quarta-feira, 27 de maio de 2015

NÃO ROUBA & NÃO FAZ!

Aqui no nosso país, muito bem à beira-mar plantado, o problema não é tanto, o "rouba e faz", mas sim, o "até prova em contrário não rouba e o que faz, é muito mau".
E é entre estas duas alternativas sérias e credíveis, que nos pedem para escolher, nas próximas eleições: "o rouba e faz" e o "aparentemente não rouba e dá cabo disto tudo!"
Eu, francamente, estaria disposta a votar num "não rouba e não faz". 
Fazíamos tipo a Bélgica, um Governo a serviços mínimos, durante 4 anos. Eu votaria nesse. Quem é que promete fazer menos, durante 4 anos?

Aliás, a única forma de convencermos as pessoas a votar e diminuir drasticamente a abstenção e a apatia, em relação à eleição dos políticos, é uma mudança radical, no nosso sistema eleitoral. 
Bem sei, meses antes das eleições, mexer no sistema eleitoral, é capaz de não ser boa ideia, a não ser que a ideia seja francamente genial, como é caso. Cá vai:

E se, em vez de votarmos no governo que queremos, votássemos, (tal qual Casa dos Segredos), no partido que temos a certeza que não queremos, nem no governo, nem no parlamento. Depois, os partidos menos votados de todos, seriam os chamados a formar governo e ficávamos todos a sentir-mo-nos muito melhor, com as nossas decisões, na cabine de voto.

Por mim falo, se for votar para expulsar, eu tenho voto, mas para governar, não tenho.

Ao fim destes 4 anos de governo de coligação e não fosse a prisão do ex primeiro-ministro, que sempre animou um bocado as hostes, eu diria que estávamos na mesma, se não estivéssemos piores, como de facto estamos. 

Melhor exemplo de todos? A ministra da justiça. Há pouco tempo disse numa entrevista, que era a favor da legalização das drogas leves. Disse mais, até. Deu a entender, que se fosse ela a mandar(?!), por esta hora já podíamos comprar ganzas nas farmácias. Infelizmente, não passou das ideias para o papel, como fez em tantas outras coisas, sem o mínimo de ponderação, assim parece.

Depois do novo código de processo de civil, das mexidas no mapa judiciário e da revolução no Citius, onde é que encaixa esta ideia da legalização das drogas leves?!
Eu sei bem onde ela encaixaria na perfeição. Era antes de tudo o mais. Antes de fazer um novo código de processo civil, a ministra podia ter fumado uma ganza, ou duas, ou três. E, em vez de mexer no CITIUS ou no mapa judiciário, fumava outra ganza, bebia uma ou duas cervejas e depois mexia no pipi dela, que também é bom, que eu já experimentei no meu e sei do que falo. 

E assim ficávamos todos, nós e a senhora ministra, a ganhar com as reformas da justiça. Na verdade era só uma.