tiro e um jornalista em particular. Não com uma Kalashnikov. In my wildest dreams, era mesmo uma caçadeira de canos cerrados. Depois entraria destemida pelos estúdios da TSF adentro, chamava bem alto o nome do “condenado” e pumba! É que já ninguém aguenta mais as tuas musiquinhas da treta, João Ricardo Pateiro. A maioria das vezes não rima e quando rima é pior ainda – “Aí vai o Talisca e se o Talisca não arrisca, o Talisca não petisca… PUM!!!” – digo eu, imaginando que lhe espeto um balázio com a minha futura caçadeira de canos cerrados. Era um descanso para todos os que gostam de ouvir futebol. Foi a única lição que aprendi com este ataque ao Charlie Hebdo, que não posso levar o futebol tão a sério e devo passar a ouvir os relatos na Renascença ou na Antena 1, é o melhor.

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Diz que vai ser uma defesa enérgica, musculada e feroz!

José Sócrates detido. Houve gente chocada, gente consternada, gente surpreendida e até o Santana Lopes ficou triste e acabrunhado, (LOL!). Mas das reacções à prisão do senhor engenheiro, a que mais me surpreende é a das pessoas que acharam isto uma surpresa. A sério?! Tiveram mais de 5 anos para se prepararem! Não há necessidade... Valha-nos a atitude de António Costa, o único envergonhado.
Foi muito estrondo! Casas no Marquês, estudos principescos em Paris, férias no Pine Cliffs Resort, fatos Armani comprados na loja mais cara de Los Angeles. Estava-se mesmo a ver que a seguir... uma estadia na Carregueira.
Não percebo todo este drama?! O camarada Vara também vai lá parar, daqui a uns tempos e pode fazer-lhe companhia, sendo que o jogging é um desporto fácil de praticar na cadeia - olha se fosse surf?!
Por isso o Pedro passa férias na Manta Rota, que ele sabia ao que vinha. E eu também sei, que passei muitos anos férias na Manta Rota e posso assegurar, que é só gente séria a passar férias ali. Os trafulhas vão todos para Monte Gordo.
Nada me diverte  mais, que ver trafulhas detidos, a chafurdar na lama, caídos em desgraça, etc. Quero dizer com isto que? Sim. Festejei alegremente a detenção deste fim-de-semana!
Só que ao fim de 3 anos de governo PSD e depois de estragarem a saúde, a educação e a justiça, será que pôr trafulhas na cadeia, compensa tudo isto? Tenho muitas dúvidas.

Tem-se falado muito do processo Casa Pia, que também começou com um governo social democrata. Nada contra! Uma janela para o mundo, o processo Casa Pia. Todos pedófilos! Só pecou, certamente, pelos que ficaram de fora. Uma pessoa lê o acórdão do processo e chega à conclusão, que andava tudo a comer criancinhas desfavorecidas nos anos 80, porque neste país, os poderosos, enquanto são poderosos, podem fazer tudo o que querem.
Para quem acha que não aprendemos nada com o processo Casa Pia, recomendo vivamente, uma parte do acórdão, em que a sôtora juíza relatora do mesmo, intrigada com o pouco à vontade dos funcionários da Casa Pia, a prestar o seu depoimento, interpela directamente um deles e transcreve uma conversa que é mais ou menos assim: "Ouça lá, mas o senhor foi ameaçado, tem algum problema em falar ao Tribunal? - e até descansa o senhor dizendo: "Olhe que o senhor está aqui como testemunha, nada de mal lhe pode acontecer, por dizer a verdade".
Ora, sentindo-se à vontade, o senhor disse a verdade. E a verdade é que tanto aquele senhor, como muitos outros funcionários da Casa Pia, se sentiam pouco à vontade a testemunhar no julgamento, porque nunca pensaram que fosse um caso de polícia, gente rica e poderosa, levar crianças institucionalizadas e entregues à guarda do estado, para festas e orgias. Para a maioria desta gente fazia parte do "contrato social".
A imensidão de pessoas que, não participando ou defendendo a pouca vergonha que se passava na Casa Pia, também não fez absolutamente nada, fechou os olhos e dormiu de consciência tranquila com isso, é que é a grande lição do processo Casa Pia. Continuamos a ter demasiada gente desta no nosso país!    

Mas, na altura, se bem me lembro, tal como agora, trafulhas na cadeia, (naquele caso, pedófilos na cadeia), mas o país deixa de funcionar. As escola não começam a tempo, nem prometem recuperar o tempo perdido. Os tribunais estão um caos e a saúde está doente... mas estamos a pôr os trafulhas todos na cadeia. Isto chega?
Tem de se começar por algum lado e se fosse eu, também começava assim, a limpar a casa primeiro. Convém é ter o cuidado de, no fulgor da limpeza, não partir a mobília toda pelo caminho.

Para terminar, um pequeno aparte: havia necessidade de prender o senhor, a uma sexta-feira, acabadinho de chegar de Paris? Digo isto, mas, para mim, ele devia ter sido preso na quinta, ou na quarta, ou na terça, ou lá quando foi a ida para Paris. Até me surpreendeu, o senhor engenheiro. Só veio à terceira, mas veio! Muitos temos que fugiram para o Brasil, (Cabo Verde...)... E nunca mais voltaram!
Ora se o senhor vinha de Paris e é sexta-feira, não ia a fugir. Não podiam fazer as coisas no horário normal de expediente? Na segunda-feira ir a casa do Sócrates e detê-lo na residência oficial? A mim dava-me um jeitaço, que eu trabalho ali perto e podia ir até lá bater palmas e gritar: “trafulha!”, “já vais tarde!”…
Não me lembro da última vez em que o super juiz Carlos Alexandre teve um fim-de-semana descansado. Ele é casado? Eu se fosse mulher dele não aturava isto, por muito bem que trouxesse ao país - “Carlos Alexandre! Tem paciência! Ou a justiça ou o nosso casamento!”
É só uma sugestão que eu deixo. Lá porque os senhores fiscais e polícias não têm vida familiar ou social, o resto de nós, mesmo quando não tem, quer é beber copos à sexta à noite!

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Já não tínhamos trafulhas que chegasse?

Pelos vistos não. Daí os vistos gold! Em que consiste este belo conceito?
Pois bem, consiste em fazer um investimento de alguns vários milhares de euros no país, (500 mil), e em troca receber uma autorização de residência. Sem burocracias ou perguntas inconvenientes.
Mas a lei já não previa, que estrangeiros, com intenção de investir no nosso país, pudessem, legítima e legalmente, obter uma autorização de residência?
Previa sim senhor! Chama-se a isso, se bem me lembro, “imigrantes empreendedores”, e diz que um imigrante, que seja, ora lá está, empreendedor, pode aqui obter  uma autorização de residência, para empreender.
Só que isto era no caso de ser um estrangeiro com boas intenções e que não tivesse problemas em explicar, de onde lhe vinha o dinheiro para investir. A lei quase só prevê casos de investimento, para investigação ou criação de postos de trabalho e não os casos de quem “investe” dinheiro, a comprar casas milionárias. Era uma lacuna grave, não era?! Aliás, se a ideia é fazer de Portugal, um antro de mafiosos, vamos no bom caminho!
Só que nem tudo é um mar de rosas, no caso dos vistos gold, pois, afinal, parece que já tínhamos trafulhas que chegasse, a ver com a quantidade de gente, com altos cargos na administração, detida e sob investigação.
Vistos gold?! Francamente! Não cheira logo a trafulhice?! De quem paga mais e passa à frente dos outros?! Precisamos assim tanto de dinheiro?! Viver à custa da Europa e de estrangeiros trafulhas são estas as nossas soluções?!…


Ficamos também a saber, por estes dias, que António Costa vai criar taxas turísticas e de dormida, a quem entre em Lisboa. O argumento mais ouvido, esta semana, tem sido: “É só 1 euro!”. Parece um toxicodependente, este nosso autarca: “É só 1 euro, para comer uma sandes…”!            
Rod Liddle, perguntava, num dos seus últimos textos, se a esquerda era doida ou se a esquerda era hipócrita? A ver por este caso do António Costa e das taxas, nenhuma  delas, acho eu. Na maioria dos casos, a esquerda é mesmo burra! E não pensem que estou a falar mal. NUNCA!
A burrice é dos melhores defeitos que as pessoas podem ter. Somos feitos para aprender mais. Por muito que uma pessoa queira ser burra a vida toda, acaba sempre por aprender alguma coisa. Já a doideira, ou as pessoas desonestas, conheço muito poucos casos de recuperações bem sucedidas.
Exemplo? O ministro da economia falou a dez à hora no Parlamento, para o António poder ouvir e sem palavras difíceis, bem explicadinho, como que a dizer: “Olha lá António! Foi a única coisa que este governo fez de jeito, vê se aprendes!”. E o António, no dia a seguir, taxas e taxinhas.
Até a taxa de esgotos, que ia ser eliminada, afinal é “integrada”, na taxa de saneamento. Estão a ver?! São burros e não sabem escrever! Se uma coisa vai ser eliminada, como é que, posteriormente, pode ser integrada? Só se for num cemitério, ou numa sucata, ou numa lixeira… Ou bem que taxa é eliminada, ou bem que ela é integrada. Isto é desonesto? Claro que não! Desonesto seria dizer que a taxa de esgotos ia ser eliminada e sem ninguém dar por isso, aumentar para o dobro a taxa de saneamento. Afirmar que a taxa de esgotos vai ser eliminada e posteriormente integrada, ora lá está, não sabem escrever.
Vamos lá explicar ao António, como se o António tivesse 6 anos de idade. Uma taxa, António, implica pagar um preço, por um SERVIÇO PÚBLICO prestado.  Não vi nenhum serviço adicional referido, nem foi referido qualquer “serviço” a taxar, que não estivesse taxado antes.
A taxa de esgoto e a de saneamento, o mesmo serviço, duas taxas, muito bem, abolir a primeira. Se o serviço de esgotos, ou de saneamento, com a integração - Eliminação?! Francamente! Era um aborto a nascer e um esgoto a morrer - fica mais caro, aumentar a taxa, concedo. Agora, aumentar e criar taxas, para equilibrar o orçamento autárquico e não necessariamente, porque os serviços prestados, custam mais a prestar, é tão pouco inteligente, que chega a ser inconstitucional. Não podíamos taxar só os turistas alemães? Podíamos, mas também seria muito pouco inteligente e ainda mais inconstitucional. E então?!…
Inventa qualquer coisa, António! A taxa turística, porque, para o turista, nacional ou estrangeiro, é um privilégio sentir o cheiro a Lisboa. E a taxa de dormida, sei lá, porque se dorme muito bem em Lisboa, desde que os bares fecham às duas da manhã?!    


Por último, tenho de confessar uma dúvida, que me tem andado a apoquentar, estas últimos semanas. É uma dúvida de muito mau gosto. Confesso! Quase todas as minhas dúvidas são de muito mau gosto. Só nas certezas, é que eu me esmero, para tentar não ofender as pessoas… Cá vai, então: 
É só impressão minha, ou o director geral de saúde, tem um ar muito pouco higiénico, para a sua função?
Se ele fosse director geral da meteorologia, não me fazia confusão, mas da saúde?! Com aquele cabelo e aquela barba, enfim, se me perguntassem, eu diria que foi por ali, que começou o surto de legionella. É de mau gosto dizer isto?! Eu só quero ajudar…  

sábado, 8 de novembro de 2014

Psicanálise...

Estudos, estatísticas, percentagens e sondagens? Não tenho qualquer tipo de respeito por estas coisas. Por mim falo, das vezes que respondi a algum inquérito, não fui nada confiável e nem foi falta de sinceridade. É que se eu não penso muito sobre as coisas, antes de responder, a primeira coisa que me vem à cabeça é asneira. Posso dizer, (modéstia à parte), que o meu instinto de defesa é muito apurado, mas no ataque, eu tenho de pensar antes, que se vou no instinto, fico lá.
Nestas últimas legislativas, (creio que em 2011), estava em casa, num domingo à tarde, quando um senhor me toca à campainha, com uma daquelas urnas portáteis e me pede para votar, três semanas antes das eleições. Eu respondi: "mas eu ainda estou indecisa!" - ao que o senhor devolveu: "mas é só uma sondagem!". Exactamente, era só uma sondagem.
As pessoas mudam de ideias. Pior, algumas pessoas, sob a capa do anonimato e quando estão perante estudos, sondagens ou outros exoterismos, respondem aquilo que elas gostavam de ser e não aquilo que elas são, o que, convenhamos, quase nunca é a mesma coisa.
Por isso me irrito, sempre que, após umas eleições, aparecem aquelas teorias conspirativas das empresas de sondagens, que tentam manipular as suas amostras. Eu não sei se tentam ou não, atenção! O que eu sei, é que mesmo que tentem, não creio que cheguem muito longe. As pessoas, quando sabem que são invisíveis, deixam de "cantar de galo" e "soltam a franga" dentro de si.
Há uns quase 15 anos, eu vivi numa residência universitária. Não interessa aqui dizer qual, até porque, a história que eu vou contar é um bocado triste. Todos os anos, no início do ano, a nossa directora chamava uma de cada vez ao seu gabinete, para preenchermos um questionário sobre as condições da nossa residência universitária, que, depois de preenchido, deixávamos numa pequena urna à entrada do gabinete da senhora directora. Novamente, acho que sempre fui sincera nestas coisas. Falei mal da comida, dos horários de entrada e se "pequei", foi por falta de ponderação, mas nunca com a intenção de falsear o estudo da senhora directora.
A minha colega Laura, por exemplo, confiando no anonimato, disse poucas e boas, a melhor delas, (que eu agora me lembro), que deviam providenciar uma cadeira, no hall de entrada, à sub-directora da residência, (também tínhamos uma), para ela não estar todos os dias em pé, na cusquice com as recepcionistas. Por último, a minha colega Margarida, que sempre foi mais esperta que nós todas juntas, foi ao gabinete da directora, preencheu calmamente o seu questionário e à saída, antes de o colocar na urna, decidiu abri-la e ver quantos questionários já lá estavam dentro. Querem saber a resposta? Nenhum.  Pois é, a urna estava vazia, pois a senhora directora, essa "fascista", ia lá buscá-los, antes que entrasse a próxima residente, para os nomear e arquivar, no dossier "pidesco", que certamente teria sobre nós.
Há pessoas assim, que não conseguem conhecer os outros, por aquilo que eles dão, têm de entrar na sua cabeça, saber o que pensam e o que sentem, para ter a certeza que nada lhes escapa. "Control freaks", acho que é o nome técnico.          
E ainda a propósito de exoterismos e cosmogonias, um estudo recente veio dizer, que se os cavalheiros “fizerem o amor”, regularmente, com 20 donzelas diferentes ou mais, diminuem o risco de cancro da próstata, em 30%.  Por outro lado, li também, um outro estudo, (acho que foi no "Crime"), que o risco de perderem o seu precioso membro à noite, durante o sono, aumenta em 50%, o que, se pensarmos que as taxas de sucesso, na cura do cancro da próstata, são de quase 90%, eu diria que não vale a pena a trabalheira, atento o risco envolvido.
E já agora, os gays? Também entraram neste estudo? Pelo que eu pude perceber, o segredo da profilaxia está nas senhoras, mas ninguém me explicou se, por exemplo, uma senhora fizer amor com 20 outras senhoras, também diminuem o risco de cancro da próstata?! E quem terá tido a ideia de levar a cabo esta idiotice? Será que avisam as senhoras “cobaias” da finalidade do estudo? E o número? Não são 5, não são 10, nem 15, são 20! Aposto que foi algum pastor evangélico a ter ideia disto, que eles têm muito medo de gays… Já os rebarbados, como se pode ver por aqui, não assustam ninguém.
Eu recusava-me a participar numa pouca vergonha destas e ainda era capaz de dar dois pares de estalos, no parvalhão que me falasse disto! Soa-me a engate foleiro da noite: “Sabe que fazer amor com mulheres diferentes diminui o risco de cancro da próstata?” -  e eu respondo: “Dizem que enfiar os dedos no rabo também ajuda."

Deus me livre e guarde de estar a falar mal! Mas …

A única vez em que senti, que podia ser agredida, por ofender uma pessoa, foi com um inglês e por causa de Joy Division. Reconheço, fui muito leviana. Quando se fala de vacas sagradas é preciso ter o cuidado de perceber, primeiro, se o nosso interlocutor é indiano ou paquistanês. No meu caso era indiano.
Também senti isso com os meus pais e a vaca sagrada que é, para eles, a Gabriela da Sónia Braga. À mesa, durante um almoço de domingo, eu disse: "Nunca vi a primeira Gabriela, mas podia apostar o que quisessem, que esta última é muito melhor!". Oh pá! Eles digladiaram-se com o olhar, para ver qual deles me ia pôr na ordem primeiro. A minha mãe ficou tão ofendida, que eu pensei que fosse começar a chorar e o meu pai acabou a conversa com um seco: "Tu não sabes o que dizes!". E se calhar é verdade que não sei, que eu nunca vi a primeira, (mas eles também nunca viram a segunda...).
Voltando a Joy Division. Se é verdade, que  inauguraram uma era musical, também não é verdade, que são assim um bocadinho… rudimentares?! Irritam-me as pessoas assim: “Ahhhhh! Joy Division é que é!” e sejamos sinceros, não é! É que soa um bocado a: “Ahhhhhhhhh! O fonógrafo, a grafonola  e o telégrafo, que saudades!”. E não temos. É giro ver em museus, mas ninguém usa aquilo em casa.
E dizia-me o tal amigo inglês: “Ahhhhh! o Ian Curtis é que é! A maior perda musical de sempre… blá blá blá... blá blá blá...”. E eu, já fartinha de ouvir esta conversa, respondi: "Sim, foi uma grande perda, mas sejamos sinceros, às vezes, é preciso algo trágico acontecer, para que uma Nova Ordem possa triunfar." O meu amigo ficou tão ofendido, que me virou as costas, bateu a porta e foi embora.
As pessoas não gostam, que brinquem com as suas vacas sagradas!
E por falar em vacas sagradas, eu, que nem sou destas coisas, arranjei uma. Chama-se Cristiana e mora na Casa dos Segredos. Ficou-me logo debaixo de olho quando entrou, mas, sou sincera, não adivinhei o segredo à primeira. Advinhei logo o do Odin, que é um senhor com um bigode muito estranho, (de quem começou o movember há 3 anos), e que tem um fetiche pela Teresa Guilherme. Verdade seja dita, o homem entrou na casa e eu topei-o logo. Este só entrou, porque tem um fetiche pela Teresa Guilherme. Ou uma cunha, mas pareceu-me mais que era um fetiche...
Mas, voltando à minha Cristiana. A Cristiana é bailarina de músicos pimba e isto não era segredo para ninguém. Era assumido. E o seu segredo? Ah!? Ah!? Ah!? O segredo dela, eu pensei que fosse uma daquelas coisas banais, do género: "Fui miss bum bum 2009!". Ou então, quanto muito: "Já comi os três Carreiras!". Mas não, é muito melhor! A Cristiana já andou com jogadores da bola dos três grandes clubes portugueses e com jogadores da bola de, pelo menos, três selecções nacionais diferentes. É o papa (dos) jogadores da bola, a Cristiana! Já não se sentia tanta tensão a revelar um segredo, desde que a Carolina lá passou. Por mim já ganhou! Nunca fui das que perde tempo a votar, mas, desta vez, a Cristiana tem o meu apoio até à final. Estou para ver, quantos jogadores vão acusar xanax, no controlo anti-doping.
Até estou a pensar perguntar-lhe, quando ela sair, se ela quer ir comigo para a fila de espera do Cristiano Ronaldo. É uma fila de espera que convém ir acompanhada, pois é muito grande e desde que a russa, com cara de poucas amigas, lá chegou, demora imenso tempo a andar para a frente. Ora, como eu já vi a Cristiana a atirar com uma garrafa de detergente, à cabeça de uma colega, lá dentro da casa, acho que vou segura com ela. Não deve ter sido à toa, que conquistou o que conquistou.
Espero bem, que o nosso "melhor" jornalismo investigue a fundo esta matéria. No mínimo, um dossier "Cristiana e os 40 jogadores da bola" ou só: "Mister Cristiana e seus convocados"...
É a maior!!!  

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Olhem! Olhem! A ministra vai nua!!!

A ministra da justiça quer “gepessear” pedófilos, cá em Portugal. Eu, pessoalmente, prefiro não saber onde eles andam e confiar nos meus instintos, mas até consigo entender, quem possa pensar de forma diferente. Quem pense, que pedófilos julgados e condenados são irrecuperáveis e impossíveis de reintegrar de forma segura na sociedade. Não é essa a minha questão essencial. O problema está na mensagem que o Estado passa de “bricolage“: Façam vocês mesmos!
Nunca Kennedy foi tão mal interpretado. Ou era a isto que ele se referia, quando perguntava, o que podem fazer pelo vosso país? Vigiar pedófilos?!
Se querem pôr isso no pacote, então ponham todos. Pedófilos, carteiristas, homicidas, ofendedores de integridades físicas, violentadores domésticos, (olha o jeitaço que dava, uma lista pública destas!), assaltantes de bancos, abusadores fiscais, condutores alcoolizados, (também gostava!), desobedientes da autoridade, etc. Havia de ser bonito! Meia hora depois e tínhamos um país em pânico, com os seus vizinhos, amigos e familiares. Serei só eu, que acho a excelsa senhora ministra da justiça… assim… tipo… sei lá… Doida?!!! E já agora, também não querem fazer uma lista pública com estes?!
Na América, pelo menos, eles têm esse espírito agarrado à pele. “Do it your self!”, dizem eles. Por isso consigo respeitar algumas maluqueiras, como comprar armas no supermercado e outras coisas assim. São um país enorme e o Estado não chega para metade daquilo que devia, mas aqui? Isto faz algum sentido, no nosso direito penal? Já vejo o chumbo constitucional ao fundo do túnel.
E para terminar, algo completamente diferente. Um jogador da bola, condenado a 5 anos de prisão, por ter violado uma jovem de 19 anos, em Inglaterra, pode vir a ser impedido de jogar futebol profissional novamente, por causa do crime que cometeu e pagou, com 5 anos de choldra. Não entendo certas questões. Se o senhor, depois de passar 5 anos preso, se sente bem, a frequentar balneários masculinos, quem somos nós para o julgar?...

domingo, 26 de outubro de 2014

Pim, Pão, Pum: Dilma!

É um grande dilema, aquele porque passam, os nossos irmãos brasileiros. Força para eles!
Aécio ou Dilma, qual o pior? Eu pensei ignorar o assunto, (para candidatos deprimentes, bastam os nossos), mas se o assunto bate à porta e diz para uma pessoa tomar partido, eu não sou de fugir às minhas responsabilidades. Não foi fácil, devo dizer. Os argumentos de ambos são muitos e maus.
Comecemos pela direita. Aécio é comédia garantida! Ainda não entendi muito bem, se ele puxa mais ao estilo do senhor Berlusconi, ou se é uma coisa mais soft, como o nosso Santana, mas prevejo muito galhofa e muita pândega, o que em não melhorando ou piorando a situação, sempre areja.
Por outro lado, esta semana, Dilma beneficiou do apoio incondicional do músico Lobão, que prometeu emigrar, caso ela ganhe as eleições. Sei bem, (porque já vi muitos fazerem o mesmo deste lado), um artista que fala assim, não é gago e o que ele quer, "é dar o fora"! Mas, não tem coragem de assumir. Por isso, o meu apelo: votem Dilma e ajudem o Lobão a emigrar, sem parecer muito mal. Nota-se, o senhor quer crescer e o país não o deixa.
A esta altura do meu apelo, sou interrompida por uma amigo aécioista, que me diz:
 »Que palhaçada! Só dizes isso, porque a Dilma é mulher. Se não fosse, nunca torcerias pela sua vitória à Presidência do Brasil». E eu respondo:
»Sério?! A Dilma é uma mulher?!! Nossa senhora! Sempre pensei, que a Dilma fosse um daqueles homens super inteligentes, que se disfarçava de mulher, para parecer ainda mais inteligente, tipo: a "Ana Gomes" e a "Helena Roseta", ou aquela outra "senhora" do PCP, que estava no parlamento europeu... Embora est"a" últim"a", acho que o fazia, não para parecer mais inteligente, mas só para avacalhar e confundir as pessoas...». E diz o meu amigo aécioista:
»Que disparate! Não existe tal coisa!»
Oh! Valha-nos Deus! Uma desilusão nunca vem só!

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Clowns to the left, Jokers to the right!

Acho piada àquela malta de direita, que sentada confortavelmente no seu sofá, provavelmente de copo na mão, pijama e um pratinho de queijos ao lado, faz piadas dos preconceitos da esquerda. Podiam escrever sobre literatura, música, cinema, artes marciais, quem sabe, os mais ousados, mas não, gostam de mandar bitaites para a cozinha, quando a vida deles é sala de estar e restaurantes. Acho piada...
Também dizem muitas vezes, se repararem, (nem dizem, choram-se, como é habitual), que as pessoas nunca fazem piadas contra a pauta da esquerda, porque não têm coragem e são hipócritas. A sério?! É mesmo não perceber nada sobre a esquerda. Não se fazem piadas sobre os “bonzinhos“, porque, como diria o grande Raul Sonaldo, não é preciso e em muitos casos é até cruel. Quem se lembra daquela notícia do barco da green peace ou doutra coisa desse género, que, não há muito tempo, saiu oceano afora, em busca de provas sobre o degelo do Árctico, acabando encalhado, no dito gelo do Árctico. Se uma pessoa fizer piadas estraga...
Nos ditadores, isso também se vê muito bem, quantas belas piadas se fizeram sobre Hitler, Mussolini e, não o metendo no mesmo saco, Salazar? Não preciso pensar muito, para me lembrar de algumas e Hitler, bem sabemos, dava para passar uma tarde inteira a contar graçolas da segunda guerra mundial e do homicídio de seis milhões de judeus, sem qualquer sentimento de pecado. É tudo tão mau acerca do nazismo e do fascismo, desde os meios aos fins, que o humor até funciona como uma espécie de exorcismo.
Fidel, Hugo, Mao, Estaline… só para citar os meus “favoritos”, quantas piadas se conhecem?! Eu própria já tentei fazer piadas sobre Estaline, (ainda é o que me parece mais fácil de desfrutar), e o resultado dificilmente alcançaria mais do que uns sorrisos amarelos. Mas, se eu tivesse mesmo de me identificar com algum, (e não me identifico, é sempre bom sublinhar), de entre todos os ditadores de esquerda da história, seria Mao Tsé-Tung, (desculpa Hugo!).  É verdade que a América Latina tem muito e bom por onde escolher. Já com Cuba, não consigo ter muito sentido de humor, (apesar dos fatos-de-treino maravilhosos),  é uma espécie de Benfica para mim, mas sem momentos de glória. As circunstâncias não ajudaram, mas também é verdade, que ninguém quis saber das circunstâncias. Ainda assim, volta e meia dou comigo a pensar: “Agora com o irmão Raúl é que isto vai ao sítio!”. Pode ser… se as coisas vão ficando melhores, para quê deitar abaixo?
Escolho Mao, porque não me admira e consigo perceber, que em chegado ao poder tivesse mandado tudo o que era intelectual e académico trabalhar para o campo. Plantar batatas, cebolas, colher alfaces, fazê-los andar uns tempos de sachola na mão, enfim, essas coisas que ajudam à formação do carácter e a definir melhor as prioridades. É o que me dá vontade de fazer, quando oiço alguma desta gente falar.
Gente que defende, que não é da nossa conta e não tem mal nenhum dar 5 milhões ao Zeinal Bava para sair da Oi, (oi?! 5 milhões?!!!), e que esse dinheiro não vai fazer qualquer tipo de falta à economia, ou pior, que esse senhor de facto produziu alguma coisa, durante toda a sua carreira, que venha alguma vez na vida a corresponder aos 5 milhões que ele recebe agora, descontando os milhões que entretanto já recebeu. E para não falar só do mais recente e estrangeiro, façamos o mesmo exercício em relação ao senhor Mexia, por exemplo. Ainda que o senhor trabalhasse 24 horas por dia na EDP e tivesse 30 mil fusíveis inseridos no rabo, alguém de bom sendo pensa, que o seu trabalho, fosse lá ele qual fosse, valia os 4, 5, 6 milhões (?!), que enfiou ao bolso na EDP?... Eu tenho muitas dúvidas.
E depois atiram-me com a cartilha da liberdade, como quem acena a toalha vermelha ao toiro. Sabem que somos amantes da liberdade e dizem-nos: "E na economia, não querem liberdade?!" A mim apetece-me logo responder: “E na segurança? Também não querem um bocadinho de liberdade, oh imbecis!” Pensar, que o mercado, sozinho, se organiza para conjugar os interesses de todos os envolvidos, já no século XIX, não me parece que fosse uma ideia muito inteligente, em pleno século XXI, acreditar nisso, é tão ou mais idiota, que acreditar no bom selvagem do Rousseau.
É uma contradição pensar, que, por uma lado, os políticos não podem, nem devem ter muito poder, nem este deve ser ilimitado, porque o poder cega uma pessoa, (e eu concordo), gera caciques e compadrios, (e eu concordo), cria ditadores e em alguns casos psicopatas, (e eu concordo!). Mas, ao mesmo tempo, na chamada “sociedade comercial”, esse mesmo poder ilimitado já não lhes faz confusão nenhuma.
Sim, porque ao contrário do que as pessoas possam pensar e como diz a Rita, (a minha coleguinha de escritório), o dinheiro não traz amor, não traz família, não traz amigos, não traz saúde, mas traz felicidade! Felicidade instantânea quando vem parar  à nossa mão, ou, alguém já viu, uma pessoa infeliz depois de ganhar o euromilhões? Claro que não! E traz muito poder com ele também, porque, ora lá está, não compra amor, não compra família, não compra amigos, nem saúde, mas compra tudo o resto, o que hoje em dia é muita coisa. Ainda que seja pelo seu mérito, pelo seu trabalho, pela sua sagacidade e inteligência, (o que neste país, nunca é!), será legítimo uma pessoa abarcar toda a riqueza criada à sua volta, quando bem sabemos, como diz o velho ditado, que ninguém consegue nada sozinho?
Eu sou a favor da liberdade e do liberalismo e até da libertinagem, em todas as áreas das nossas vidas, menos no que toca ao dinheiro em particular e à economia em geral. Uma pessoa fica com a sensação, que em relação à intimidade dos cidadãos é tudo controlado e vigiado, como se fôssemos atrasados mentais, já em relação aos mercados é só virtuosismos e vale tudo menos arrancar olhos. Quando as pessoas, ou, neste caso, os “comerciantes” começam a arrancar olhos é que o liberal se ultraja e diz: “Isso é que não, que fica mal!”. Espezinhar, oprimir, acabar com os recursos disponíveis à sua volta, claro, desde que seja pelo “mérito“, até dão benefícios, isenções e paraísos fiscais.
Sou contra os “gigantes” em todo o lado, mas, na economia, já devíamos ter percebido, que o problema de deixar crescer as pessoas singulares ou colectivas a gigantes, é que, ao contrário das chamadas PME, se aquelas caem, quem tem de suportar o prejuízo, somos sempre todos nós, (pura realidade!). Nada mais justo, então, que quando haja o benefício, o "suportemos" todos juntos também.

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

NA DÚVIDA, MANTER O CHARME!

Uma pessoa lê a imprensa internacional e além do Ébola, (DEUS NOS LIVRE E GUARDE!!! MEDO!!!), o outro stress, que desperta a histeria geral, é a nova moda de invadir as contas das celebridades e publicar as suas fotos íntimas na net.
Jennifer Lawrence, uma das vítimas, veio por estes dias dizer, que “hackear” a sua conta e entrar na sua “cloud“(?!), para roubar fotos, “it’s a sex crime!”
Eu sou pró privacidade acima de tudo, mas tenho muita dificuldade em considerar uma invasão de privacidade, um “sex crime“. Sobretudo, quando, por esse mundo afora, lemos notícias de miúdas a serem filmadas, enquanto abusadas e às vezes violadas, e esses filmes vêm parar à net. Por sua vez, a Jennifer aparece linda, em poses sexys e cuidadas, (provavelmente para o namorado), e depois de ouvir os comentários dos meus amigos às fotos, eu tento, muito, e não consigo ter pena de Jennifer Lawrence. Tenho um ódio mortal ao idiota, que lhe entrou na conta e pôs aquela caca na net. Já a Jennifer Lawrence, sejamos sinceros, é mau, mas podia ser bem pior. Podia ser um “sex crime”, por exemplo.
Não é que possa dizer: “Ah! Eu não tenho nada na net que me envergonhe!” Oh pá! Tenho muita palermice por aí, mas posso dizer com segurança, que se tudo  viesse à tona, não havia nada, que eu não assumisse de cabeça levantada.  
Quanto aos vídeos, também fiz dois ou três, mas gosto de pensar, que nada disso anda pela net. Ingenuidade? Talvez. Estava apaixonada, (e bêbada e sou a favor da legalização das drogas leves…), e quem nunca sonhou ser uma estrela porno? Quem?! 
Eu nunca sonhei isso, verdade seja dita, mas se o teu amor quer filmar, para ver depois, isso é querido, ou não é?! Eu nem percebo a ideia, mas acho fofo. E fiz. Não guardei e nunca os vi. A pornografia nunca foi a minha cena. É como as touradas, com regras, respeito, mas mete-me um bocado de nojo. 
Até já tive alturas, quando acaba o encantamento, (é sempre aí, que a pessoa se lembra das parvoeiras, que andou a fazer), em que senti alguma angústia, mas não há necessidade disso. Na melhor das hipóteses, há que pensar: ele era um gajo a sério e se ainda os tem, defende-os com a própria vida! Na pior das hipóteses, eu digo para mim, que dei o meu melhor e não há nada a temer e muito menos a ter vergonha. 
E é este o meu conselho para as pessoas, que gostam de tirar fotos das suas intimidades e fazer vídeos de sexo: é para fazer bem feito, pois, nunca se sabe. Nos dias que correm, haverá sempre a possibilidade de um parvalhão pôr isso na net. Se querem mesmo proteger a vossa intimidade, filmem-se a andar de bicicleta, ou a lavar a loiça, ninguém tem interesse em ver isso.
E já agora, por falar em idiotas e pessoas com graves deficiências de carácter. Li, esta semana, que Sinead O’Connor vai lançar uma biografia, em que promete contar  todos os podres dos seus parceiros sexuais, ou, nas suas próprias palavras:"the sexual dirt on everyone i ever slept with"! Homens idiotas e mulheres com depressão, dá para ver a diferença?!

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Ministra da Justiça, Procura-se!

Juro, se eu ouço mais alguém fazer a piada: "a Justiça está em estado de citius", vou espancar violentamente a pessoa e alego insanidade temporária, como fazem na América.
Lá diz o meu amigo Bernardo, a primeira vez tem piada, a segunda vez, também tem piada, a terceira vez? Tem piada e a quarta continua a ter piada. A quinta tem piada, mas a sexta, já tem um bocadinho menos de piada. A sétima ainda tem alguma piada, vá, e a oitava, um niquinho de piada. A nona já não tem muita piada e à décima, eu parto-te a cara!!!