sábado, 14 de maio de 2011

E o problema do país, oh troika, é ...

O problema do país oh senhores do FMI, BCE e CE são três como V. Exs.! O primeiro é que os contribuintes despendem de uma parte do seu salário para o entregar ao Estado, a título de impostos, taxas e as mais variadas contribuições e o Estado, sem pudor nem piedade, atira o dito pela janela fora. Perante este cenário, metade dos portugueses fica à janela do Estado à espera que caia algum para o seu lado, que nem amigas da noiva na hora de atirar o bouquet, (e podemos censurá-los oh senhores do FMI, BCE e CE?). Já a outra metade, que prefere viver a vida e fazer por ela, não quer dar do seu ao Estado, (e novamente oh senhores do FMI, BCE e CE, podemos censurá-los?).

São uma espécie de favela do Rio de Janeiro as nossas finanças públicas, se correr o bicho pega, se ficar o bicho come,,,

Só vejo uma solução para isto e modesta, muito modesta: começar pelo princípio. Se arranjarem forma de o Estado deixar de atirar dinheiro pela janela fora, creio bem que a metade dos portugueses que está à janela, acabará por perceber que tem mesmo de trabalhar. Isto feito, não há-de ser difícil convencer a outra metade a contribuir atempada e justamente com os seus impostos, taxas e variadas contribuições. 

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

"Ai e porque o Sr. Professor Eduardo tinha combinado com o ministro às 12h para assinar o acordo a que tinham chegado na véspera, apanhou uma seca de 4 horas e quando o ministro chegou vinha com uma contra proposta definitiva... Ai e porque o Governo é mau e não quer chegar a acordo... Ai e que eles ontem diziam que sim e agora dizem que não... Mas não se estava mesmo a ver que ia ser assim, este Governo negociou alguma vez, alguma coisa, com a oposição?! Ou bem que tinham assobiado para o lado desde o início, ou bem que me chumbam aquela merda porque o orçamento é mau e o Governo intransigente! Agora esta telenovela de "nós estamos a tentar ajudar e eles são maus e burros e não querem perceber"... CHUMBEM-ME ESSA MERDA CARALHO!
Há mais de um ano que não escrevo no meu blogue é um facto, mas tinha mesmo de desabafar isto!

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

São os Preços Sempre Baixos da Líbia!

"Ouça lá Monsieur Kadafi, quanto quer pelas cinco enfermeiras búlgaras e o médico palestiano?"
"Ora seis enfermeiras búlgaras, mais um médico palestiano ... hum... bom... como é para si, eu vendo-lhe isso por um terrorista líbio em estado terminal. É pegar ou largar."
"Mas posso pagar isso faseadamente?"
"Bem, dou-lhe o desconto e ainda quer facilidades de pagamento?"
"Oh! Oui, mas é muito caro, eu não tenho nada disso em stock no momento."
"Ai Ai, então fazemos assim, manda-me a sua mulher aqui para levar a encomenda e diferimos o pagamento lá para 2009?"
"Negócio fechado Monsieur Kadafi."

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Uma Edite Estrela em cada Tribunal Já!

Duvidoso, insólito, estranho, curioso, indicioso e insidioso até, porque não … mas imprudente?! Ser imprudente implica levar a cabo uma acção e não tomar as devidas precauções. Sair à rua no início da Primavera, sem um bom casaco; comer amêndoas de chocolate na Páscoa, como se não existisse cabrito e pão de ló na mesa; ou ser-se candidato às europeias e não tirar o bigode!Tudo isto são comportamentos deveras imprudentes.

O “date” entre o presidente de um clube de futebol, na véspera de um jogo de futebol da sua equipa, com o árbitro que vai apitar esse mesmo jogo de futebol, é um comportamento deveras imprudente? Eu pessoalmente acho que depende, pode ser imprudente, pode ser precavido e em certos casos, até pode ser arriscado. Mas de bom grado, ninguém usa esse adjectivo para censurar o encontro. Pressupõe que se censura não o comportamento, mas as circunstâncias em que ele se deu.


“Querem falar de fruta procurem um parque de estacionamento ou um descampado! Encontros com árbitros sim, dar estrondo não! PUM!”

quarta-feira, 22 de julho de 2009

É a Crise Estúpido!

Eu deixei de presumir a inocência de Dias Loureiro a partir do momento em que o senhor disse, “no BPN eu só assinava papéis!” Assim como quem diz, “eu no BPN só ia comprar o pão!” Não é que presuma o senhor culpado, mas temo seja …

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Dica da Semana

Deus vai dar um espectáculo e está em falta de artistas. Em menos de uma semana, Michael Jackson, Farrah Fawcett e Pina Baunch foram convocados. Nada está para já garantido quanto à chamada de mais estrelas ao além, mas o elenco promete. Michael numa coreografia de Pina e Farrah … a apresentar o espectáculo?!


Em nota de imprensa S. Pedro mandou informar e passo a citar, “Vai ser quase tão bom como aquele evento de 97, em que juntamos a princesa Diana e a madre Teresa!”.

Por isso já sabe, se pensa com frequência no suicídio, esta é a semana!

800 202 009... Tiiiiii… Tiiiiiii …

Linha telefónica PSD boa tarde!
Boa tarde! Eu tenho uma sugestão para o país.
Então faça favor, queremos ouvir os portugueses.
Eu acho que Portugal devia ter um rendimento máximo!

Em contraposição ao salário mínimo, definia-se, também, um rendimento máximo! Até podiam usar o mesmo diploma!
Hum… e tem alguma ideia de como calculava isso?!
Tenho sim senhora, também tenho uma sugestão para o país sobre isso.
Então força, estamos cá para ouvir os portugueses, precisamos de todos...
Calculamos o salário médio e nenhum português podia auferir rendimentos superiores a, por exemplo, o quádruplo desse valor!
Hummm… Muito bem … Já anotamos a sua sugestão para o país e vamos passar a chamada à linha do PCP. Boa tarde e não desista!

Ti ti ti ti tiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii

É UM DITO POPULAR MAS NÃO É ESSE!

Gosto muito daquela alusão do PS sobre o Banco de Portugal e o seu Governador, de que se corre o risco de correr atrás do polícia que deixou fugir o ladrão!
Também acho mal prender o polícia só por causa disso, mas se o polícia deixa constantemente fugir o ladrão, o bom senso aconselha, que se mande o polícia fazer outra coisa… comercial de vendas por exemplo...

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

E SE FREUD NÃO EXPLICA LA FONTAINE DÁ UMAS LUZES!

“Vocês estão mais preocupados com a Dra. Manuela Ferreira Leite e eu estou preocupado com o Sr. José Sócrates.”


By Alberto João J.


E com o tio e com o primo dele… E com o ex secretário de estado do ambiente que mais parece um boneco do primeiro-ministro criado para prestar esclarecimentos… Tudo isto também me preocupa muito!
Mas Alberto João não se ficou por aqui, uns dias depois lança a pergunta: mas porque é que o Procurador-geral da república tem de vir dizer que o primeiro-ministro não é arguido?

É um fenómeno! Na mesma semana, Alberto João Jardim consegue fazer duas observações fatalmente assertivas em 30 anos?! de oscilação entre baboseiras e javardices.


Comecemos pelo fim, faz algum sentido o Procurador-geral da república dizer que o primeiro-ministro não é arguido? Noutra qualquer situação não faria sentido, já que é impossível uma pessoa ser arguida num processo e não ter conhecimento do facto. Sucede que, neste Portugal em que vivemos, o primeiro-ministro dizer que não é arguido em nenhum processo é o primeiro passo para toda a gente acreditar que ele é arguido no processo. As declarações do procurador dizem muito sobre a boa vontade do mesmo, mas, dizem mais ainda sobre a credibilidade do nosso primeiro-ministro. Depois da licenciatura ao domingo, dos projectos da Guarda assinados pelo “Sr. Eng.” e do clássico não vou subir os impostos, (sem falar das petas quotidianas de relatórios abonatórios da OCDE que no final se revelam relatórios dos amigos feitos sob critérios da OCDE), etc. etc. … Ninguém acredita no primeiro-ministro! O Procurador-geral da república já disse três vezes que o primeiro-ministro não é arguido e Portugal? Portugal continua preso à dúvida de que tudo não passa de uma questão de tempo. O problema do primeiro-ministro resume-se a duas palavras: confiança e respeito, duas qualidades que ele não inspira.

sábado, 3 de janeiro de 2009

Época Festivaleira, o Balanço!

ALIVE 2008

O Oeiras/optimus alive foi o meu primeiro do ano. Gostei bastante! Boa música para se abanar o pacote aos ritmos mais variados, como Buraka, por exemplo, que é excelente para abanar o traseiro, voltei a descobrir movimentos no meu de que não sabia ser capaz. Já de Hives, (fastmusic da melhor qualidade), é excelente para abanar a franja, mas bom bom é quando conseguem abanar-te a franja e o traseiro, tudo ao mesmo tempo. Ao estilo Gossip, um concerto pequenino mas muito intenso.
É verdade, optei por Gossip em detrimento de Neil Young. Depois da banhada Bob Dylan achei melhor não arriscar mais na terceira idade, ouvi o grande hino e pus-me na alheta para a tenda. Ao longe ainda consegui ouvir o “the needle and the damage done”e tive pena de não ter esperado mais 5 minutos, até porque os gossip chegaram bastante atrasados.
Outra das decisões difíceis a tomar foi entre National e a sensação do momento, MGMT, ouvi duas músicas destes últimos e abalei para rever The National, (tenho dúvidas se segui o melhor caminho e vou ter de viver com isso).
Gogol Bordello foi giro, mas uma brincadeira de crianças quando
comparado com o concerto de Paredes de Coura no ano passado. Ben Harper fechou o festival e como sempre esteve muito bem, cheiraram-se as férias de verão a aprochegar. Os dois australianos e o californiano, (a malta do surf em geral), também não destoaram e foram três fins de tarde muito agradáveis,(John Butler Trio, Xavier Rudd e Donavon Frankenreiter).
Já Vampire Weekend, os que viram acharam muito bom, eu, trabalho!

ROCK IN RIO, EU ATÉ NEM ERA PARA IR .., MAS FUI 2008

Um dia e tenho dúvidas se o devia incluir no rol. Lá não há bifanas no pão e escasseiam as pessoas a fumar ganzas à tua volta. Tirando os adolescentes todos bebem cerveja comedidamente e encores nem vê-los! Vê-se um isqueiro aqui e outro acolá, mas não é bem um festival, quanto muito uma série de concertos seguidos. Ainda assim cá vai:

Muse, Linkin Park, Kaiser Chiefs, Offspring e mesmo Orishas ... é uma bela desculpa?!

PAREDES DE COURA 2008

Paredes de Coura é que vale sempre a pena, mesmo que o cartaz seja fraquinho, como sucedia este ano. O contacto com a natureza, as sombras verdes e abundantes que circundam todo o recinto, a pontezinha de madeira que nos leva do acampamento aos concertos, o próprio snobismo do jazz e poesia na relva durante a tarde, é absolutamente perdoável naquele ambiente, (e bem mais agradável que o espírito feira popular reinante em todos outros).. Não é preciso esperar 3 horas para se comer um bom bife com arroz e batatas fritas, na vila que é já aqui ao lado, ou melhor acima, pela rua que faz as pernas boas e nos leva até à cidade … Ah! Que saudades!
No 1º dia tivemos uns vibrantes x-wife, já os tinha visto num superbock superrock. São de manter debaixo de olho e valem a pena o bilhete para um concerto. Quanto aos suecos Mando Diao fizeram a noite valer a pena ao som de pop rock frenético. Por outro lado, Bellrays é uma viagem no tempo, algo de Whitney Houston e do estilo musical que a lançou nos idos 80’s, digamos apenas que, no mínimo, destoou naquela noite. Para acabar a noite a desilusão Sex Pistols. O John tá velho, chato e faz muito barulho, houve saudações a Alá e a Jesus durante a noite, impropérios contra Bush, mas música mítica e inspiradora de bandas é que não!


Seguiu-se um 2º dia que foi uma fartura só de música bonita. The Rakes abriu a noite, pop rock animado, britânico e letra deprimente é a minha imperial ou “cup of tea” como dizem os bifes. Seguiram-se os The Sounds, uma suecada mais electrónica. Bom concerto, mas não sou muito sensível ao género, muita electrónica e pouco sumo… e Editors! É a minha banda do momento de há um ano para cá. Nunca lhes vi um concerto bonzinho sequer, são todos concertos da minha vida. A energia e a voz do Tom ajudam em muito, mas são sobretudo as guitarras que têm dó de mim… A minha amiga Filipa diz que parece sempre a mesma música e eu percebo, e até sou capaz de concordar com a afirmação, mas riposto, é sempre a mesma mas é muito boa?! Quando assim é vale a pena o repeat!


SUDOESTE 2008


O melhor da Zambujeira? A música. O pior? Tudo o resto.
O 1º dia, do ponto de vista objectivo, tenho de acatar que era um bom alinhamento, mas subjectivamente falando, não valia o dinheiro do bilhete e muito menos, mais aquela noite dormida no chão. Clã que seria certamente o melhor concerto da noite, ainda estava às voltas com a tenda, (não confundir com andar às voltas na tenda que é bastante mais divertido). Do que ouvi lá ao longe foi uma pena, já que ia montar o bicho de noite e ia, bem podia ter deixado isso para mais tarde.
Chemichal Brothers foi um bom concerto, mas muito em banho maria, esperava algo mais poderoso. Vi-os já lá vão uns anos, em Julho, algures em Algés se bem me lembro (e não fosse o cheiro a caca, ou se calhar por isso mesmo), achei o alinhamento bem mais intenso.
Tinder sticks é muito bom em concerto, (em casa é naquela …) ao vivo vale a pena! Vi também, já pela terceira vez, Goldfrapp. Não faço de propósito, mas é uma banda que me persegue para todo o lado. Notei-os mais zen, no bom sentido da palavra.
Xutos e Pontapés, se esquecer o facto de que os estou a ver pela milionésima primeira vez divirto-me bastante, como foi o caso.
E Franz Ferdinand foi memorável, (alguém se lembra que a energia pifou duas vezes logo início?, eu não …!?) São uns artistas os rapazes da Escócia, cruzam guitarras no ar, fazem solos de bateria a quatro e Alex Kapranos é contagiante. O melhor deixa-se para o fim, como deve ser!

Tenho um aparte a fazer neste balanço e este é o local adequado, pois foi no Sudeste, (mas também se viu muito disso no Alive), que mais senti o mote deste aparte. Não faz sentido dar alternativas ao mesmo público. Quero com isto dizer que colocar Cut Copy e Junior Boys, mais ou menos às mesmas horas que Shout Out Louds e Franz Ferdinand, não é só estúpido, é profundamente maldoso!


FESTA DO LEITÃO 2008


James foi o final perfeito, nunca durante um concerto disse tantas vezes a frase, acho que vou chorar. Já para o fim, ainda faltavam pelo menos três daqueles grandes hits, eles ameaçaram sair do palco e não mais voltar. Foi dramático, as pessoas começavam a desmaiar, tal o desejo de os ouvir … e eles tocaram os 3 grandes hits que faltavam e mais uma música nova de bónus. Im-pe-cá-vel!


Ah! E o leitão também esteve muito bem, estaladiço, gorduroso q.b., com batatinhas e saladinha, tudo muito afinado.


JÁ DOS CONCERTOS COM APENAS DUAS HORAS NESTE 2008 DESTACO:

Baby Shambles no lux logo a abrir 2008, o público e a banda estavam preparados para um grande concerto, mas infelizmente a produção não estava. Cure em Março que foi um sonho tornado realidade! Editors no Campo Pequeno e Hives no Coliseu, foi sem dúvida um começo auspicioso, mas este final de 2008, infelizmente, não o acompanhou. Gogol Bordello? Já vi, (duas vezes). Cansey de ser sexy? Já vi, (uma vez). E Cut Copy? Nunca vi mas podia ter visto.
O problema nem é o repetir, mas o que se repete. O ano passado por aquela altura, já tinha visto for the first time ever, Editors e Interpol!

Muito fraquinho este final de 2008 …

Manuel Alegre do ponto de vista futebolístico!

Manuel Alegre tem jogadas muito tristes. A última de pedir esclarecimentos à bancada do PS é deprimente e tenho dificuldades em não chamar àquilo falta de carácter. Tenho uma visão um bocado primária da política e para mim integrar um partido e vestir a camisola para jogar do lado de uma equipa é a mesma coisa. Imaginem um jogador do Benfica marcar um golo na própria baliza e justificá-lo com a necessidade de equilibrar o jogo! A metáfora não é a melhor mas ainda assim não me parece bem. Acho arrogante da parte de Manuel Alegre pensar que pode discordar publicamente do PS em todas as decisões e ainda assim continuar a ser PS. Manuel Alegre tem capital político para concorrer como independente em qualquer eleição deste país, mas mesmo assim, prefere fazer oposição ao PS da bancada do PS. Basicamente, é isto que me afasta de Manuel Alegre, o idealismo sobrepõe-se à honestidade ...

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Uma da manhã, Ei! Bem Bom duas da manhã, CHHHHHH! Sejamos honestos, não combina com o bairro alto

Depois da higienização, eis que agora também temos de fazer pouco barulho no bairro a partir das duas. As duas questões têm natureza diferente, mas a conclusão é só uma, comerciantes de bares e restaurantes tem de aprender a LUTAR POR AQUILO QUE É SEU!


Sobretudo no que diz respeito à actuação da ASAE, o problema não é político é de Direito e os comerciantes não estão defender os seus.
Neste momento, a ASAE quer que restaurantes e bares tenham os critérios de esterilização de um bloco operatório, com o senão, de estes últimos terem mais condições para o fazer e não serem tão severamente fiscalizados. Os comerciantes do bairro alto estão representados por pessoas que podem perceber muito do negócio mas não percebem nada de política e muito menos de direitos, o que neste campo significa estar mal representado. Só isso explica que ASAE, Polícia e Câmara se comportem como se aquilo fosse “o da Joana” . Todos levantam autos e descem multas sem que um piu se ouça, com medo de retaliações. Falem com o Sá Fernandes ou o Garcia Pereira se preciso for, (O João Nabais parece-me bem), mas arranjem-me um mister a sério que lidere a equipa. Vejam o exemplo do Mário Nogueira na educação.
Não é digno de uma democracia que um inspector da ASAE, um PSP, ou um polícia municipal, possam de surpresa fiscalizar um bar sem um mandato de um juiz. Seja para ver se os copos estão mal lavados, em busca de CD’s piratas ou para desmantelar um rede de imigração ilegal, ninguém deveria poder entrar num estabelecimento para fiscalizar, sem o prévio mandato de um juiz, específico para aquele caso e aquele estabelecimento. A ASAE deve fiscalizar regularmente os bares e restaurantes, mas essas intervenções tem de ser agendadas e os seus critérios têm de ser práticos, claros e exequíveis, ou seja, o contrário do que são hoje em dia. Se querem entrar à herói e ver a arca, abrir o fogão e o frigorífico, tipifiquem o crime e passem a bola a quem de direito. O que se passa com os comerciantes de bares e restaurantes hoje em dia, da lei do tabaco à lei da lixívia, é imoral e muito pouco democrático!


Já a questão do “Pouco barulho a partir das duas ou vou começar a passar autos”, é uma questão política e tem de ser atacada enquanto tal. Dizem-me, que aos apelos da associação de comerciantes António Costa respondeu com um indignado, “estão-me a fazer um ataque político?!”. Infelizmente não estão, mas deviam. Porquê o tom indignado?! António Costa preferia um ataque mais pessoal, uma espera à porta de casa e um enxerto de porrada dos comerciantes e frequentadores do bairro alto? Vontade juro que não me falta, mas acho o ataque político mais correcto…
Nunca me imaginei dizer isto, mas já estou por tudo, até faço campanha por Santana Lopes! Só espero, sinceramente, não ter de chegar tanto.

Primeiro há que fazer uma manif. Quando a discordância é política a resposta tem de ser muita gente na rua, uma visão augure dos que não votam António Costa nas próximas eleições. Há um provérbio popular que diz, quem está mal muda-se, e perdoem-me a frieza mas parece-me ser o caso. O bairro alto é há dezenas de anos (senão centenas), um local dado ao basqueiro até de madrugada, quero com isto dizer, ninguém foi para lá morar enganado, querem pouco barulho à noite vão viver para Telheiras ou para São Domingos de Benfica, onde a partir das 10 os cafés estão fechados e não se vê vivalma na rua. O bairro é, em Lisboa, a parte da cidade que pouco ou nunca dorme e faz sentido que ele exista e se mantenha assim, porque oferta de bairros residenciais desertos às 10 da noite é coisa que não falta nesta cidade, (deprimente para uma pessoa como eu que gosta de barulho na rua até à meia noite, pelo menos). Não é, nunca foi e esperemos não venha a ser um bairro residencial. Claro que não sou contra casas de habitação no bairro alto, mas só para quem sabe o que o espera e por isso quer ir para lá viver, (e não sou poucos bem sei). A medida de António Costa é uma má decisão política e os descontes têm de se organizar e sair à rua.

Há no bairro alto uma economia que pode funcionar e que em muitos casos já funciona. Pagam-se rendas, impostos, segurança social, dão-se postos de trabalho, (e alguns são estudantes que pagam assim os seus cursos). O bairro merece a atenção da polícia mas não é para nos defender do comerciante que continua com o bar aberto depois das duas da manhã. A agressividade que se sente no tratamento dado aos que põe a economia a funcionar não é compatível com o respeito que a autoridade almeja.

terça-feira, 4 de novembro de 2008

A Crise pelo Lado Direito.


É verdade! Tenho uma costela comunista!.. E no que toca a dinheiros é ela quem manda.
Na minha opinião, (humilde, sincera e até mesmo um pouco ignorante), arrisco a dizer que o problema está nesse mito romântico implementado como costume, de que o dinheiro não tem grande valor, nem muita importância. O dinheiro é muito ambicionado, todos o procuram e o querem ter, mas quando o têm poucos o estimam com o amor, o carinho e o respeito que ele merece. Quantos, quando o gastam, se preocupam em saber a que mãos vai parar e o que vão fazer com ele?

Mas tenho também uma costela pró mercado e se bem me lembro da minha economia política que já vai longe, (não que alguma vez tivéssemos sido muito chegadas…), o capitalismo, ainda que selvagem, definia-se numa só ideia, consumir riqueza de forma alarve, gerando ainda mais riqueza!
Nos nossos dias apenas se verifica a primeira premissa do capitalismo, o mercado engole quantidades absurdas de dinheiro que não multiplica ou sequer devolve! Isto não é capitalismo, é apenas selvagem …

O Lado Esquerdo da Crise.

Era uma vez, um senhor americano negro que tinha um sonho. Um sonho muito bonito, que envolvia senhores de todas as cores sentados à mesma mesa.
Eu também tenho um sonho! É mais comedido... e sobre vários senhores de colarinho branco todos sentados no mesmo poleiro.
No meu sonho, a grande inovação é o fim social do Estado, que é, ora cá vai, social.
Existe apenas como garante da educação, da saúde, da promoção pelo mérito, da segurança física e psicológica dos seus cidadãos … Já não o é, infelizmente, no meu sonho, garante da liquidez dos bancos, (deve ser da costela comunista que tenho dentro de mim, estas coisas reflectem-se no subconsciente…)
No meu sonho, se os bancos perdessem liquidez, ou, por outras palavras, falissem, o Estado deixava-os cair, enterrava os administradores em dívidas que haviam de pagar até ao fim das suas miseráveis vidas e ajudava os cidadãos lesados na medida das suas possibilidades e da carência destes. Mas isso era no meu sonho …

terça-feira, 21 de outubro de 2008

“O Estado não está a dar dinheiro aos bancos. O Estado apenas vai garantir a sua liquidez!”

In Prós e Contras

By: um de entre quatro banqueiros que lá se encontravam a semana passada.

Pequeno Aparte: Discutir e debater a crise financeira, avaliar os prós e os contras como diz o dito, com quatro banqueiros, dois de um lado e outros dois no outro, não terá resultados um bocadinho viciados?

E se me permitem outro pequeno aparte: Quando uma instituição tem como fim principal, aceitar depósitos e conceder empréstimos de DINHEIRO, a existência de falta de liquidez na dita não se chama FALÊNCIA?

E só mais um pequeno aparte, (prometo que é o último..?): Se eu investir as minhas chorudas poupanças em títulos de dívida do Paquistão, o Estado garante a minha liquidez?