quarta-feira, 22 de maio de 2024

Eu Sei Esta!

Pergunta (super fácil) da jornalista, Bárbara Reis, no Coffee break desta semana: 

"O que levou um poeta eslovaco de 71 anos a disparar contra o primeiro-ministro do seu país?"

Não sabem? Como é que vocês não sabem isto?! Não andaram na escola?! Quando um poeta de 71 anos enfia com 5 tiros no bucho de um mafioso, populista, armado em ditador, isto é: JUSTIÇA POÉTICA! Não se está mesmo a ver.

E por falar em Justiça Poética, Astrólogos deste país, expliquem-me, o que é que se está a passar no Universo? Mercúrio pra frentex? Júpiter embasbacado? Vénus resfriada? A Lua maluca? Plutão na puberdade? 

Nem uma semana passou e o Fico leva cinco tiros - espero, sinceramente, que recuperes e fiques bem, Bobby. Parem lá de rir! Coitado do homem! O presidente do Irão, esse torturador sanguinário, é assassinado pelo nevoeiro, em conluio com uma montanha; E quando todos pensavam que o perigo já havia passado para a gentinha ruim deste mundo, o ICC emite mandados de captura contra o gordo do Bibi e o esgrouviado do seu ministro da defesa. Toma lá que é refresco!
Ah e quase me esquecia, cereja no topo do bolo, aquela ranhosa do Big Brother é expulsa do Big Brother, por ser uma ranhosa, LOL! Say what?? THE FUCK!!! - Claro que foi a Gorda que me contou, já sabem que não vejo essa merda.

Olha e por falar em Big Brother, diz-me a Gorda, que o Big Brother agora está super moderno e evoluído, e já não é um reality show, nem um programa ou concurso televisivo, que é um jogo! E que os concorrentes, já não são concorrentes, são jogadores! 

Um jogo?! A sério?! E como é se joga? Como é se joga o quê?! O Big Brother, ora f*da-se, não é um jogo? Pois bem, se é um jogo, quero saber como é que se joga essa merda?? Isso é tipo o quê, cartas? Ou é mais tipo bola? Dá para jogar sentado, no final de um almoço de domingo, ou é melhor ser ao ar livre, tipo a apanhada? Eu e Gorda podemos jogar as duas sozinhas ao Big Brother? Estamos sempre a jogar roleta russa, sempre podíamos jogar ao Big Brother, para variar… 

Até perguntei à Gorda as regras, para jogarmos juntas ao Big Brother - a ver se passava a gostar de ver aquela merda também - mas ela ficou muito chateada comigo, disse que sou uma estúpida e não me fala?!! Gorda!!! Da próxima vez que jogarmos roleta russa vais ver...  

segunda-feira, 20 de maio de 2024

Uma Espécie de Fábula.

 If you like to play with fire
Don't count with me to be shocked 
When you get burned
(And you will get burned!)

O meu gato, o saudoso e inesquecível, Chico Nelo, adorava brincar com o fogo. Foi assim que ele perdeu aí uns dez bigodes e metade das sobrancelhas, até aprender, que com o fogo, não se brinca! 

E passou a brincar com alturas. O que ele gostava de brincar com alturas e pendurar-se nos parapeitos das janelas, em perigoso equilíbrio, a ver se deitava a unha nalguma pomba ou algo parecido. E foi assim que o saudoso e inesquecível, Chico Nelo, passou um fim-de-semana ao relento. Deduzo que uma pomba ou algo parecido tenha passado demasiado perto, mas não tão perto assim, ele tentou deitar-lhe a unha e caiu cá abaixo. Como era um gato doméstico, um bocado betinho, até, concedo, o palerma não soube voltar para casa e só fomos encontrá-lo dois dias depois, a miar à porta do prédio ao lado e todo cagado com óleo de carros. O gato, que era amarelo, estava irreconhecível de tão porco. A Laura, a minha colega de casa, que havia tirado o pequeno e belo Chico Nelo das ruas, quando este tinha ainda poucas semanas de vida, duvidava, seria mesmo ele? Era pois! Quantos gatos é que tu já viste, que um dia foram amarelos, com somente seis bigodes e aí umas dez sobrancelhas?! - Disse eu, feliz da minha vida, à minha amiga e colega de casa.

Desde aí, o meu saudoso e inesquecível, Chico Nelo, que viveu até aos dezasseis anos de idade, ganhou tal trauma às alturas e à rua em geral, que nem na varanda gostava de passar muito tempo. Apenas o estritamente necessário para destruir minimamente as plantas e ala pra dentro que se faz tarde.      
 
Sempre dei muita liberdade aos meus gatos, porque os gatos são muito teimosos e vão acabar por fazer aquilo que eles querem fazer, por muito estúpido que seja aquilo que eles querem fazer e por muito que tu os tentes impedir de fazer essa estupidez que eles querem fazer. Vai acontecer! E depois ficas-te a sentir mal e uma dona negligente, por não os teres impedido de fazer aquilo que eles, eventualmente, iam acabar por fazer. 
Pela minha larga experiência com gatos, até é contraproducente, pois à natural curiosidade felina, ainda lhe juntas a adrenalina de darem contigo em doida. Aí é que os gatos vão mesmo querer fazer a coisa estúpida que eles querem fazer. Não vale a pena!


Quem também gostava muito de brincar com alturas, era o quase tão saudoso e igualmente inesquecível, Fifas, o siamês lindo e cheio de personalidade dum amigo de infância, que morava num quinto andar. Desde muito cedo que o Fifas começou a mostrar curiosidade de saltar do quinto andar cá para baixo. O meu amigo, na inocência das crianças, tentou ao máximo evitar que isso acontecesse. Apanhou-o várias vezes, na pontinha do parapeito da janela ou da varanda, a mirar o abismo, com aquela traseira nervosinha, toda a tremer, prestes a dar o salto e o meu amigo, mesmo a tempo: "Anda cá, Fifas! O que é que tu ias fazer, Fifas?! Queres-te matar, Fifas??!! Tu pensa nas tuas sete vidas, Fifas!!!"
Sim, os gatos saltam de muito alto e sem paraquedas, mas um quinto andar? Até para o Fifas, que ainda tinha as vidas todas, parecia ser abusar da sorte. 

Claro que um dia, o Fifas, inevitavelmente, apanhando o meu amigo incauto e de surpresa, escapou-se pela porta aberta da varanda e qual super-homem, com as patinhas todas esticadinhas para frente e tudo, lá foi ele varanda fora, pelo quinto andar abaixo. O meu amigo desceu as escadas do prédio a voar, na esperança, vejam só, de ainda conseguir alcançar o Fifas e agarrá-lo no ar, antes de bater no chão. Claro que não conseguiu. E quando o meu amigo finalmente desceu e onde ele esperava ver um Fifas todo esbodegado, em papas, no meio do chão, estava, afinal, à espera dele, um Fifas aparentemente vivo, embora um pouco abananado e com um pequeno arranhão no queixo. O meu amigo, sem acreditar no pequeno milagre, levou-o ao veterinário e confirmou-se: o Fifas estava óptimo e pronto para outra! Mas ele, felizmente, não quis outra. Afinal era tudo curiosidade felina e não vontade de se matar. O Miguel ficou muito aliviado com isso. E o Fifas acabou por morrer de muito muito velho. Ganda Fifas!       

sábado, 18 de maio de 2024

Olha, Parece que a Caixa de Pandora ficou Aberta!

Aquela pergunta que toda a gente, certamente, já fez um dia: 

"Ai, minha Nossa Senhora, será que deixei a caixa de pandora aberta?" 

Não sou de intrigas e muito menos de alarmismos, mas se fosse ao Presidente da Assembleia ia já a correr, num instantinho, ao Parlamento, porque ou muito me engano ou deixou mesmo a caixa da Pandora, não só aberta, mas completamente escancarada.

Não queria nada acordar na segunda-feira e ter de ouvir todos os deputados da esquerda, virados para os cinquenta deputas do xêga, a cantarem em perfeita harmonia e a uma só voz: 

"CARAMELOS DE FRUTA, FILHOS DA P*TA!!!"

Não queria mesmo nada que isto acontecesse…

quinta-feira, 16 de maio de 2024

Ai Eras Pouco Boa Eras!

E por falar em velhas senhoras que eram pouco boas, ai eram, eram! 
Como todos sabem, a velha mãe Rússia está, há muitos anos, numa relação tóxica e abusiva, com um homem muito mau, que a violenta e mata os seus filhos. E é este homem muito mau e os sincronistas (ou cobardes) que o apoiam, que são o inimigo e não a velha mãe Rússia, nem a maioria dos seus filhos.

"Olha-me esta aqui a dar uma de Maria Genocida Zakharova?!" 

Não sejam assim! Nem eu conseguia dizer aquelas merdas sem me rir. Nem ela consegue. Aquela Vodka toda logo de manhã também não ajuda. Ou se calhar é só isso que ajuda… mas bota lá um bocadinho de sumo de laranja nisso, ó Maria! 

Lembrei-me da velha mãe Rússia, ao ler a maravilhosa entrevista da Yulia Navalnaya, à revista Time. Uma jovem filha da velha mãe Rússia, que faz um grande trabalho a lembrar-nos dela, nos bons (ou não tão maus) velhos tempos. 
Quando fala da mãe do Navalny e de todas as outras avós russas, que estiveram sempre lado a lado com ela, a exigirem um funeral digno, para mais um caído, na difícil luta contra o regime sanguinário e opressivo que domina o Kremlin.
Ao falar das suas camaradas russas, que esperaram com ela à porta duma embaixada, para votar nas últimas eleições. E que riram muito com a possibilidade de terem lutar contra os guardas da embaixada, para tirarem a Yulia cá para fora, caso aquilo desse para o torto e fosse necessário. Prova que o sentido de humor russo, apesar de um bocado estranho, continua vivo e de boa saúde.
Já o Navalny também tinha este sentido de humor, que uma pessoa não sabe se é para rir ou chorar. Mas era um grande filho da velha mãe Rússia, que morreu a tentar livrá-la de mais este malvado, que ela foi pôr dentro de casa.

Verdade que a velha mãe Rússia tem um dedinho podre para escolher homens - Quem nunca?! - mas também é verdade, que o passado mostra, que a velha mãe Rússia tem sabido livrar-se sozinha destas relações tóxicas e abusivas em que se mete. Tenho esperança que ainda venha a ser assim desta vez e que a velha mãe Rússia lhe enfie com novichok na sopa ou o empurre da varanda mais alta do Kremlin - e completamente sem querer! - cá para baixo. 
Ou uma facada nas costas, quem sabe? Et tu, Shoigu? Não, era a brincar. Só para rimar. O Shoigu não era capaz. Ainda é ele a levar com a faca… Mas, depois, quem é que ia com o querido líder para a Sibéria, caçar gambuzinos e comparar o tamanho das canas de pesca, em tronco nu? 
Em defesa do Shoigu, ele não se põe em tronco nu, que ele tem mais noção do ridículo do que o querido líder. Mas, não só não era capaz de lhe dar uma facada nas costas, como até era bem capaz de se pôr na frente de quem o tentasse fazer. Não podemos contar com o Shoigu para nada! E é uma pena. A ver pela quantidade de palhaços aqui no Ocidente, que ficam cheios de vontade de render a Ucrânia (e o resto), à mera menção da palavra yadernyy - é nuclear em russo - estava mesmo a apostar na incompetência do Shoigu para Slavar a Ukraini. 

Outra coisa que a Yulia lembra muito bem aos vários cobardes (ou vendidos) na Europa e na América, é que pior que o Putin, na Rússia, já não há! Esse problema caiu juntamente com o avião que levava o Prigozhin e os amigos. E o que é que foi aquilo?! O primeiro caso de suicídio assistido da velha mãe Rússia? Também me pareceu.