sexta-feira, 19 de junho de 2015

OS HOMENS QUE NÃO COMPREENDEM AS MULHERES.

Pelas minhas contas, (e as do Google), existem no mundo cerca de 4 mil milhões de mulheres. O que quer dizer que a frase: “eu não compreendo as mulheres” é, provavelmente, uma das frases mais estúpidas que se pode dizer. Esta e aquela do “as mulheres gostam é dos gorditos”. Ou melhor "é dos carecas que elas gostam mais".
O Ricardo Quaresma despido na capa da revista Cristina? Piroso! Não gostamos. Homens altos e musculados? Nem pensar! As mulheres gostam é de gordalhufos. Gordalhufos e carecas.

Voltamos aos números. Existem 4 mil milhões de mulheres no mundo. Compreender essa entidade denominada “as mulheres”, implica conhecer individualmente 4 mil milhões de seres humanos, todas diferentes, cada uma com as suas pancas e manias e Deus seja louvado, se for possível chegar a alguma conclusão válida, que sirva de denominador comum a todas elas – dizer uma vagina não vale, até porque hoje em dia isso é muito discutível.

O que já é possível, difícil, mas possível, é conhecer uma mulher e compreendê-la. Só que para isso é preciso falar com ela e ouvir o que ela tem para dizer, que é uma coisa que os homens que não compreendem as mulheres não querem fazer, porque eles só querem falar de bola, carros e mamas e estes são de facto os únicos assuntos que eles compreendem.
Bola, bola, mamas, mamas, carros, carros, mamas, bola, bola, carros, mamas, mamas, bola, bola, bola, bola, bola - é o campeonato do mundo - mamas, bola, carros, carros, carros, carros - novo modelo da mercedes ou da audi ou da bmw - bola, bola, mamas, mamas, mamas, mamas, mamas, mamas, mamas, mamas, mamas - férias da bola e não há carros novos - videojogos - não há bola, nem carros, nem mamas.
Esta é a linguagem que falam, os homens que não compreendem as mulheres.

Convêm lembrar as pessoas que gostam destas generalizações e das 50 sombras de Grey e de bad boys e desse tipo de palermices, que vivemos num mundo, onde todos os dias aparecem notícias de mulheres maltratadas, às vezes pelos companheiros, às vezes por soldados da ONU, outras vezes vendidas em miúdas, como escravas sexuais, ao preço de maços de tabaco, etc.  
Talvez quando vivermos num mundo, onde estas coisas não aconteçam, ou pelo menos não aconteçam com esta frequência diária e amplitude mundial, eu consiga achar graça a estas idiotices do que as mulheres gostam é de… Até lá não acho. Acho de mau gosto e perverso.

Nunca conheci uma mulher que se tivesse apaixonado por um bad boy. Juro! Conheci muitas, isso sim, que perderam demasiado tempo com um bad boy, na esperança de voltarem a encontrar o cavalheiro, por quem se tinham apaixonado. E também nunca conheci um homem que conquistasse uma mulher a tratá-la mal. O que acontece é uma coisa diferente, depois de as conquistarem, eles gostam de as tratar aos pontapés.

Não sei o que é o Marco Paulo pensava sobre isto, quando escreveu: “uma louca na cama, uma lady na mesa”, e se alguma vez ele teve uma louca na cama, que se comportasse como uma lady na mesa.
Pela minha experiência, se ele é um bad boy na cama, vai ser um camionista na mesa. O que eles são na cama é o que eles são na mesa. Para as mulheres nunca houve o bad boy na cama e o xoninhas na mesa. Se ele é bad boy na cama, ele é bad boy na mesa e se ele é xoninhas à mesa, ele é xoninhas na cama e nunca foge muito disto. 
Portanto, o melhor, é que ele não seja assim tão bad boy na cama, nem tão xoninhas à mesa – até dava uma bela música para o Marco Paulo.

Agora me lembro, afinal até conheço uma fêmea, que gosta de bad boys. A minha Iolanda. O que ela gosta de um bad boy! Diz que dão muita luta e óptima carne picada. Temos bolonhesa para um ano cá em casa.