terça-feira, 7 de agosto de 2007

zambujeira do mar 2007!

De realçar as declarações de um adolescente na sinopse do festival transmitida pelo jornal da noite, "Acho que há muita droga por aí", disse o jovem adolescente com um misto de tristeza e desilusão no olhar. Declarações bonitas que me sensibilizaram, mas a meu ver inadequadas.


Lembram-me uma conversa ao telemóvel com a minha mãe no decorrer do festival. O prólogo do costume, "está tudo a correr bem?"," foste à praia?", "puseste protector?", "quantos banhos tomaste?". Por fim a bonita mas inadequada pergunta, " e as condições como é que são as condições?". Nestas alturas eu tenho que trazer a minha mãe, à minha realidade e dizer-lhe, que a música é muito boa, as bandas do melhor, o pão com chouriço e as bifanas nada a apontar e o espírito impecável, mas condições, condições é coisa que não existe por aqui. Quero com isto dizer que, assim como ninguém vai à zambujeira à espera de encontrar condições, também ninguém está espera que as pessoas aguentem a provação sóbrias. Eu sou da opinião que o vallium e o xanax deviam ter a sua própria barraquinha no festival. E, já agora, o psicológico devia deixar de vender cachorros e burguers e passar a fazer jus ao nome, existindo como barraquinha de apoio psicológico ao festivaleiro. Sobretudo de manhã, sabe deus a falta que me fazia algum apoio psicológico... Nas manhãs mais difíceis, em que me questiono do porquê de repetir a experiência, digo a mim mesma que se por um terrível acaso do destino tivermos que sobreviver num campo de refugiados nós, os festivaleiros, seremos os mais bem preparados... E se puserem música lá no campo aposto que até conseguimos ser felizes!..