quinta-feira, 31 de outubro de 2024

LOOSE YOURSELF TO FUN!

As gay pride parades devem ser das poucas, senão mesmo a única manifestação de orgulho em alguma coisa, que vale a pena existir. Confesso que sou muito fã. Sobretudo os neofascistas, que saem à rua para assustar as pessoas e em que elas ficam sem saber, se fogem para se trancarem em casa, ou para chamar a polícia na esquadra mais próxima - o melhor é fazer as duas! - deviam pôr os olhos, nas cores, na alegria, nos balões e confetes, na boa música e diversão garantida das gay pride parades. É isso que atrai gente, não as vossas caras zangadas e slogans odiosos.

E olhem que nem sou grande defensora de manifestações e concentrações. É como as corridas, não consigo pensar enquanto corro, nem quando tenho muitas pessoas à minha volta, mas para quem gosta destas coisas, o segredo é mesmo este, que sintam inveja por não fazerem parte do vosso grupo, ao invés de pena de vocês ou vergonha, que não chama tanta gente.


Aposto que devem ter aprendido com os Hare Krishna. Nunca vos aconteceu? A mim já me aconteceu duas vezes. Ia na rua, sossegada, a pensar na minha vidinha, quando passo pelos Hare Krishnas e não fosse o já ter coisas combinadas, tinha-me juntado a eles também, a cantar e dançar, espalhando alegria pelo mundo. Só não fui, porque que era capaz de ser mau karma, deixar alguém pendurado, para me juntar aos Hare Krishnas. 

Aliás, ou muito me engano, ou foi isto que aconteceu a todas aquelas pessoas, que saíram para comprar tabaco e nunca mais voltaram…  Um dia, que não tenha cenas combinadas, vão ver, também "saio para comprar tabaco" e junto-me a vocês ;)    

terça-feira, 29 de outubro de 2024

Baixo Nível? Ganho Eu!

E nunca é bonito de se ver...

Imaginem um jogo de futebol entre o Canelas e o Benfica, sem árbitro - e sem polícia, claro - em que o Canelas pudesse demonstrar toda a sua "classe" e "criatividade". Quem é que acham que ganhava? O Canelas. E até vos digo o resultado: São seis golos para o Canelas e onze aleijadinhos para o Benfica.

No baixo nível é a mesma coisa, também ganho todas! Com a mão na anca e a minha voz de peixeira, nunca perdi nenhuma "guerra" de baixo nível - são muitos anos a virar sardinhas! O difícil é ganhá-las no nível master, a respeitar as regras todas e sem perder a vergonha na cara. 
Já lá diz o ditado: pago 1000 para não entrar numa guerra, porque sei que depois faço coisas de que me arrependo, para não a perder :(    

Acho que é por isso que escrevo, para controlar o baixo nível. A Agustina Bessa Luís dizia que escrevia para provocar pessoas inteligentes - sem esquecer que detestava os estúpidos e mal-intencionados. Era a maior! 
E numa revista aparecia um escritor americano qualquer, a dizer que escrevia para ultrapassar o medo da morte. Estranho?! Sempre achei que escrever, ler, ouvir música, ir ao cinema ou ver televisão, não ajudavam a ultrapassar medo algum, apenas te distraíam deles. Pensar mais nos outros, (que também vão todos morrer um dia), ou rezar, para quem acredita, sempre achei que ajudasse mais...

A verdade é que também gostava de poder dizer estas coisas bonitas: que escrevo para pôr as cabeças pensantes a bulir ou para ultrapassar um medo terrível e angustiante qualquer. Mas, o meu caso, é mais aquele do poeta, que dizia assim: 

"Tudo o que escrevo é lixo, mas se não escrever, começa a apodrecer na minha cabeça". 

Ora, com franqueza, não era isto que tinha em mente, quando, com tanto carinho, criei este blogue, mas tirando o cheiro, há que reconhecer, que uma lixeira a céu aberto, foi no que isto deu.

E dentre as várias coisas que me fazem saltar a tampa do baixo nível, é o preconceito em geral e o racismo em particular. Sobretudo aquela conversa do "Eu não sou racista, porque o meu melhor amigo até é negro, soo CHECKMATE!", ou o primo ou o gato ou lá o que é... 
Ó coisinhas (pouco) sexys! É claro que são! São racistas com um melhor amigo, (ou primo, ou gato, ou lá o que é), que é negro, mas são racistas sim senhora!  E são muito hipócritas e cobardes também. 

Mas o que mais me enerva mesmo nesta história, nem é o desplante da hipocrisia ou o racismo mascarado, é a falta de originalidade (e noção do ridículo). Podiam dizer: 
- "Não sou racista, porque faço zumba no ginásio, soo GOTCHA YOU!";
- Ou: "Não sou xenófoba, porque compro toda a minha maquilhagem nos chineses, soo YOU'RE THE RACIST!";
- Ou ainda: "Sou a pessoa menos intolerante do mundo, porque fui uma vez a um safari no Quénia, vi uma senhora sem soutien e dei-lhe o meu, sooo SUCK IT!!".

Sim, não passavam a ser menos racistas de merda por causa disso, mas sempre era diferente e mais divertido. Até era capaz de deixar passar. 
E, para fim de conversa, deixem-me que vos diga: se para provarem o vosso antirracismo, precisam de invocar o vosso amigo preto ou cigano, o que vocês têm não é um "amigo". É um álibi. E nem sequer é muito bom - o álibi, entenda-se, o amigo não sei, se calhar é só otário.     

sexta-feira, 18 de outubro de 2024

🎶Que Vida Boa Era a de Lisboa!🎶

Que é o que nós vamos todos cantar daqui a uns anos, quando se tornar absolutamente incomportável morar nesta cidade!

Olha e a propósito dos 500 anos do nascimento do grande Luís Vaz de Camões - MAS ISTO NUNCA MAIS ACABA?!!! - querem saber uma coisa? Gosto muito mais (mas muito muito muito mais!) dos poemas e canções do grande Fausto Bordalo Dias. 

Se o Camões ao menos cantasse os versos dele. Ou um alaúde a acompanhar, pelo menos… Assim é só tudo uma grande e triste seca. Lá em mil quinhentos e troca o passo, até acredito que não houvesse melhor, mas hoje em dia? Tão a gozar e não é com o Camões! Obrigadinha, mas já me chegou na escola.
Aliás, há alguém que não seja professor de português ou rato de biblioteca, que leve o Camões a sério? Claro que não! E daí é que vem a expressão: "Vai gozar com o Camões!"
Tudo isto para dizer, por favor não se esqueçam de celebrar o nascimento do Fausto, daqui a quatrocentos e tal anos, que isso sim é que é importante! Os mil anos do Camões? Também podem celebrar, mas só se for a gozar. Se for para fazer isto que estamos a fazer, sinceramente, não vale a pena!

P.S. Bem sei que não permito comentários aqui no meu blogue - e tenho uma história bem sinistra sobre isto, que terei de contar noutra altura - mas também não vale a pena ficarem assim a encher, que ainda arrebentam. Podem sempre mandar os vossos insultos, quero dizer, "opiniões", por e-mail. Se forem mesmo muito "boas", prometo responder à letra😉

P.S.2 Pensando melhor e antes que comecem a pensar que fui vítima de perseguição informática, ou pior, que atento contra a liberdade de expressão, nos meus blogues, é melhor esclarecer: Há muitos, muitos anos atrás, eu tinha um blogue, onde permitia comentários. Até que um dia, comecei a perceber, que certos textos do meu querido blogue, (textos aleatórios, sem nada em comum entre eles), tinham comentários em árabe. Ora, como eu não sou arabofóbica e muito menos xenófoba, até achei fofo (e exótico) e não liguei. Eis senão quando, um dia, leio no jornal, que os jihadistas do ISIS, a.k.a. DAESH, a.k.a. "MAS QUE GRANDE MERDA!",  usavam as caixas de comentários de blogues que ninguém lia no Ocidente, para trocarem mensagens entre eles e assim preparem os seus atentados terroristas por cá. Escusado dizer, que apaguei os comentários ao blogue, apaguei o próprio blogue, apaguei o e-mail associado àquele blogue e por pouco não me ia apagando a mim, tal foi o susto que apanhei! Acham mesmo que o Camões apagaria os Lusíadas, (ou sequer uma cantiga de amigo), para salvar o país de um atentado terrorista?! Pensei nisso, antes de enviarem as vossas "opiniões" por e-mail.

Adeus Tristeza!

Estava aqui a ouvir a minha playlist de pop rock animado do bom português - que é do mais eclético que há. Não acreditam? Só para terem uma ideia, vai de Ornatos Violeta a Marco Paulo. Sim. Fechem a boca! E vão pó car****!!! - E passou aquela música do Fernando Tordo, "Adeus Tristeza", e juro que só agora é que percebi, que a música não é sobre tristeza, nem nenhuma promessa de não mais sucumbir à tristeza. Isto é acerca de uma pessoa. Uma tristeza de pessoa! E é por essa pessoa ser uma grande "triste", que o Fernando Tordo não tem mais nada para fazer ou conversar com ela. Boa, Fernando!
"És uma triste! Acabou!" 
É genial! Como é que eu demorei quase 40 anos a entender isto… E por que é que não damos isto nas aulas português? Em vez da seca do "Frei Luís de Sousa"?! Aposto que se aprendia mais.