quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

E SE FREUD NÃO EXPLICA LA FONTAINE DÁ UMAS LUZES!

“Vocês estão mais preocupados com a Dra. Manuela Ferreira Leite e eu estou preocupado com o Sr. José Sócrates.”


By Alberto João J.


E com o tio e com o primo dele… E com o ex secretário de estado do ambiente que mais parece um boneco do primeiro-ministro criado para prestar esclarecimentos… Tudo isto também me preocupa muito!
Mas Alberto João não se ficou por aqui, uns dias depois lança a pergunta: mas porque é que o Procurador-geral da república tem de vir dizer que o primeiro-ministro não é arguido?

É um fenómeno! Na mesma semana, Alberto João Jardim consegue fazer duas observações fatalmente assertivas em 30 anos?! de oscilação entre baboseiras e javardices.


Comecemos pelo fim, faz algum sentido o Procurador-geral da república dizer que o primeiro-ministro não é arguido? Noutra qualquer situação não faria sentido, já que é impossível uma pessoa ser arguida num processo e não ter conhecimento do facto. Sucede que, neste Portugal em que vivemos, o primeiro-ministro dizer que não é arguido em nenhum processo é o primeiro passo para toda a gente acreditar que ele é arguido no processo. As declarações do procurador dizem muito sobre a boa vontade do mesmo, mas, dizem mais ainda sobre a credibilidade do nosso primeiro-ministro. Depois da licenciatura ao domingo, dos projectos da Guarda assinados pelo “Sr. Eng.” e do clássico não vou subir os impostos, (sem falar das petas quotidianas de relatórios abonatórios da OCDE que no final se revelam relatórios dos amigos feitos sob critérios da OCDE), etc. etc. … Ninguém acredita no primeiro-ministro! O Procurador-geral da república já disse três vezes que o primeiro-ministro não é arguido e Portugal? Portugal continua preso à dúvida de que tudo não passa de uma questão de tempo. O problema do primeiro-ministro resume-se a duas palavras: confiança e respeito, duas qualidades que ele não inspira.