sexta-feira, 25 de abril de 2014

Não é a Prova dos Nove. É a Prova da Caixa!

Nunca fui uma fã de Louçã, bem pelo contrário, sempre me pareceu, que se olhássemos bem no fundo dos seus olhos, conseguiríamos ver Estaline, de peito feito, a dizer adeus... No entanto, há uma frase do senhor Louçã, que eu nunca consegui esquecer. O relato de uma experiência, que devia ser obrigatório levar a cabo, por todos os banqueiros do mundo e investidores em geral e que é a seguinte:
Se colocarmos numa caixa, uma nota de 10 euros, com outra de 20 euros, nem ao fim de 9 meses, elas vão gerar uma nota de 50 euros, (por muito apaixonadas que estejam)! Parece básico, mas para aquele tipo de gente não é... Estranho seria, que se usasse o dinheiro da economia para jogar no casino e mais tarde ele surgisse, para pagar a quem de facto trabalha, para que a economia gere dinheiro. Assim tipo "geração espontânea" de Aristóteles: de uma data de lixo e dejectos, eis que surge vida!
De um lado temos uns idiotas liberais, que acreditam em bolsas, acções, swaps, spreads, tudo burlas para que uma data de gente preguiçosa, que não sabe, nem gosta de trabalhar, saque de lá o seu. Por outro e cada vez mais, como reacção, creio, só se vê daquela esquerda pequenina, "a esquerdinha", que defende o retrocesso à troca directa e abomina o dinheiro, como se fosse ele o mal de todos os nossos pecados. Alguns, de caminho, até querem andar de tanga por aí, a viver da natureza e em harmonia com os animais... Enfim, eu por mim já estou por tudo, não sou uma produtora, mas gosto de pensar que sou uma prestadora de serviços competente e o trabalho não me assusta, aliás, já dizia o outro, se uma pessoa não trabalha, ou pasma, ou angustia, mas entre os índios e os cidadãos, eu sou pelos segundos e gosto da polis e de viver em sociedade e sobretudo gosto de boas pessoas, de pessoas honestas, que gostam de viver do seu trabalho e não à custa do trabalho dos outros.

domingo, 13 de abril de 2014

Mulheres de Armas!

Um artigo interessantíssimo, esta semana, na Spectator, (como não podia deixar de ser), pela Melanie McDonagh, uma jornalista inglesa, que escreve, como só as inglesas sabem escrever. Com humor, pertinente  e despudoradamente humilde. Escrito, não por alguém que julga, mas por alguém que duvida. E do que duvida a Melanie? Ela dúvida que as mulheres devam ter o direito de lutar na frente de batalha, juntamente e como os homens. E porquê? Porque acha que as mulheres foram feitas para dar vida e não para matar. E também, porque acha que as mulheres, tal como as crianças, têm de ser protegidas em tempo de guerra.
Oh meu Deus! Eis um argumento, que não há como combater, (e refiro-me ao último, porque o primeiro argumento da Melanie, qualquer vulgar leitor do correio da manhã sabe, que não é válido!), as mulheres e as crianças são o que de mais precioso há no Mundo! As crianças, porque são o futuro e a sobrevivência da espécie, e as mulheres, porque nem os homens, nem as crianças, duravam mais de uma semana sem elas!    
No entanto, será que as mulheres não devem estar na frente de batalha? Bem, eu acho que as mulheres devem estar na frente de batalha, tanto quanto eu acho, que as mulheres devem poder recolher e tratar do lixo municipal, ou seja, acho mal! Não gosto! Acho que, de facto, é trabalho para macho e não trabalho de mulheres e muito menos de crianças.
Por outro lado, há mulheres e Mulheres! E se há as que o querem e conseguem fazer, tanto na guerra, como no lixo, essas mulheres merecem todo o meu respeito e admiração. Além de que, ninguém pode negar, que seria muito injusto, se uma mulher fosse a melhor combatente da sua tropa, ser-lhe negada a linha da frente, com argumentos pequeninos e paternalistas, como o cavalheirismo ou a distracção dos homens, no campo de batalha. Ora, bem sei, que o género masculino é muito dado a estas coisas, mas um militar, se ele não consegue resistir ao impulso de proteger a colega, em vez de lutar contra o inimigo, se calhar é o macho, que não está preparado para a linha da frente. Melhor mandá-lo exercer funções na enfermaria, onde ele pode proteger e cuidar das colegas à vontade, sem o stress do inimigo.          

domingo, 6 de abril de 2014

Please don’t ask and Please don't tell!

Será que os homossexuais devem mesmo sair do armário?
Tenho ouvido isto recorrentemente, vindo de jornalistas, comentadores, políticos e sobre as mais variadas actividades: desde polícias, militares, os próprios políticos, jogadores da bola, etc. E lembro-me até de um político qualquer da cena internacional, (o ministro australiano do desporto?! seria?), dizer, sobre os jogadores de futebol do seu país: quem é gay e joga a bola, devia encher os pulmões de orgulho, convocar a "media" e dizer alto e bom som, para toda a gente ouvir: "Eu sou gay e jogo à bola!", porque, ao que parece, é muito importante que os homossexuais se assumam, sobretudo, se forem jogadores da bola, militares ou políticos.
Inclusivamente, li também, que o governo australiano vai permitir aos seus militares, desfilarem em paradas comemorativas de orgulho gay, lésbico e transsexual, com a farda do trabalho. Sim. Com a farda! Não sei se armados também?! Nada contra, mas será mesmo necessário permitir o deboche, para lutar contra o preconceito?
Atravessando o atlântico, faz-me lembrar a lei americana: "don't ask, don't tell", essa pérola da legislação internacional, que consistia, como o próprio nome advinha, em nada se poder dizer sobre o assunto. O colega não tem o direito de me perguntar se eu sou gay e mesmo que mo pergunte, eu não tenho o direito de lho responder, ou melhor, eu tenho o dever de não lho responder. É ou não é bonito? Digo mais, esta lei americana só peca - aliás, pecava, que ao parece foi abolida em mais um daqueles tsunamis do politicamente correcto - e pecava pelo âmbito subjectivo dela, pois só os militares eram obrigados a esta regra. E pelo objectivo, apenas os comportamentos homossexuais preocupavam.
Infelizmente, (ou felizmente, quem sou eu...), devia ser assim em todas as profissões e locais de trabalho e sobre todos os assuntos, que não os estritamente laborais. Porque é que uma pessoa, seja ele das forças armadas americanas, seja ele da repartição de finanças do Lumiar, há-de querer partilhar com os colegas de trabalho, a sua orientação sexual? O nome da pessoa a ligar em caso de emergência, ainda vá, mas mais do que isso, eu não vejo necessidade. A não ser que sejam amigos, mas aí, ora lá está, já não estamos a falar de trabalho.
Como diria Kramer, (nessa bíblia das relações humanas chamada Seinfeild), são dois mundos distintos, o trabalho não tem nada a ganhar com a família e a vida íntima de cada um. Deve ser um lugar de paz, onde a orientação sexual, o estado civil e os pormenores das relações com a mãe, a sogra, o marido ou a namorada, deviam ser tabu obrigatório e a sua violação, um crime tipificado e punido por lei!
Será que dantes, na América, um militar podia dizer que era virgem?!  Navegando assim o preconceito, a minha preocupava-me mais um militar virgem, que um gay... E é este o problema de discutir estes assuntos com os nossos compinchas de labuta, facilmente cais no ridículo, a discutir o que não interessa.
Já agora e novamente, deixo também este conselho de Kramer para os casais, quanto aos assuntos de trabalho, na vida familiar: não se traz trabalho para casa! Quantos casamentos não terão visto o seu fim antecipado, massacrados por essa pergunta assassina: "como foi o teu dia querido/a?".
Há coisas que não devem sair do armário e há outras, que não têm de lá entrar!

domingo, 9 de fevereiro de 2014

Os Felizes Anónimos.

“The tragedy of this world is that no one is happy, whether stuck in a time of pain or of joy. The tragedy of this world is that everyone is alone. For a life in the past cannot be shared with the present. Each person who gets stuck in time gets stuck alone.”
Alan Lightman

Deixei de ser feliz, há mais de dois anos. Não porque esteja presa a algum momento de felicidade em particular, são muitos os momentos felizes, que me prendem. E também não é qualquer tragédia, que me impede de ser feliz, nem posso dizer que tenham sido muitas, ou sequer verdadeiras tragédias. Quanto à solidão, até acho que pode ter o seu quê de independência e liberdade, que não deve ser menosprezado, isto, claro, se estivermos em condições de ser livres e independentes.
A sensação de estar ou ser feliz é o que me angustia. Tenho para mim, que as verdadeiras tragédias, só acontecem às pessoas felizes. Aposto que aquela juventude no Meco, horas antes da tragédia acontecer, estava super feliz. A felicidade é assim, traz sempre desgraças e desastres com ela. É inimiga do bom-senso, da atenção, da lógica e do dever. Nunca vi pessoas felizes, pró-activas e sensatas.
Há até uma música, que eu conheço cantada pelo Rod Stuart, em que ele pergunta: "Have you ever seen the rain come down on a sunny day?". E é uma pergunta que faz todo o sentido, porque a chuva que cai nesses dias, não é igual à chuva que cai, quando o sol já acorda meio frouxo, logo pela manhã.
Não sou feliz há dois anos e 5 meses! Até à data, claro, que nisto da felicidade, uma pessoa nunca se pode dizer curada. Estupidamente feliz! Nem o sei ser de outra forma... É como andar bêbada, ou pior, que eu trabalhei dois meses feliz e duvido que o resultado fosse pior, se bêbada.
É uma luta todos os dias, para não ser feliz!

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

HOW TO BE WRONG!

... "Which brings us to the third and most intractable problem with uniting the right: the ‘r’ word has been so successfully discredited by the left that even conservatives balk at it. It is synonymous with ‘crap taste in music; even worse taste in clothes; uselessness in bed; sexism; racism; a fondness for spanking, tarts dressed as French maids, water sports and semi-auto-asphyxiation enjoyed while masturbating with an orange in your mouth; insider dealing; nimbyism; wanton selfishness; environmental vandalism; philistinism; greed; stupidity; cruelty; mendacity; corruption; xenophobia; closed-mindedness; extremism; bigotry; adultery and round, unvarnished evil’.
I wrote that list (in How to Be Right) in 2007";
By James Delingpool in The Spectator.

É a melhor descrição da direita que já li! Pelo menos aquela direita antiga, dos tempos do meu avô, era mais ou menos isto. Hoje em dia e ao que vejo em Portugal, passa-se exactamente o contrário. O nosso problema é a "s" word e é por isso que a esquerda não se une, os socialistas têm vergonha de dizer, que são socialistas e de esquerda e os que se assumem? Enfim, é por causa deles, que eu tenho vergonha de dizer, que sou socialista e de esquerda.
Em resumo e só para dar umas luzes do pensamento geral: ouve o que eu te digo, não olhes para o que eu faço; o meu umbigo é tão bonito, não consigo olhar para outro lado, ou, o que é meu é meu e o que é teu é nosso; sujidade; abandono familiar; e escolar; barbas por fazer, (eu por acaso até gosto...). E, ao mesmo tempo: conformismo, (já lá dizia a minha mãe: não são comunistas, o que eles são é comodistas!), egoísmo, analfabetismo, chupismo, (não sei se a palavra existe, mas entendem o que quero dizer?), anarquia, pobreza, vodka, açorda, reggae; doenças venéreas; adoração ao demónio e quotas para animais no Parlamento! Quem é que, tendo dois dedos de testa, veste a camisola desta equipa?!
Eu não consigo... mas sou socialista e de esquerda, não haja dúvidas disso!
Não concebo um Estado de Direito Democrático, que não tenha por fim providenciar pela educação, saúde, justiça e segurança dos seus cidadãos. Nem concebo pagar impostos pela existência de um Estado, que quando não anda a vender estes seus fins a privados, anda-me a pedir taxas pela sua utilização. Se a escola e a saúde querem ser públicas, elas só podem ser estaduais, tal como as polícias e os tribunais. Tudo o resto, por mim, podiam vender!
Orgulho-me de ter crescido nesse Portugal dos anos 80, onde filhos de professores, médicos, comerciantes, ciganos, jogadores da bola, emigrantes, agricultores e pescadores, (a grande maioria), estudavam todos juntos, sob o olhar atento e igualitário, da régua do professor Paiva - escola primária nº1, Póvoa de Varzim, turma 86 a 89/90.
Nem acredito, que se possa garantir a qualidade das escolas públicas, bem como dos hospitais ou dos Tribunais, se não formos todos obrigados a ir aos mesmo sítios e a ser atendidos pelos mesmos médicos, polícias, juízes e professores, funcionários públicos, pagos pelos nossos impostos. Televisão pública?! Conservatórias? Telefones? Aviões? Teatros?! Museus?!... Oh pá! Eu vendia isso tudo, ou abandonava, conforme desse mais jeito.
É um bocado radical? Pois é, eu bem avisei que era socialista e de esquerda...

sábado, 8 de junho de 2013

Os Melhores emigram?

Irrita-me solenemente, este novo cliché, que contamina tudo o que é jornalista, político, economista e perito dos mais variados quadrantes do saber! Então, ao que parece, os nossos jovens mais sábios e preparados, ou seja, "os melhores", estão a emigrar! Oh God!
E já agora, nós, os que ficamos, somos o quê? Menos bons? Impreparados? Temos medo de andar de avião? Desistimos de ser "os melhores", porque escolhemos viver no nosso país, junto da nossa família?
É mesmo o insulto que nos faltava. Depois do conselho do primeiro-ministro, que manda os jovens sair da zona de conforto e emigrar, a generalidade da classe pensante ainda nos atira com esta, de que só os melhores é que vão...  
Eu tenho uma teoria diferente sobre os melhores. É que os melhores, que são de facto melhores que os outros todos, têm oportunidades em qualquer lado, até onde elas não existem, eles inventam-nas, porque são, ora lá está, os melhores! Os outros, que podem ser bons, mas não são os melhores de todos, é que têm de voar e procurar os países com oportunidades, muitas oportunidades, de preferência, que é para o caso de não apanharem logo a primeira, nem a segunda e falharem até a terceira. Para estes sim são precisas oportunidades, um mundo de oportunidades mesmo, que eles não são de as agarrar à primeira. Já os melhores, em Portugal, no Japão ou na Somália, sempre há oportunidades. Os melhores vão para onde eles querem ir e se não lhes apetecer ir, ficam, porque lhes apetece ficar e como são os melhores, ora lá está, fazem o que que eles querem fazer!
Tenho muito respeito e dou todo o meu apoio moral aos que tomaram a difícil decisão de emigrar. Desejo-lhes toda a sorte do mundo, mas a minha admiração vai para aqueles que escolhem ficar, porque só os melhores conseguem vingar, nesta merda de pais mai lindo, que é o nosso Portugal!



segunda-feira, 9 de julho de 2012

Quando eu andava na faculdade corria o mito, de um poema escrito por Fernando Pessoa, sobre as pedras que ele encontrava no caminho e do bonito castelo que afinal construiria com elas. Digo mito, porque anos mais tarde li um email muito indignado de alguém que parecia perceber do assunto, a dizer que o poema não era do génio mas de um leigo qualquer. Enfim, para o que eu quero também não interessa e até acho que ficam ambos a perder, o poema e Fernando Pessoa.
O que quero com isto dizer-vos, é que também eu tenho encontrado algumas pedras no meu caminho. Com as primeiras construí uma muralha, (bem bonita e grandalhona), à minha volta, mas as segundas, meus amigos, cuidado, que eu vou começar a atirá-las de volta...

domingo, 8 de julho de 2012

ÉPOCA FESTIVALEIRA 2010

SUPER BOCK SUPER ROCK 2010:
Cut Copy é daquelas que eu baralho muito com Hot Chip, mas parece-me ligeiramente melhor. Deram-nos as boas vindas, ainda de mochila às costas e tenda por montar. Pop/Rock animado e dançante. Daquele a que ninguém resiste a bater o pezinho.
Keane é muito lamechas? Talvez seja, mas eu gosto muito. Uma pop romântica, às vezes ligeiramente dramática, ali a passar a mão no pêlo a Cold Play.
 Pet Shop Boys, tenho de dizer, que já vi concertos de música pimba melhores. Já vi. Mesmo! Dois gajos em cima do palco e uma music box. Mais rudimentar era impossível. Valeu-lhes o público, que sabia os hits todos de cor e deu uma ajuda.
Hot Chip, ora lá está, não é tão bom quanto Cut Copy e tocaram depois, mas foi giro.
Julian Casablancas foi um concerto muito piquinino! O raio do concerto teve aí umas 8 músicas. Três delas dos Strokes, (yeah!!!).
Leftfield, que dizer... foi quase tão bom como Pet Shop Boys…
Ainda no primeiro dia: Vampire Weekend, que abriram as hostes da noite e o que eu gosto deles. Pode-se dizer que misturam o pop rock animado do bom com a música do mundo, (os intelectuais adoram!).
Grizzly Bear? Gzzz! Bah! Podiam ser islandeses, que eu não gostava menos deles por causa disso. Empire of the Sun, como dizer, a música é muito boa, mas eles são mauzitos, ou melhor, bimbos. É mais essa a palavra. Homenagens ao sol em cima do palco, umas vestes à Cleópatra, enfim... 
Prince, que eu andei 3 km para o ver. Sou sincera, quando andei 3 km, o que eu queria mesmo ver era The National, mas não cheguei a tempo. Assim, andei 3 km a pé para ver Prince e valeu a pena! Muito single bonito do príncipe da Pop. Só não cantou o "sacana" sexy, mas das outras cantou todas.

ALIVE 2010
Pearl Jam foi uma declaração de amor do Eddie ao país. Ele está apaixonado e até tivemos direito a serenata. E because what? Because: "We are the best singing croud in the  world"! Isso e as ondas que se apanham por cá. Pareceu-me mais isso.
Não sou grande fã do grunge, mas Pearl Jam e Faith No More são grandes bandas e isso vê-se em palco, independentemente do estilo musical. Entregam-se ao público e dão sempre um grande espectáculo.
Gossip foi uma banda demasiado grande, para uma tenda demasiado pequena. Já não era hora de lhes darem o palco principal?! Senti-me uma mirone a ver o concerto.
LCD Soundsystem, ou o concerto foi muito pequeno, ou eu demorei demasiado tempo a comer. Só (ou)vi duas músicas, mas que gosto muito. Uma delas o: “everybody keeps on talking about it, nobody is getting it done”, que é uma espécie de versão do: “a little less conversation, a little more action”. São daquelas músicas que se deviam trazer na carteira, porque te dão mesmo vontade de fazer alguma coisa. Ou mandar alguém fazer alguma coisa.
Daquelas curiosidades tipo New Young Pony Club ou Florence and the Machine, achei giro, mas não prestei muita atenção.
Para acabar, os Gogol Bordello. São muito bons e para quem se quer divertir é do melhor. Pena que actuem no último dia, uma pessoa tá mais murchita. Já não tenho 20 anos :( 

Quanto aos concertos de apenas duas horas neste 2010 destaco:
Vi muita coisa boa este ano e em três dias seguidos. Parece incrível, mas é verdade: 10, 11 e 12 de Novembro. 
Vampire Weekend, no Campo Pequeno. O melhor que eu posso dizer sobre eles é que são os únicos de entre a música do mundo, que gosto. Músicas muito animadas e letras que contam histórias, enroladas numa língua que se entende. Como se ouvíssemos uma banda de aborígenes da Nova Zelândia, mas que se vestem à betos e cantam em inglês.
The Drums, no LUX. Felizmente, desta vez não apareceu ninguém a meio do concerto para dizer: "Se continuam a fazer barulho, vamos ter de acabar o espectáculo". Juro que eu ouvi isto uma vez no Lux, durante um concerto de Baby Shambles, que interromperam. Desta vez não e olhem que o Sr. Drums bem se abana em cima do palco. Para falar verdade, nem é bem abanar, é uma coisa bem melhor que ele faz a dançar. Parece um barco em alto-mar e passa para as pessoas. Eu própria, quando dei conta, já me abanava assim e é muito relaxante. Uma espécie de rock surfista, tipo pop rock, em ritmo de reggae, mas sem carregar na parte do reggae. Gosto muito deles e desejo-lhes longa vida. Têm um som característico, pois ouvimos The Drums e sabemos logo que só pode ser The Drums. E todos os defeitos disso mesmo, pois as músicas parecem ser sempre a mesma música, (para mim nunca foi grande defeito).
Interpol, também no Campo Pequeno. Descobri que só gosto de uma música daquele que à data era o último álbum, mas gosto muito de muitas outras músicas, de todos os outros álbuns. Não são uma banda muito simpática, nem podiam. É uma música que puxa ao drama, às vezes até à tragédia e isso não é compatível com a simpatia.
James para acabar o ano em beleza, também no Campo Pequeno. Comecei logo a chorar no início, com o Tim a descer a escadaria a cantar: "Oh sit down, oh sit sown, sit down next to me" à capela e depois consegue manter sempre o mesmo nível de emoção e entusiasmo, até à última música do concerto. Nunca desiludem! Só não digo que são melhor ao vivo do que em casa, porque eu gosto muito de os ouvir em casa.

NÃO DEVIAS DIZER ESSAS COISAS BOB

Há uma versão foleira de uma música do Bob que corre por aí e presumo chamar-se "don't worry be happy", que resume o pior da mensagem do Bob, que no original cantava: "don't worry about a thing, cause every little thing is gonna be alright", (e verdade seja dita, tinha mais aquele sentido de compaixão e não de desleixo e "tou-me a cagar", que esta nova versão pirosa lhe dá, mas enfim, já lá vamos...).
Penso sobre o assunto e de fato a afirmação não podia ser mais idiota ou infeliz, porque se de verdade não te preocupares com nada, é muito pouco provável que as coisas te corram bem e se as coisas não te correm bem e tu és feliz à mesma, só podes ser parvo! Eu pelo menos funciono assim, preocupo-me com as coisas, (e fico angustiada, irritada, ansiosa, mal-humorada até!), e se no final as coisas correm bem, eu olho para trás e sou feliz!!!
Quero eu dizer, que se te não preocupas, ainda que as coisas te corram bem, como podes ser feliz? Podes ser apático, alienado, tontinho, mas acredita que não és feliz!

sábado, 9 de junho de 2012

E ANTES DE FALAR DA PRÓXIMA ÉPOCA FESTIVALEIRA QUE TAL UM RESUMO DE 2009.

DE LEMBRAR QUE NESTE VERÃO DE 2009, OS FESTIVAIS, (O PAÍS E O MUNDO), FORAM ASSOMBRADOS PELO ESPECTRO DA GRIPE A E COM TANTO ESPANHOL À SOLTA, TEMI O PIOR…

ALIVE 2009

O dia do metal é o mais concorrido em todos os festivais. Admiro os fãs do metal por isso, são fãs a sério, que gostam de concertos e estão lá, mais do que para ouvir, para apoiar e demonstrar o amor que sentem pelas bandas do seu coração. METÁLICA vale sempre a pena! É de longe a banda do metal que faz menos barulho. Há ali sempre uma melodia, ainda que ténue. SLIPKNOT, por exemplo, já é demais para mim. 10 minutos são um sacrifício, puxo pelos meus sentidos e não sou sensível àquilo, não adianta, (ou então sou demasiado sensível concedo).
Vi KLAKSONS, uma espécie de electrónica com rock a abrir, sem dúvida a melhor banda do palco superbock! Não que a concorrência fosse grande, mas ainda que fosse, chegavam para eles! E TV NA RÁDIO, o som não prestava, pela segunda vez, (a primeira naquele superbock que foi o melhor de sempre…), começo a achar que o problema é da banda!!.
Por outro lado, os fãs de PLACEBO são uma miséria! Provavelmente é a única banda de jeito de que gostam, mas ficam em casa. Ao vivo não se vê fãs de PLACEBO, só malta a curtir o concerto, gente como eu, que até gosto muito de PLACEBO, mas também faço número em BLASTED MECHANISM. Sem dúvida o dia mais apagado do festival, não nos concertos, mas no calor humano, cheio de pessoas que batem palmas e sorriem muito, (gente simpática atenção), mas não cantam.
THE KOOKS, que são uns ingleses vivaços, tocaram e animaram o fim da tarde. Rock pop animado, do bom e com sotaque inglês, (o meu preferido). E PRODIGY! Não é um concerto, é uma viagem de regresso à adolescência e às festas. Tenho momentos de pura histeria com PRODIGY, sobretudo no início de algumas das músicas, até tenho medo de ter um ataque!
Ao fim da tarde, CHRIS CORNELL, conheço mal e gostei muito. Aliás, pouco antes do concerto, comentei com um amigo meu: «Nós já não vimos uma vez este gajo num super bock assim ao lusco fusco?». Não me lembro muito desse concerto, mas tenho guardado no meu coração, o céu laranja de fim de tarde e o rockeiro lindo e sentimental em cima do palco. «Não», disse o meu amigo, «isso era audio slave», pois para mim audio slave e soundgarden é uma gaffe comum… mas gosto muito, não sei se de audio slave, se de soundgarden, provavelmente das duas... Mas adiante…
DAVE MATHEWS é um bocadinho jazz a mais pó meu gosto bimbo, mas reconheço que as demonstrações de guitarra e na bateria são fenomenais e se o Alive fosse um concurso, DAVE MATHEWS ganhava certamente … mas em não sendo, os momentos em que ele realmente cantava é que foram realmente muito bons!
Perdi THE TING THINGS e FISCHERSPOONER. No Alive há escolhas a fazer e estas foram as minhas.



SUPER BOCK SUPER ROCK PARTE II 2009


KILLERS gosto muito do 1º álbum e mais ainda do segundo, só podia ser um grande concerto, (tudo o resto foi absolutamente deprimente neste festival e quem lá esteve sabe do que falo)!


PAREDES DE COURA 2009


Vi grandes bandas este ano! Muita repetição, mas coisa que vale a pena pá!
FRANZ FERDINAND, NINE INCH NAILS e THE HIVES, qual deles o melhor! FRANZ FERDINAND sem dúvida! Embora NINE INCH NAILS também tenha sido muito emotivo. THE HIVES eu gosto, é uma música enérgica, um bom espectáculo, mas aquele vocalista é no mínimo estranho… PEACHES fiquei chocada! Nunca me tinha acontecido tal num concerto, (e olhem que eu já vi Marlyn Manson e 50 Cent e coisas assim capazes de chocar uma pessoa…), nem sei se gostei ou não, mas foi marcante sem dúvida.
SUPERGRASS é uma grande banda de festival, não que a banda em si seja memorável, mas as músicas são apropriadas e têm aqueles hits que toda a gente sabe cantar. Bem bonito! E como em Paredes de Coura há sempre boas surpresas. Destaco JARVIS COCKER, o vocalista dos grandes Pulp, p’ra mim, que não cresci a tempo de os ver ao vivo, foi um belo prémio de consolação e o último álbum, para quem gosta de Pulp, é mais ou menos a mesma coisa.

JÁ DOS CONCERTOS COM APENAS DUAS HORAS NESTE 2009 DESTACO:
KAISER CHIEFS foi a puta da loucura, p’ra falar bom português. OASIS, fui sozinha a este concerto e isso é muito triste, de entre os amigos que curtiam OASIS na adolescência, apenas sobrei eu … Em compensação foi um bom concerto, digo mais, tendo em conta a fama dos manos Galagher, foi um sucesso! DEPECHE MODE, a idade não passou por eles. Acordei tarde para DEPECHE MODE, já andava na faculdade quando percebi porque faziam eles parte dos grandes e posso dizer sem assombro, que foi dos melhores concertos da minha vida, (e tenho dito!).
FRANZ FERDINAND, (no campo pequeno), PRODIGY, (pavilhão atlântico a rebentar pelas costuras e muito adolescente a fumar ganzas…) e last e um nadinha least, EDITORS!

Ah! E pelo meio, com a minha mãe, CAMANÉ.

domingo, 13 de maio de 2012

SAUDADES SAUDADES SAUDADES!!!


     Sinto falta da casa dos segredos! E do big brother, da quinta dos famosos, dos famosos na tropa, dos sem ser famosos fechados em casa só e mais nada… 
     A verdade é que deixei de ver novelas, desde que surgiram os reality shows. Se no início dos programas, os actores da novela parecem mais genuínos, ao fim de dois meses, aquela gente dos concursos já não tem a noção, (acreditem que eu vejo e não têm…), e a partir dali é ser humano puro e duro que temos, 24 horas por dia, como todos nós gostamos!
     Eu e um dos meus mais porreiros compinchas temos vários motes de conversa em comum, a trica política, os meandros do direito e até há bem pouco tempo atrás, a casa dos segredos, (nada como o desfrute do próximo, para cimentar uma boa amizade).
     Na penúltima casa dos segredos, (um dos que eu mais gostei!), como em todos os reality shows, houve um Zé Maria de nome António. O pastor dono de uma casa de alterne. Por assim dizer, de dia pastoreava as ovelhas e durante a noite alternava as senhoras.  A mim, o que mais me surpreende nestes programas, não é tanto os segredos, (que são de uma banalidade atroz em alguns casos e do pura e simplesmente deprimente noutros), é a falta de perspicácia dos concorrentes para adivinhar os segredos uns dos outros. Já o concurso ia nas últimas semanas e só faltava descobrirem o segredo do António, as palavras “casa” e “alterne” apareciam mais que nossa senhora em Maio e ainda assim, os seus coleguinhas achavam que, quanto muito, a mãe dele teria já trabalho num bar de alterne…   
     Outra personagem linda era a Andreia, a tia da casa, também outro segredo daqueles, aliás, tinha dois, mas ao fim de poucas semanas revelou logo que o grande amor da sua vida era um homem do futebol, de nome Jorge Nuno… O outro segredo da Andreia por sua vez, aquele que cá fora toda a gente sabia, (os leitores do correio da manhã vá), mas lá dentro todos tentavam infrutiferamente descobrir para ganhar uns trocos, é que a Andreia já foi acompanhante de luxo! Hãaaaa!!??!! Naquela casa já adivinharam uma data de segredos, mas o da Andreia… Qual será? Ela diz que já trabalhou num banco e num cabeleireiro e que o homem que melhor a tratou na vida foi o tal Jorge Nuno do futebol, mas também não diz muito sobre os outros homens da vida dela, o que deixa uma pessoa a pensar se isso diz mais do Sr. Jorge Nuno ou da falta de sorte da Andreia... O António, (o pastor do alterne), lá vai dizendo, “a Andreia mente muito”, mas nem um perto de adivinhar o difícil segredo de Andreia. 
     Uma das tontas da casa, entre os teens os e os twenties, daquelas que não sabe se quer ser cantora, actriz ou modelo e que se não tiver juizinho naquela cabeça, há de acabar em mulher de alterne, já teve um caso com um jogador da bola da selecção nacional. É este o segredo da moça. Tenho que confessar que eu também não percebo esta parte, porque se é segredo, a família dela sempre soube, a do jogador da bola também e o correio da manhã descobriu logo o segredo e tem sido uma peixeirada, porque dizem que a moça só quer fama! E ainda que fosse de facto segredo, que não era, que raio de segredo é este?! Quantas moças não terão segredo igual? Na minha equipa de voleibol, juvenis femininos do desportivo da Póvoa, (vice campeãs nacionais, perdemos contra o Espinho, VA***!!!), era uma mina de segredos então!! “Já lesionei o perónio a um jogador da selecção nacional, quando fazíamos amor, antes da ida dele para o mundial”, isto sim era um segredo, (digo para o meu amigo)!!! 

     E depois há aquela história fabulástica do homem cujo segredo era o pai ser o estripador de Lisboa e não só não deixam o homem entrar na casa, como ainda telefonam à polícia. Eu por mim telefonar à polícia acho bem, mas podiam deixar o homem entrar na casa à mesma e guardar o segredo não?! 
     Bom, só vos digo, saudades, saudades, saudades!... Para o próximo podiam por exemplo agarrar nos melhores e voltar a fechá-los numa casa durante 4 meses, ou uma só com Zé Marias, ir por aí, pelo interior e alentejos deste país e encher uma casa de doze Zés Marias! I’ll watch that!
   

sábado, 14 de maio de 2011

E o problema do país, oh troika, é ...

O problema do país oh senhores do FMI, BCE e CE são três como V. Exs.! O primeiro é que os contribuintes despendem de uma parte do seu salário para o entregar ao Estado, a título de impostos, taxas e as mais variadas contribuições e o Estado, sem pudor nem piedade, atira o dito pela janela fora. Perante este cenário, metade dos portugueses fica à janela do Estado à espera que caia algum para o seu lado, que nem amigas da noiva na hora de atirar o bouquet, (e podemos censurá-los oh senhores do FMI, BCE e CE?). Já a outra metade, que prefere viver a vida e fazer por ela, não quer dar do seu ao Estado, (e novamente oh senhores do FMI, BCE e CE, podemos censurá-los?).

São uma espécie de favela do Rio de Janeiro as nossas finanças públicas, se correr o bicho pega, se ficar o bicho come,,,

Só vejo uma solução para isto e modesta, muito modesta: começar pelo princípio. Se arranjarem forma de o Estado deixar de atirar dinheiro pela janela fora, creio bem que a metade dos portugueses que está à janela, acabará por perceber que tem mesmo de trabalhar. Isto feito, não há-de ser difícil convencer a outra metade a contribuir atempada e justamente com os seus impostos, taxas e variadas contribuições. 

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

"Ai e porque o Sr. Professor Eduardo tinha combinado com o ministro às 12h para assinar o acordo a que tinham chegado na véspera, apanhou uma seca de 4 horas e quando o ministro chegou vinha com uma contra proposta definitiva... Ai e porque o Governo é mau e não quer chegar a acordo... Ai e que eles ontem diziam que sim e agora dizem que não... Mas não se estava mesmo a ver que ia ser assim, este Governo negociou alguma vez, alguma coisa, com a oposição?! Ou bem que tinham assobiado para o lado desde o início, ou bem que me chumbam aquela merda porque o orçamento é mau e o Governo intransigente! Agora esta telenovela de "nós estamos a tentar ajudar e eles são maus e burros e não querem perceber"... CHUMBEM-ME ESSA MERDA CARALHO!
Há mais de um ano que não escrevo no meu blogue é um facto, mas tinha mesmo de desabafar isto!

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

São os Preços Sempre Baixos da Líbia!

"Ouça lá Monsieur Kadafi, quanto quer pelas cinco enfermeiras búlgaras e o médico palestiano?"
"Ora seis enfermeiras búlgaras, mais um médico palestiano ... hum... bom... como é para si, eu vendo-lhe isso por um terrorista líbio em estado terminal. É pegar ou largar."
"Mas posso pagar isso faseadamente?"
"Bem, dou-lhe o desconto e ainda quer facilidades de pagamento?"
"Oh! Oui, mas é muito caro, eu não tenho nada disso em stock no momento."
"Ai Ai, então fazemos assim, manda-me a sua mulher aqui para levar a encomenda e diferimos o pagamento lá para 2009?"
"Negócio fechado Monsieur Kadafi."

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Uma Edite Estrela em cada Tribunal Já!

Duvidoso, insólito, estranho, curioso, indicioso e insidioso até, porque não … mas imprudente?! Ser imprudente implica levar a cabo uma acção e não tomar as devidas precauções. Sair à rua no início da Primavera, sem um bom casaco; comer amêndoas de chocolate na Páscoa, como se não existisse cabrito e pão de ló na mesa; ou ser-se candidato às europeias e não tirar o bigode!Tudo isto são comportamentos deveras imprudentes.

O “date” entre o presidente de um clube de futebol, na véspera de um jogo de futebol da sua equipa, com o árbitro que vai apitar esse mesmo jogo de futebol, é um comportamento deveras imprudente? Eu pessoalmente acho que depende, pode ser imprudente, pode ser precavido e em certos casos, até pode ser arriscado. Mas de bom grado, ninguém usa esse adjectivo para censurar o encontro. Pressupõe que se censura não o comportamento, mas as circunstâncias em que ele se deu.


“Querem falar de fruta procurem um parque de estacionamento ou um descampado! Encontros com árbitros sim, dar estrondo não! PUM!”