quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

A MATRAFONA QUE FICA PARA TRÁS.

O Natal é quando o homem quiser e o Carnaval são três dias, mas também podia ser todos os dias, se o homem quisesse. Não sou de me mascarar a preceito - a preguiça não deixa, os amigos não puxam - mas vivo muito a época, interiormente.

Sou a favor do Carnaval todos os dias, quem não tem aquele momento, em que por causa das pessoas ou circunstâncias envolventes, o melhor é pôr a máscara e brincar ao Carnaval? Todos os dias comigo!

Mas o que eu mais gosto no Carnaval, é que traz atrás as "minhas" matrafonas.
O que eu gosto de matrafonas!
Imagino-me na selva carnavalesca de Torres Vedras, a observar as matrafonas passar por mim e esperar calmamente a matrafona que fica para trás. A matrafona que bebeu demais, a matrafona que partiu o salto, a matrafona que perdeu o brinco, a matrafona bailarina... Adoro matrafonas de tule! Ou então, a matrafona mais descarada, com a mini-saia mais curta e que estivesse mesmo a pedi-las, a que até ia gostar que eu lhe desse um valente apertão. A matrafona que diz que não, mas no fundo, no fundo, é sim.
Apanhá-la sozinha, longe da manada - as matrafonas andam sempre em manada - e arrastá-la para um beco escuro...
Viva o Carnaval!