Aqui
no nosso país, muito bem à beira-mar plantado, o problema não é tanto, o "rouba e faz", mas sim, o "até prova em contrário não rouba e o que faz, é muito
mau".
E é entre estas duas alternativas sérias e
credíveis, que nos pedem para escolher, nas próximas eleições: "o rouba e faz" e o "aparentemente não rouba e dá cabo disto tudo!"
Eu, francamente, estaria disposta a votar
num "não rouba e não faz".
Fazíamos tipo a Bélgica, um Governo a serviços mínimos, durante 4 anos. Eu votaria nesse. Quem é que promete fazer menos, durante 4 anos?
Fazíamos tipo a Bélgica, um Governo a serviços mínimos, durante 4 anos. Eu votaria nesse. Quem é que promete fazer menos, durante 4 anos?
Aliás, a única forma de convencermos as pessoas a votar e diminuir drasticamente a abstenção e a apatia, em relação à eleição dos políticos, é uma mudança radical, no nosso sistema eleitoral.
Bem sei, meses antes das eleições, mexer no sistema eleitoral, é capaz de não ser boa ideia, a não ser que a ideia seja francamente genial, como é caso. Cá vai:
E se, em vez de votarmos no governo que
queremos, votássemos, (tal qual Casa dos Segredos), no partido que temos a
certeza que não queremos, nem no governo, nem no parlamento. Depois, os partidos menos
votados de todos, seriam os chamados a formar governo e ficávamos todos a
sentir-mo-nos muito melhor, com as nossas decisões, na cabine de voto.
Por mim falo, se for votar para expulsar, eu tenho voto, mas para governar, não tenho.
Ao fim destes 4 anos de governo de coligação e não fosse a prisão do ex primeiro-ministro, que sempre animou um bocado as hostes, eu diria que estávamos na mesma, se não estivéssemos piores, como de facto estamos.
Melhor exemplo de todos? A ministra da
justiça. Há pouco tempo disse numa entrevista, que era a favor da legalização
das drogas leves. Disse mais, até. Deu a entender, que se fosse ela a mandar(?!),
por esta hora já podíamos comprar ganzas nas farmácias. Infelizmente, não
passou das ideias para o papel, como fez em tantas outras coisas, sem o mínimo
de ponderação, assim parece.
Depois do novo código de processo de
civil, das mexidas no mapa judiciário e da revolução no Citius, onde é que
encaixa esta ideia da legalização das drogas leves?!
Eu sei bem onde ela encaixaria na
perfeição. Era antes de tudo o mais. Antes de fazer um novo código de processo
civil, a ministra podia ter fumado uma ganza, ou duas, ou três. E, em vez de
mexer no CITIUS ou no mapa judiciário, fumava outra ganza, bebia uma ou duas cervejas e depois mexia no pipi dela, que também é bom, que eu já
experimentei no meu e sei do que falo.
E assim ficávamos todos, nós e a senhora ministra, a ganhar com as reformas da justiça. Na verdade era só uma.
E assim ficávamos todos, nós e a senhora ministra, a ganhar com as reformas da justiça. Na verdade era só uma.