sábado, 5 de abril de 2025

BRING THEM HOME, YOU CORRUPT BUSTARD!

A ver se consigo dizer isto sem soar (muito) mal:

Querem mesmo ajudar os palestinianos com um cessar-fogo na faixa de Gaza? Então peçam a libertação dos reféns. Não parem de falar deles, nem de exigir o seu (imediato) regresso a casa.
 
É muito triste dizer isto, mas acho que já todos percebemos, que a vida dos palestinianos (e dos que os ajudam), não tem qualquer valor para Israel. Não há volta a dar. O que ninguém consegue entender, (nem os apologistas de Israel), é que a vida dos cerca de 60 deles, que ainda estão presos na faixa de Gaza, também não tenha. 
Porque quando o corrupt bustard - It's a bird! - do primeiro-ministro israelita bombardeia a faixa Gaza, ele pensa nos reféns do Hamas? Quando o governo israelita corta a entrada de água, comida e medicamentos na faixa de Gaza, eles acham mesmo que só os palestinianos e os terroristas do Hamas é que vão passar fome? Sede? E morrer sem tratamento médico? Ou melhor ainda, será que o corrupt bustard e o cheetoo-hole lidariam com a mesma virulência e intransigência contra o Hamas, se tivessem sido os familiares deles a ser levados de suas casas e feitos reféns? Também iam ter esta atitude de "antes mortos do que reféns do Hamas"? Estas são as perguntas que deviam ser feitas com toda a frontalidade ao governo israelita e ao seu primeiro-ministro.

O Estaline é que ficou conhecido por dizer, (não sei se ao Hitler se a outro nazi de merda qualquer), quando um dos seus filhos foi feito prisioneiro de guerra, que podiam ficar com esse, que ele tinha outros filhos e aquele não ia fazer grande falta. É assim que Israel trata os seus filhos? Como descartáveis? E mais importante, é do lado desta merda que nós estamos?!

Israel até pode destruir o Hamas (que não destruiu) e ocupar a faixa de Gaza (que não ocupa), enquanto os reféns não voltarem para casa, ISRAEL PERDEU!
O governo israelita já deixou estas pessoas entregues à sua própria sorte no 7 de Outubro. Ainda ninguém consegue entender, como é possível uma coisa destas acontecer, na fronteira mais vigiada do mundo e com os serviços mais inteligentes do planeta. E se o governo israelita em algum momento pensou (ou se ainda pensa), que a vida de mil e duzentas pessoas é um preço barato a pagar, para eliminar o Hamas e anexar a faixa de Gaza, ISRAEL ACABOU!

Nenhum país tem futuro a tratar assim os seus. Perguntem aos terroristas do Hamas e ao povo palestiniano...      

P.S.1 Aquela do bustard - it's a bird! - é muito boa, mas não é minha. É da brilhante jornalista, Daphne Caruana Galizia, (Instead of kicking them out, he defends them | Daphne Caruana Galizia), assassinada pelo governo maltês, há quase oito anos. "E tu podes dizer isso assim?!" Posso pois! Já houve um inquérito público em Malta, que disse isto primeiro. O que não se pode dizer é que tenha sido feita algum tipo de Justiça neste caso. Isso sim seria uma enorme falsidade e uma calúnia sem sentido. Ainda levas com algum processo.
   
P.S.2 E por falar em mentes brilhantes, que ainda deviam estar cá. Até hoje não me conformo com o que aconteceu ao James Foley. Ele merecia muito melhor e nós todos também! Com a Síria no estado que está e todos os conflitos a estourar pelo mundo afora, um jornalista assim faz mais falta do que nunca. Normalmente, cabe aos filhos continuarem o legado dos pais. No caso do James, a sua mãe, Diane Foley, faz um trabalho hercúleo para manter viva a sua memória, tentando que outros não sofram o mesmo destino. LOTS OF RESPECT FOR YOU, MA'AM!  

sexta-feira, 4 de abril de 2025

THAT'S NOT WRESTLING, BERNARD!

Por acaso já cometi algumas vezes o erro de ir lutar com porcos e é bem verdade que me sujei, mas no final o porco também não se ficou a rir.   

quinta-feira, 3 de abril de 2025

Throwback Thursday

Faz agora sensivelmente um ano, li um ensaio no Público de que me tenho lembrado cada vez mais nos últimos tempos. Chama-se "Angola: riscos de uma sociedade civil circular" e podem lê-lo em:

E se o tema do ensaio é a democracia angolana e os angolanos - e absolutamente obrigatório para o meu piipôôôô the Luanda! - as (apuradas) críticas e os (bons) conselhos do mesmo, podiam ser sobre qualquer outra luta, por melhor vida e melhor democracia, num outro país e com qualquer outro povo. 

Costumo dizer para os meus botões, quando leio uma análise tão clara e assertiva, que esta pessoa tem as lamparinas todas acesas dentro do juízo. E a inveja que tenho disso! A minha cabeça é um lugar inóspito, cheio de nevoeiro e lixo. Quantas vezes já pensei também, que a denúncia até à exaustão dos problemas, não ajuda ninguém, é deprimente e gera nas pessoas alarme, (na melhor das hipóteses), ou desânimo, (na pior) - já lá dizia o grande Churchill. 
E que as pessoas que fazem isto, sem o mínimo esforço de apresentar uma "luz ao fundo do túnel" e se acham geniais, ou são muito estúpidas, ou são muito mal-intencionadas. 
É que há mais de 10 anos que tenho um vislumbre destas ideias na minha cabeça e ler este ensaio do Público, foi como se o nevoeiro se dissipasse todo. Ou como se de repente toda uma cave escura se iluminasse dentro do meu juízo. 

Se calhar aproveito para fazer aqui um reach out ao Professor Domingos da Cruz: se alguma vez precisar de um sítio aqui em Lisboa, onde ficar, as condições aqui na minha cabeça são miseráveis, mas como diz o outro, é "rent free"! Quem é que eu quero enganar?! Até lhe pago! Só para vir cá de vez em quando acender as luzes, a fazer de conta que mora alguém. 


Sobretudo no jornalismo é onde mais vejo esta vontade de estar constantemente a instigar o medo e o desalento, com a denúncia até à exaustão dos problemas, num formato programado para anestesiar, nunca para acordar. 
Bem sei que estou sempre a "bater" nos jornalistas, mas se dantes o meu problema com o jornalismo, era aquela mania irritante de reportar os dois lados, como se falar sobre temas políticos e de sociedade, fosse a mesma coisa que fazer relatos de futebol - Não é! Isso é mais arbitragem. Até uma porteira consegue fazer essa merda do "both sides". E se for mesmo boa, não vos conta só dois lados, conta para aí três ou quatro lados da mesma história.

Agora é pior ainda que o "both sides". Esta vontade de apenas informar da maldade, fraqueza e resignação, sem nenhum interesse sério em reportar sobre superação, o que é certo e a coragem necessária para o fazer. A quantidade de jornalistas, que passam horas e horas a olhar para o abismo e tão fascinados com ele, que às vezes não consigo entender, se o problema é não terem coragem para saltar e estão à espera que alguma alma caridosa os empurre para lá?!

Ora, com franqueza, tenho a certeza que esta MERDA também não é jornalismo. Catastrofismo? Talvez?! Amadorismo? Certamente! Jornalismo é que não é de certeza! Façam melhor pá! Se calhar ganham menos dinheiro ao fim do mês, mas vão ver que dormem melhor à noite. E nós também. I know I will…