Aposto que já tá tudo aí de resposta
pronta na língua. Olha-me esta! Não há limites ao humor.
Durante muitos anos, também pensei
assim, que não existiam quaisquer limites ao humor. Todas as piadas eram bem vindas, até as mais cruéis.
Deixei de pensar assim, quando Bush
júnior foi eleito para Presidente dos Estados Unidos da América. Se teve
graça? Teve muita graça. Ri muito à custa das idiotices do homem.
Já muitos países tiveram presidentes
piores, certamente que sim. Mas justiça seja feita à América, o presidente mais
burro de todos os tempos é deles. E foi uma galhofa, se foi!
Mas à medida que os anos passam, a piada
vai tendo cada vez menos graça. É uma coisa que acontece com frequência, quando
se brinca com coisas sérias. São piadas que não resistem ao tempo e que com a
sua passagem, tendem a ficar mais amargas. Aposto, que no ano 2500, quando
lerem sobre isto nos livros de história, não só não vai ter piada, como nem vão
perceber que era uma piada. Vão apenas concluir, que os americanos eram uma
cambada de idiotas, naquela altura.
Não fazia ideia que o lóbi do humor pudesse ter tanto poder por aqueles lados. Só isso explica o fenómeno Trump. É
muito divertido ter um mentecapto no poder. Eles fartam-se de rir lá na Coreia do
Norte e nós também. Mas paga-se caro e os juros estão sempre a vencer.
Não brinquem com coisas sérias! Vale para
a América e vale também para os 152 mil palhaços, que saíram de casa num
domingo, para votar Tino de Rans. Não tinham ficado melhor em casa, a ver o
Portugal é festa!?
Ponham os olhos no Manuel João Vieira. Aí
está um homem que sabe bem os limites do humor. E se algum dia decidir
avançar, só por causa disto, pode contar com o meu voto. Sempre achei de génio aquela ideia de alcatifar Portugal. E pôr naperons em cima dos semáforos. Fora
de brincadeiras, é mesmo este o caminho a seguir.