terça-feira, 11 de abril de 2017

NÃO É PLÁGIO. JURO!

Já vos aconteceu, andarem a marinar uma ideia nos rascunhos durante quase um ano e, quando vão a ver, um gajo qualquer teve a mesma ideia que tu e desenvolveu-a muito melhor? Aconteceu-me hoje, pá! É para aprender a não deixar para amanhã, aquilo que devia ter feito há um ano atrás... 

Agora também já não vale a pena mariná-lo mais, vai mesmo assim, sem temperar:

Cozinhar é uma arte?

Não. Não é. Pode ser uma técnica e uma técnica muito difícil, que exige muita perícia - eu que o diga - mas não é uma arte. E olhem que não é menosprezar a cozinha. Tenho mais hipóteses de conseguir pintar um quadro de jeito, do que de fazer um arroz que se coma, mas, mesmo assim, sou a primeira a dizer: COZINHAR NÃO É UMA ARTE!

E não é uma arte por várias razões. A mais importante delas: é que a comida não tem de ser bela. Tem de ser apetitosa aos olhos e à boca e isso nada tem a ver com beleza. Pelo contrário, quanto mais belo o prato, menor a vontade de o estragar e, logo, de o comer.
A segunda razão? Porque ninguém vai a um museu ver, (e muito menos comer), um cannelloni do séc. XVI, elaborado pelo Chef Miguel Ângelo. A comida não é intemporal, nem é para ser apreciada pelas massas, é, isso sim, para apreciar massas. Estamos entendidos?

É um ódio pequenino que carrego cá dentro, os cozinheiros artistas. Comigo era enfiá-los todos num barco do mediterrâneo, mas em sentido contrário.