terça-feira, 14 de novembro de 2017

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Não sei se (ou)viram, que o ministro da defesa inglês foi despedido, por comportamentos pouco próprios. Entre eles e ao que parece, por ter dito a uma das suas colegas de governo, num dia de muito frio e após esta ter comentado que tinha as mãos geladas:
"I know a place where you can put them to warm them up." 
   
Não vale rir, que não tem piada... Aliás, se um gajo me dissesse isto no trabalho, aquecia as minhas mãos às chapadas no palerma. Não conheço forma mais eficaz de aquecer as mãos e tenho tentado várias. 

Mas não foi a rebarbadice do ex-ministro inglês, o que me chamou a atenção nesta notícia. É a frase. Serei só eu a ver, que esta frase, retirada do contexto, dava um belo título para um romance piroso do Nicholas Sparks? Ou um bom nome para um álbum ainda mais piroso da Adele, dedicado ao ex-namorado? Pensem nisto:
"I know a place where you can put your hands to warm them up".

É capaz de ficar muito longo... Talvez só: 
"I know a place where you can warm your hands". 

E olhem que mesmo em português: "Sei de um sítio onde podes aquecer as mãos". Não fica mesmo nada mal... Queres aproveitar, Paulo Coelho?
Não podem dizer que não dou grandes ideias. E nem cobro nada por isso.   

Há uns anos atrás, estava em Bruxelas com a Gorda e um amigo que trabalha na Troika. Como antes tínhamos estado dois dias em Amsterdão e sobrava uma ganza por fumar, o meu amigo da Troika perguntou: "Where do you wanna smoke that?". E a Gorda respondeu: "Take us to a dark place". E foi assim que nasceu o nome do nosso primeiro álbum: "Take me to a dark place". Não adianta procurarem nas lojas. A crítica foi estonteante e esgotou quase logo. Quanto muito, se me enviarem um email com uma foto vossa de corpo inteiro, em nu integral, e aí umas 500 bitcoins, arranjo-vos uma cassete pirata. Isto é, se gostar do que vejo, como é óbvio...     

Por falar na Gorda, no outro dia vira-se para mim e pergunta:
-"Olha, o que é tu achas de partilhar nas redes sociais, aquela minha história do apalpão no metro, com a hashtag: me too?"
-"Eh pá! Não sei... Acho que não tem muito a ver...".

E não tem mesmo nada a ver... Em primeiro lugar, ninguém ia acreditar na Gorda. Eu, que sou a melhor amiga dela, também não queria crer - tanta gaja boa no metro, quem é que se vai meter com a Gorda?!! - quando a vi a aviar dois gunas no cimo das escadas, pensei logo: "Oh! Não!! Chamaram a Gorda de gorda, outra vez!" Ela passa-se com isso...
Como daquela vez que a Gorda fez uma peixeirada no metro, porque cismou que um gajo sentado à nossa frente, estava a micar-lhe as mamas. Não estava... Estava a olhar para o colar que ela trazia ao pescoço, que já lhe disse montes de vezes para não andar com merdas de valor no metro. A olhar-lhe para as mamas... A minha Gorda é tão ingénua.

Mas se a Gorda diz que a apalparam no metro, acredito na Gorda. Acabei por lhe dizer:
"Se queres partilhar a tua história nas redes, acho bem, mas já pensaste em pôr antes uma hashtag do tipo: je suis segurança do urban beach?"
A ver se a convenci...